segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Portugal é um enorme banco

O ano de 2007 está a chegar ao fim e fica no ar a sensação que o país vive à volta do sistema bancário. O BCP dominou plenamente nesta matéria e termina o ano em grande, numa clara disputa política entre o PS e o PSD, o chamado centrão político, confirmando a enorme dependência destes partidos dos principais agentes económicos. Portugal é um país assim, onde nada mais acontece de bom e grave a não ser as jogadas entre banqueiros e os seus capamgas que pontificam entre socialistas e sociais-democratas. O triste é que 2008 não será diferente. Temo que seja bem pior, porque estará em preparação e em efectividade a criação de condições para a vitória em três eleições. Uma última questão: ficarão Santos Ferreira e Armando Vara no desemprego caso percam as eleições no BCP? Ou terão um emprego público à espera? Então o privado não é melhor? Esperamos para ver qual o caminho.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Um Natal assim

Dizer que a vida não está para natais é a mais perfeita banalidade. Mas não deixa de ser uma banalidade verdadeira. Pelo menos para a grande maioria que é cada vez maior. Portugal parece um país em deriva para o capitalismo mais feroz e para a completa aniquilação do espaço público, num modelo que não é seguido na Europa comunitária, pelo menos por enquanto. Não aprecio particularmente esta época. O telemóvel não pára de alimentar a carteira dos operadores através das profusas mensagens natalícias. Temos que estar e ser felizes. Temos que estar e ser bem dispostos. Temos que agradecer, desejar e retribuir. É um profundo cansaço, tenho que dizer.

Parabens a Moura

A Câmara de Moura está de parabens. A candidatura que liderou à iniciativa redes urbanas foi seleccionada, ficando no grupo das cinco de entre mais de vinte candidaturas. É, aliás, a única em que a liderança não pertence a uma capital de distrito. A temática é as energias renováveis e a construção sustentável. Foi um rasgo para um Município que há mais de cinco anos desenvolve um projecto em torno da energias renováveis e assiste à construção da maior central fotovoltaica do Mundo. Há muita vida para lá dos autarcas que ocupam as notícias dos meios de comunicação social.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Cimeira Euro-África

Não deixo de ficar com a sensação que a cimeira foi um fracasso. Quando os discursos são demasiado elogiosos, tanto como vagos sobre os sucessos alcançados, não deixo de acreditar que os resultados foram uma mão cheia de nada. Penso que começou logo mal, quando José Sócrates sentiu necessidade de no discurso de abertura salientar com força que estavam entre iguais todos os que estavam na sala. Era a confirmação de que não se estava entre iguais, mas perante realidades e diferenças muito diferentes. No discurso politico só se frisa e salienta o que não existe. Ninguém se lembra de na Assembleia da República, no Parlamento Europeu ou em qualquer cimeira europeia e norte-americana de afirmar que estamos entre iguais. É um dado adquirido.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Rui Pereira, os acidentes e os mortos

O número de mortos em acidentes rodoviários subiu neste ano. O ministro Rui Pereira para sacudir responsabilidades políticas adiantou que teríamos de olhar para estes números com base no passado. E setenciou que se compararmos com a década de 80 a descida é exponencial (o sentido é este). Tem razão, se compararmos com a década de 90 também há uma descida acentuada. Já se compararmos com a década de 70, talvez se registe uma subida que será ainda mais acentuada se for em relação à de 60, de 50, de 40, de 30, de 20, todas elas do século passado. Se olharmos para os números da primeira década e da última do século XIX então o desastre é completo. Do ponto de vista estatístico, já se vê. Não haverá registo, mas sempre é possível terem existido algumas pessoas que morreram atropeladas por um veículo de tracção animal.

Tratado, Constituição e referendo

O chamado Tratado de Lisboa vai ser assinado para a semana. Como dizem a maioria dos «especialistas» com um texto difícil e muito próximo da defunta Constituição Europeia. O que me interrogo é porque razão os «democratas» europeus não querem referendar um documento que em muito vai alterar a nossa vida interna e europeia. E condicionar futuras opções por entregar parte da nossa soberania a uma Comissão não eleita directamente. Sem qualquer comparação, então não aplaudimos o facto do «ditador» venezuelano referendar a alteração à constituição e aceitar os resultados? Já agora, quantas alterações à Consituição da República Portuguesa foram referendadas ou sequer temas de campanha e compromisso eleitorais?

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Preservação dos centros das cidades

O secretário de estado anunciou hoje medidas e incentivos governamentais para as iniciativas de recuperação dos centros das cidades, tendo como objectivo a recuperação patrimonial e a luta contra a desertificação. O curioso é que os incentivos são feitos à custa da isenção do IMI, tão só um imposto municipal. É o mesmo que fazer filhos em mulher alheia ou figura de rico com dinheiro emprestado.

Chavez e a democracia

É desconhecido o desfecho final do referendo, bem como é imprevisível o caminho que a Venezuela trilhará com Chavez. Contudo, não deixa de ser interessante (eventualmente jogada estratégica) que o apelidado ditador se submeta a um sufrágio universal, supervisionado internacionalmente, quando "grandes democracias" como os USA, do Paquistão e outros mais são aceites pela comunidade internacional, apesar dos reconhecidos "erros" do processo eleitoral. O caminho é mais difícil para quem luta contra o sistema e o crescimento das ideias neoliberais.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Portagens no IP 8

Afinal o desenvolvimento está a chegar ao Alentejo: o prometido IP 8, que ficará só pelo aeroporto de Beja quando foi prometido chegar a Vila Verde de Ficalho para uma melhor ligação a Espanha, vai ter portagens. Mais um apoio ao desenvolvimento sustentado da região. Já acabou a política das SCUT socialistas? Ou quando chega a vez do Alentejo acabam as benesses do Orçamento de Estado, só disponíveis para as outras regiões?

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Os números da greve

Sem entrar na guerra dos números, os efeitos da greve da função pública devem ter produzido algum desconforto junto do governo, De que outra forma se explica que o Secretário de Estado Figueiredo tenham vindo ao almoço apresentar o rídiculo número de 20, 03%?

O PS está a ficar coerente

O PS parece ter deixado cair a ideia da criação dos circulos uninominais na próxima alteração da lei eleitoral que anda a cozinhar com o PSD. É uma atitude coerente com a defesa das alterações da lei para as autarquias. Não fazia sentido utlizar o argumento de aproximação do eleitor com o elegido para a criação dos circulos uninominais e ao mesmo tempo fazer uma lei para os Municípios (onde efectivamente cada um sabe em quem vota e o prestígio pessoal se traduz em votos) em que só o cabeça de lista é que é eleito directamente e esse depois escolhe a maioria dos membros da Câmara. Aplaudo a coerência, até porque com os círculos podemos ficar a saber de onde sãos os candidatos. Dois casos: o actual vice-presidente da Câmara de Lisboa, um lisboeta, era eleito pelo Círculo de Beja (estranho caso de aproximação ao eleitorado); o anterior presidente da Câmara de Ourique, um alentejano dos sete costados e amigo de Lopes, foi eleito para a Assembleia da República pelo Círculo do Porto. Curioso, não é!

Gatos e RAP

Gosto da maioria das coisas dos Gatos. Fiquei desiludido com a vacuidade da entrevista do RAP ao Público de hoje, porque abomino solenemente todos quantos têm necessidade de demonstrar a sua inteligência e cultura citando constantemente um conjunto de autores de livros que, em princípio, a maioria não leu. Reparem na quantidade de citações que RAP faz ao longo da entrevista para demonstrar que a sua apregoada inteligência tem fundamento literário. Só lhe falta citar a página. Triste.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Nova lei eleitoral

Para quem, como o PS e o PSD, dizem defender a aproximação do eleito ao eleitor, as alterações que estão a preparar para as leis eleitorais representam um verdadeiro recuo e uma demonstração clara do contrário e da incapacidade para conviveram com a crítica, a partilha de poder e a constituição de plataformas de entendimento com as outros forças políticas. E um caminho administrativo para a bipolarização que, no Poder Local, não conseguem nas urnas. Portugal é um País assim.

Insensibilidade política

No actual Governo existe uma prepotência em relação ao cidadão e a alguns órgãos do Estado, em particular das autarquias. Já no que toca aos próprios organismos da Administração Central a complacência é a nota dominante. Até mesmo alguma arrogância dos membros do governo em relação às auditorias do Tribunal de Contas. Veja-se os casos mais recentes dos Ministros das Obras Públicas e da Saúde, com estes a afirmarem manterem todos os procedimentos, apesar da indicação de irregularidades. Com a beneplácito do Presidente da República. Há efectivamente dois pesos e duas medidas.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

José Rodrigues

No Público de hoje: o alentejano José Rodrigues continua a captar imagens onde cabemos todos e nós e nos dão uma imensa tranquilidade. Beleza em estado puro em Matosinhos. A preto e branco e a cores

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Preocupante

Se não chove vai tudo por água abaixo, diz a voz popular alentejana. E com toda a razão a comprovar-se as previsões.

domingo, 11 de novembro de 2007

Jornada linda

Uma jornada linda para o Benfica.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Acidentes em trabalho

Imagino, não tenho números, que todos os dias, infelizmente, haverá dezenas de acidentes de trabalho. Ainda não vi qualquer iniciativa ou comentário do Presidente da República sobre o tema. Mas falar e lamentar a lesão de Figo insere-se noutro âmbito. Ou não é? (Convém referir que esta versão foi soprada de ouvido)

Estas aqui, estas na madeira

A atitude de José Sócrates, Vitalino Canas e do própprio PS sobre a possibilidade dos deputados do Círculo Eleitoral da Madeira se absterem na votação na generalidade do Orçamento de Estado para 2008 levantam-me dúvidas em relação à honestidade política da disciplina de voto. Então o PS não defende alterações à lei eleitoral para criar, por exemplo, os circulos uninominais para que os eleitos estejam mais próximos dos eleitores e, por essa via, representar as regiões que os elegeram? Os deputados madeirenses estavam a exercitar na prática a teoria do partido. Malandros, hem!

domingo, 4 de novembro de 2007

Aeroporto

Ainda não percebi qual o grande interesse de um território em receber um grande aeroporto. Para além do ruído, da degradação ambiental, do grande volume de tráfego rodoviário, quais são os benefícios directos para a zona mais imediata da infraestrutura?

Rigor socrático

O apregoado rigor socrático desmorona-se aos poucos. Os erros de uma política neoliberal, para quem os sofre na pele que é a maioria da população portuguesa, tambem. O Orçamento de Estado para 2008 é disso espelho, a auditoria às Estradas de Portugal uma imagem em reflexo, a entrega aos privados das consultas públicas dentárias é mais clara que os próprios dentes, a boa aceitação da versão alcochete para o aeroporto uam clara cedência ao patronato e aos potentados económcios nacionais (recordam-se das decisões definitivas sobre a matéria anunciadas por Sócrates e Lino?).

Benfica com paixão

O Paixão ajudou, é verdade. Mas soube bem esta vitória, contra uma equipa que é das mais interessantes do campeonato e que merece lá estar. E, como benfiquista, o título está quase. Há muitos anos que vivemos destas pequenas coisas.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Multas de trânsito

Não sei se já tiveram o prazer de serem multados recentemente e desde que o pagamento pode ser feito no local? Não? Então deixo aqui algumas dicas: quando o agente da GNR disparar a dizer quer pagar já ou depois, a primeira hipotese (por mais estranho que pareça) é a melhor caso não viva no concelho onde está a ser autuado. É que se pagar depois, retiram-lhe os documentos e vão entregá-los ao serviço de finanças local, ao qual terá que se deslocar para os levantar, porque não enviam para a morada ou para a repartição de residência, apesar das elevadas custas do processo. Sempre é uma medida de ajuda ao turismo interno. Pagando logo fica com os documentos, mas atenção que o assunto não está concluído, porque terá mais tarde de pagar as custas do processo, numa reparticão de finanças à sua disposição, que importa noutra soma igual à multa. E assim se faz Portugal.

GNR e o interior

Depois do encerramento de estabelecimentos escolares do primeiro ciclo, surge a confirmação dos estudos que a GNR vem realizando sobre a manutenção dos postos em zonas do interior, na linguagem governamental, reorganização para servir com mais qualidade, ou seja fecho de postos, ao mesmo tempo que vão reduzindo o número de efectivos. Para o concelho de Moura a notícia não é boa: a confirmar-se fecham três. Em toda esta medida de racionalização de custos, não deixa de ser estranho que uma localidade como Amareleja, com quase três mil habitantes, um estabelecimento de ensino integrado com cerca de 300 alunos de quatro freguesias do concelho de Moura e onde vai ser construída nos próximos meses a maior central fotovoltaica do Mundo, veja fechar o seu posto da GNR. A desertificação humana continua no interior.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Laranjas em Setúbal

O Benfica arrastou-se em Setúbal. Ninguém pára o Vitórria. Parabens.

Justiça

Haverá no final do julgamento do processo da Casa Pia alguma justiça? Tanto as vítimas (estas por maioria de razões) como os acusados, eventuais culpados ou inocentados, não conseguirão resultados positivos deste acontecimento. O sistema judicial então fica com uma marca muito negra, bem como todos os envolvidos tanto do lado da defesa como da acusação. O caso Apito Dourado, entregue a Maria José Morgado, continua tambem a arrastar-se sem que se conheçam decisões. O lado dos ricos e poderosos continua muito forte. Já ninguem fala do caso de pedófilia dos Açores, em que os seus autores foram acusados poucos meses depois. Alguns devem estar a sair, depois de ser um crime descoberto (se não me falha a memória) depois do assunto Casa Pia. Já agora: quanto custa este julgamento e processo ao erário público? Uma dica para a comunicação social.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Tudo em branco

Não sei como ilustrar desencanto das verbas previstas no PIDDAC para o distrito de Beja, particularmente para o concelho de Moura. Para 2008, o Governo propõe-se investir no concelho a astronómica quantia de 29.000 €. Dará para muito, não há dúvida. E por aqui se fica o desenvolvimento prometido das regiões do interior. O desencanto seria menor se este ano fosse a excepção e dos anteriores viesse um forte investimento. mentira, há muitos anos que é assim. Com todos os governos.

domingo, 28 de outubro de 2007

Benfica em segundo

E o Benfica, reduzido a dez, já está em segundo. Prevejo que não pdoerá subir muito mais. No final faremos as contas.

Hora de Inverno

Entrámos na grande depressão de Inverno. Dias pequenos, luz reduzida ao mínimo, grandes noites. O frio há-de chegar (não podemos manter esta Primavera para sempre, o que é uma pena), tornando mais evidente a necessidade de recolhimento. Triste é a televisão, particularmente a pública, não ser verdadeira companheira. Sobra este espaço.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

A tua greve é mais bonita que a minha

Tenho a lamentar que o governo já não me surpreende. A recente decisão de retomar as negociações com os sindicatos dos pilotos era esperada, tanto se baixou o ministro Lino. Com os betos do sindicalismo a disposição para a negociação, sem pré-condições, é total, com os comunas da CGTP ou querem ou está decidido. Já no fascismo era assim, exsitiam os sindicatos do regime. Os homens não enganam, são como o algodão.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Estamos tratados

Em relação ao referendo estamos tratados. Passemos agora ao tratado que todos apelidam de enorme e confuso, razão maior para não referendar a matéria. Estranha esta democracia em que um tratado é confuso e por essa razão não deve ser referendado porque é impossível de explicar e manter um debate lúcido. A Europa vai longe. Ainda há quem defenda que a Constituição Portuguesa deva ser simplificada. E o tratado não?

Greves e atitudes

Não deixa de ser interessante o posicionamento do governo oriundo do PS: na anterior greve dos transportes públicos foi decretado a requisição civil, nas negociações da administração pública não há negociações, é o que dá é o que dá, na grande manifestação da CGTP o primeiro-ministro ataca os sindicalistas, com a greve dos queridos dos pilotos, o ministro Mário Lino (um ex-comunista) parece um delicodoce apelando ao bom senso. Não há dúvidas que só há atenção para os ricos e poderosos.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Um jardim de milhões

Pretendo a partir de hoje lançar uma campanha de recolha de fundos para ajudar Jardim Gonçalves a sair da situação delicada em que se encontra. Se o homem perdoou a dívida ao filho era porque não a podia pagar. Agora que a pagou ficou em dificuldades. Como é que o homem podia ter 12 milhões de euros atarefado como andou a criar o maior banco privado e a defende-lo na recente luta pela presidência. É um homem de Deus, mas não consegue aguentar com tanta caridade.

domingo, 21 de outubro de 2007

60 anos de bombeiros em Moura

A cerimónia oficial dos 60 anos de vida da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Moura decorreu hoje, com uma casa cheia. Parabens a todos quantos deram vida a esta corporação. Foi interessante verificar a comunhão com a população que serve e alimenta o seu corpo de voluntários (com forte presença de elementos do sexo feminino), facto que atesta a sua vitalidade e a manutenção do imprescindível serviço que prestam, apesar das crescentes dificuldades colocadas. Interessante o reconhecimento feito à participação da Câmara na actividade desta colectividade, corporizada num protocolo assinado na cerimónia que define a moldura dos apoios, financeiros e outros, municipais. É um sinal de orgulho e de auto-estima para todos os mourenses.

Curdistão. porque não?

Anda a comunidade internacional muito preocuda com a situação do Kosovo, província da Sérvia que só existe na especulação internacional. Porque não avançar com os mesmos argumentos (válidos neste caso) para a independência a criação do Curdistão? O povo curdo tem sido alvo de maiores ataques e opressões por parte do Iraque e da Turquia que os albaneses do Kosovo por parte da Sérvia. Razões políticas há muitas e económicas também, razão pela qual o povo curdo continuará a sofrer sem grande interesse da comunidade internacional.

Mais tarde cheguei ao P2

Na linha do post anterior, talvez seja por isso que o suplemento P2 dá destaque a um novo livro sobre a PIDE: o título é desde logo sugestivo - «A PIDE prendeu e matou menos do que as suas congéneres europeias». Talvez o número justifica o branqueamento e o destaque desta polícia política?

O racismo, segundo Watson e Fernandes

A conferência de Watson em Inglaterra foi cancelada por este ter expressado a opinião de que os «negros eram (se eram, já não são?) menos inteligentes», escreve hoje em Editorial o Fernandes, director do Público. As entidades britânicas tiveram a coragem de não suportar a afirmação racista «mesmo que sustentada da forma mais deastrada» e sendo que «o tema não é a especialidade de Watson e usou argumentos deploráveis», razões enunciadas por Fernandes que mesmo assim entende ser «um disparate maior pretender silenciá-lo». Os argumentos de Fernandes são igualmente deploráveis, a sua sustentação desastrada e, inegavelmente, este não é o seu tema, é sim a sua demonstração de racismo, para com os negros, com argumentos racistas há muito desmontados cientificamente. Em Portugal monarquico e fascista defendia-se «cientificamente» que os pretos tinham mais condições naturais para tabalhar em terrenos alagados, por resistirem melhor à malária e outras doenças provocadas pelos mosquitos. É nessa linha que entende expressar a opinião de, eventualmente, estarem mais aptos para a prática da velocidade como uma importantissima hipótese de estudo . Talvez seja por esta atitude corporizada por Fernandes que, ao contrário da maioria dos países, ninguem em Portugal tenha sido julgado por alimentar a máquina opressiva e política do fascismo e, ainda hoje, continuarem nos lugares que antes ocupavam, apesar de serem polícias políticos e membros dos governos (veja-se a forma despreocupada como Adriano Moreira fala na Guerra (que foi a sua) de Joaquim Furtado). Não deixa tambem de ser curioso que, na edição de hoje do mesmo jornal, surja uma fotografia da campeã África do Sul, em que a maioria dos membros da equipa são brancos mas quem carrega o presidente preto são dois pretos.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Tratado II

Já temos tratado e já foi enaltecida a vitória de dois portugueses: Sócrates e Barroso, os tais do «porreiro, pá». Sobra saber sobre o referendo. Pergunto: se o tratado é tão bom como afirmam, se PS, PSD e CDS, a grande maioria política em Portugal, estão de acordo com o seu conteúdo e a sua estratégia, porque razão têm medo da consulta pública? Será porque numa campanha serão obrigados a decifrar os seus códigos e mostrar claramente que afinal não é tão bom assim? A Europa acabou de cegar para com os seus eleitores.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Tratado

O documento está tão mal disfarçado que os jornalistas público, António Esteves Martins, lhe foge a boca para a verdade ao afirmar que a constituição europeia está quase a ser aprovada. Estou em crer que não vai ser em Lisboa! Esperemos por amanhã.

Manifestação

A grande manifestação de hoje, promovida pela CGTP, deixou, como não podia deixar de ser, muita gente contente. E os seus ecos decerto se fizeram ouvir no Pavilhão Atlântico. O homem-teimoso deve ter ficado preocupado por lhe terem estragado a festa europeia. E vem reforçando o seu espírito anti-democrático para com os trabalhadores, espumando de raiva para com os dirigentes sindicais. E diz-se o homem socialista.

domingo, 14 de outubro de 2007

Visitas de polícia

Confirmou-se o ridículo das investigações à visita dos polícias à sede do sindicato na Covilhã, como há muito lembrou Vitor Dias no tempodascerejas.blospot.com. Infelizmente a decência e a honestidade política andam nuas.

PSD

A eleição de Luís Filipe Menezes, tendo por base o seu discurso, poderá contribuir para elevar o ânimo de José Sócrates e, por essa via, ser uma vantagem: é que o discurso social-democrata derivou para a direita, pelo que o PS pode falar para o centro sozinho.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Manifestação intimidada

Ao que parece a GNR anda freneticamente a fiscalizar os carros de som de apelo à manifestação de dia 18 de Outubro. As cornetas não estão legalizadas.

Nobel da Paz

Equacionar, só equacionar, que a um dos maiores mercantilistas (não é necessário lembrar os 125 mil euros que cobra por cada conferência?) do ambiente pode ser atribuído o Nobel da Paz é uma afronta a todos quantos em por exerceram a sua actividade em situações difíceis já o receberam e para todos quantos lutam por criar melhores condições de vida e qualidade ambiental. Porque será que o Movimento dos Sem Terra no Brasil não é considerado? Aquela sim é uma verdadeira luta pela Paz. Com vítimas.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Comunistas

Durante quase 50 anos, até 1974, também os comunistas foram acusados de organizar todas as manifestações contra o governo. Quando Cavaco Silva tinha a maioria absoluta (lembram-se) o discurso era o mesmo. Sócrates lembrou-se da mesma retórica, dado o enorme receio que a manifestação de dia 18 de Outubro lhe estrague a festa reunião europeia. Porque razão repetem sempre a mesma matriz discursiva e ideológica?

Manifestações

A democracia é uma chatice. Tem coisas. Como estar um homem empenhado na solução para o País, na procura de representar bem Portugal na presidência da União Europeia, quando resolvem alguns (muitos) ingratos, em cada cerimónia, surgir com manifestações contra a política do governo. É uma injustiça e que prejudica a nossa imagem, a nossa política e o nosso país perante os nossos parceiros e o Mundo, direi. Era muitos mais fácil antes de 1974 quando em cada deslocação do responsável máximo da governação se verificavam grandes e expomtâneas manifestações, essas sim virtuosas e de verdadeiro sentido nacional de apoio ao governo. Era o júbilo.

Rolo Duarte

Pedro Rolo Duarte tem um espaço na Antena 1 sobre a blogoesfera. É interessante a rubrica. A de hoje dedicou-se às críticas ao líder do PSD, centrado nas afirmações do Marcelo, sobre a necessidade de centrar o discurso na crítica ao governo e não ao partido. Foi mais um ataque virado para dentro dos sociais-democratas, como interessa também ao governo. Ouço o programa muitas vezes, não sempre, razão pela qual posso cometer alguma injustiça ao afirmar que não ouvi de Pedro Rolo Duarte uma volta pelos blogs que criticam as opiniões do governo. Quando surge algum com críticas ao governo, célere é referido o contraditório. Há visões assim.

«Era só o que faltava»

«Era só o que faltava» vaticinou o Primeiro-Ministro quando indagado sobre as declarações do líder do PSD que entendia dever Mário Soares, Jorge Sampaio e Vera Jardim indignarem-se sobre a visita de dois polícias à sede do sindicato na Covilhã. Espera-se a reacção daqueles distintos socialistas ou será que já obedecem a José Sócrates? Só falam quando ele autoriza?

domingo, 7 de outubro de 2007

o papel dos árbitros

Não vi o jogo e ainda não vi quaisquer imagens ou comentários televisivos. Só li textos e a opinião de uma amigo sportinguista. Paulo Bento falou sobre a influência das decisões dos árbitros nos resultados de futebol? Se não, da próxima vez que tenha razões de queixa, deve ficar calado. Ou será que é vesgo?

sábado, 6 de outubro de 2007

Oftalmologia

«Os oftalmologistas têm mercado e saem. Há que negociar com os profissionais a sua saída», disse Florindo Esperancinha, presidente do colégio no Público de ontem. Pudera que não tenham, quando a lista de espera no público tem mais de um ano. Por outro lado, quem foram os responsáveis políticos que permitiram, anos e anos, a acumulação de funções entre público e privado?

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Pegajosa política

Não há boa comunicação que resista aos números do desemprego. A conjuntura internacional e europeia fechou como argumento. A responsabilidade do passado, do anterior governo, é como bolas de sabão que se esvaiem rapidamente. Sócrates, a sua política neoliberal, é o responsável por este falhanço social e económico. Que se agarra à sua pele como sarna. O problema é que fica e sobra para nós. E é desesperante ouvir Vieira da Silva falar em flexisegurança. Flexi quê? E a Presidência já disse alguma coisa sobre o assunto ou está com os ouvidos cheios de globalização?

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

O Zé

O Zé não faz falta. Os votos dos eleitos do PS chegavam para aprovar o plano de recuperação e o voto do Bloco de Esquerda era de somenos porque não viabiliza nada a não ser um tacho para o Zé. O que viabilizou a proposta foi a abstenção do PSD, de Carmona e de Roseta já que os da CDU votaram contra. Deve ser difícil explicar o apoio do Bloco.

Lisboa

Com esta Câmara e este Governo, a APL irá limitar-se às suas competências e funções, disse mais ou menos António Costa. Só com esta Câmara e este Governo? Com outros eleitos fará mais do que as suas competências e funções? A barreira do Tejo é tudo ilegal? Parece-me que não!

Benfica

Não estou a ver o hoje e conheço o resultado aos 85 minutos. A situação do Benfica era da responsabilidade do Fernando Santos. Iremos ter o caso inédito de três treinadores numa época?

domingo, 30 de setembro de 2007

PSD e os barões

Os barões são isso mesmo barões, gente que pretende mandar através de algum lacaio. Por isso se percebe o seu desencanto com a vitória de Menezes, como foi visível no espaço de opinião imparcial a tender para o lado de Mendes de Marcelo Rebelo de Sousa no canal público (onde aliás amanhã vai perorar António Vitorino, como se sabe outro imparcial socialista). O PSD está tão mal que permite a subida ao poder de Menezes é a leitura que fica de um grupo de barões que, cansados e responsáveis pelo estado do PSD, ainda não perceberam que se afastaram das bases do partido. Estão todas a comer à conta da história. E pensavam que contavam.

sábado, 29 de setembro de 2007

Benfica

A caminho da liga dos campeões, passando pela terceira eliminatória.

PSD e Menezes

Quando Cavaco, o Silva, ganhou o Congresso na Figueira também veio destabilizar o PSD. Os barões também não gostaram do «homem do povo» que subia ao poder que era deles. Um pouco como acontece agora com Luís Filipe Menezes. As elites detestam quando alguém vindo de fora lhes toma o lugar. Os barões sociais-democratas deixaram-se dormir à mesa do serviço de Sócrates e distrairam-se (?) com o partido que, cansado, elegeu outro «homem do povo». O «povo», mesmo no PSD, é em maior número que os barões. A questão é saber se este partido ainda serve para alguma coisa ou com novas figuras vai ocupar o espaço ao centro deixado pelo PS que virou completamente à direita. Uma experiência governativa pode ser má para o País. Mas a de hoje está a ser boa? Para o grupo que discute à mesa de Cavaco Silva os efeitos da globalização parece que sim. Este também já passou a barão e deixou de ser o «homem do povo».

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Economia

Quando há três anos começou a segunda Guerra do Golfo, o barril de petróleo andava na casa dos 30 dólares. Com a invasão americana e inglesa, naturalmente, a especulação levou o preço para cima até atingir o nível dos 70. A guerra acabou há dois anos e nestes últimos os tumultos resumem-se à morte de iraquianos (que como se sabe deles não se retira petróleo) nas cidades, porque os poços estão bem guardados e em exploração. O perigo iraniano também morreu. Os países da OPEP aumentaram a produção. As reservas americanas subiram. E os preços do barril também, porque os especualdores assim o desejam. No fundo estão a fazer o trabalho deles, porque de outra forma para que serviriam? E nós pagamos.

Silva

Cavaco Silva, depois de se reunir com os empresários para discutir os efeitos da globalização, segundo fonte do Palácio de Belém, vai encontrar-se em outras tantas sessões com os sindicatos, com os trabalhadores, com os reformados, com os desempregados, com a população para lá das cerimónias balofas de apregoar a caridade. Definitivamente não é o meu presidente, nem sinto que seja o Presidente da República. Lamento é que nas próximas eleições não possamos corrigir o erro tal a simbiose política e de interesses entre Silva e Pinto de Sousa (vulgarmente conhecido como José Sócrates). Dignos representantes do melhor neoliberalismo.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Mourinho II

Santana Lopes tem razão: não se interrompe uma entrevista para dar um directo de um cidadão que vem a chegar para dizer que vai descansar e depois partir. Santana mostrou dignidade e perspicácia política. Soube escolher o momento para regressar. E só tem a ganhar tão triste está a situação no PSD. Que tenderá a acabar e ele, Santana, há muito que disse fazer falta outro partido nesta área política. Sobre o «caso» Mourinho releva só a situação do País e nunca é demais assinalar o escandalo do serviço público que abre o Telejornal com o resultado de um jogo de futebol e gasta dinheiro em enviados especiais para nada fazerem. Neste capítulo, dos enviados, quanto a televisão pública gastou com os casos Maddie e Mourinho? A crise não chega aqui ou estes assuntos interessam ao governo?

sábado, 22 de setembro de 2007

Mourinho

Deixemo-nos de conversas à moda portuguesa: a saída de Mourinho do Chelsea é um falhanço no seu percurso de treinador e as suas atitudes posteriores só servem para disfarçar os desaires alcançados, sem que esteja em causa a sua qualidade. Senão vejamos: pela terceira vez (contando com a episódica pasagem pelo Benfica) sai de um clube em litigio com os dirigentes; pela primeira vez o excelso condutor e lider de homens (como era apelidado) sai deixando metade, pelo menos, contra ele, apesar de os ter exolhido todos a dedo; não ganhou nada nas competições europeias na sua passagem pelo clube, apesar de o ter prometido; o campeonato dete ano estava a correr demasiado mal. Agora, percebo certas leituras e bloguers em transformar o episódio da sua saída em glória, com os ingleses a elogiarem um português, quando há bem pouco tempo zurziam em todos os portugueses, particularmente na polícia, por causa do caso Maddie. Mourinho venceu finalmente a mais antiga aliança do Mundo. Quanto so fair play do treinador, recordem-se de uma altura em que José António Camacho respondeu: quem sou eu para criticar um treinador campeão do mundo. Lembram-se quem lançou as pedras? Em Portugal é de bom tom estar ao lado dos ricos!

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Tecnológico

Gostei de ver a cara de felicidade do Primeiro Ministro sobre a inegável entrada no topo dos governos digitais na Europa. À nossa frente só os austriacos e os malteses. Todo o resto está a atrás de nós (é bem feita para não se entreterem a preparar o desenvolvimento, a redestribuir a riqueza, a acabar com o desemprego, entre outras miudezas). Nós por cá, chegámos ao paraíso da tecnologia. As escolas são frias e húmidas, mas os alunos têm portáteis, Os professores são os responsáveis pela má qualidade do ensino, mas agora têm portáteis. E, se algum dia nos chegar a fome, sempre podemos reclamar digitalmente e sermos reconfortados digitalmente. E assim ficaremos no mundo perfeito, segundo Sócrates.

Scolari, Mourinho e outros

Portugal é um País assim. A sessão parlamentar vai reabrir para alterar legislação vetada pelo Presidente da República e a grande notícia, com destaque de entrevista na televisão pública, é o selecionador nacional que falhou um murro no atleta sérvio (se tivesse sido a um outro qualquer europeu seria muito mais grave). O governo prepara novo orçamento, a alteração à lei eleitoral para as autarquias (estranho o silêncio de quase todos os autarcas), entre outras medidas e o grande destaque é a saída de Mourinho do Chelsea, com direito a enviado público para uma intervenção nocturna que poderia ser lida de qualquer ponto do mundo. Ninguem se incomoda com este estado de coisas?

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Gestos e coisas simples

Com poucos gestos e uma atitude que lembra coisas simples (e muito trabalho, engenho, estratégia e capacidade negocial), começaram as obras da fábrica de montagem de paineis fotovoltaicos em Moura, associada de um projecto de energias renováveis que compreende um pólo tecnológico e a maior central do mundo a instalar na Amareleja. Pelo muito trabalho da Câmara Municipal, num percurso de seis anos do seu Presidente. Merece o destaque e a homenagem, numa altura em que é justo lembrar que os velhos do Restelo ficará em terra quando se empreenderam outros projectos que construíram futuro.

Maddie

Já ninguem fala de maddie. O seu desaparecimento passou a ser questão de Estado. E ponto final do assunto. isto só vem demonstrar que mais mal fez a Portugal a mais amtiga aliança do Mundo que a fugaz invasão francesa. Ainda hoje nos levam à perna.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

chinesices

Nogueira Pinto é uma mulher de direita, pelo que em nada me espanta as declarações que proferiu sobre o comércio desenvolvido pela comunidade chinesa. Gostaria era de conhecer a opinião do Presidente da Câmara de Lisboa que a convidou para gerir o projecto. Será que a dita esquerda de Costa unem-se à direita de Pinto nas declarações xenófobas? Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és!Já agora: porque será que os autores de blogs apoiantes de Costa só criticam a Pinto?

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Dalai Lama

Acreditava que os comícios e as cerimónias religiosas eram de entrada livre. Quanto muito no final surgia o sempre indesejado peditório a que se procurava fugir com ar sério. Assim não acontece com Tenzin Gyatso, O XIV Dalai Lama, que na visita a Portugal aproveita para participar numas sessões pagas. O espírito é importante mas sem dinheiro não há alma que se aguente. Ou será uma nova versão do capitalismo religioso?

sábado, 8 de setembro de 2007

Mais um frete ao Governo

A direcção de informação da RTP está de parabens pela boa gestão de imagem do Governo e do PS. Como à esquerda o único partido capaz de causar problemas é o PCP, por dois dias seguidos o Telejornal resolveu não apresentar qualquer peça sobre a Festa do Avante. No de hoje, chegou-se ao cúmulo de ter sido interrompida, por lhe terem retirado o som, sem qualquer justificação e sem tentativa de voltar ao tema. Vergonhoso, porque as políticas do Governo são as principais críticas do PCP, como se sabe. (A seguir grande espaço para os dóceis bloquistas e o ternurento acordo para a Câmara de Lisboa. Como diz um amigo: o presidente da Câmara de Lisboa desapareceu ou está escondido do caos da segurança interna que deixou para trás? Onde pára o rigor?) Na verdade, ainda bem que não passaram para não se encherem de mais ridículo, porque na entrada da peça com tanta «festa» o destaque era para as supostas reacções ao livro de Zita Seabra, como se sabe um êxito nacional na saga anticomunista e anti-PCP. Assim vai o serviço público neste Portugal assim.

Hipocrisia e território

As posições em torno da província Sérvia do Kosovo pode representar um passo em falso na União Europeia. A sua independência faz tanto sentido como a do País Basco (Espanha e França), Catalunha (Espanha), Córsega (França) e em Itália, nos seus poucos mais de 100 anos já se fala da divisão. A União Europeia devia olhar para dentro e continuar a defender a soberania dos Estados, como princípio fundador da Europa, e não persistir na lógica americana de retalho do mundo. Há anos, a Europa traçou a régua e esquadro territórios em África com tristes resultados conhecidos. Não devia persistir no erro.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Novela

A triste novela em torno da infeliz criança inglesa continua a motivar notícias e manifestações de populares. O caso ainda conhecerá desenvolvimentos que irão causar alguns arrependimentos (é bom lembrar que os pais foram recebidos pelo Papa e diversos governantes tiveram palavras sobre o assunto). Não me espanta que o Presidente da República venha a abordar também a questão como se fosse essencial e fundamental para o País. Continuamos a esquecer que todos os dias há crianças, vítimas anónimas das maiores violências e da escassez de recursos. Portugueses que vivem pessimamente, sem esperança de futuro. Os olhos dos nossos responsáveis estão agora preocupados com os casos de sucesso. Quando no aproximarmos de um acto eleitoral será o tempo de olhar e visitar os pobrezinhos. Sempre são em maior número que os ricos e poderosos. Só mandam mais no momento do voto.

Vergonhoso

Vergonhosa é o mínimo que se pode classificar a abordagem feita pelo Telejornal da RTP sobre a abertura da Festa do Avante. Com um espantado Rodrigues dos Santos, surpreendido por um directo fora do alinhamento, a falar com o reporter ao modo de «conta o que se passa ai», os responsáveis pela informação pública prestam um mau serviço ao País, à democracia, ao jornalismo, mas em compensação estão a desenvolver um trabalho correcto e profissional de assessores do Governo e do PS. Onde pára o Provedor?

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Moura em destaque

Através do almocrevedaspetas.blospot.com descobri o catálogo da in-libris.pt, uma livraria do Porto, onde, entre várias raridades e obras diversas se encontra um livro sobre Moura. Vale a pena consultar e verificar que o trabalho autárquico apresenta qualidade e que Moura não está muito longe.

sábado, 1 de setembro de 2007

Barrancos

Passados muitos anos voltei a Barrancos para as Festas em Honra de Nossa Senhora da Conceição. Ou como os barranquenhos a chamam a Feira simplesmente. E foi bom constatar que depois do atropelo dos «muitos amigos» que se sentaram à mesa da luta pela manutenção dos touros de morte, estes fugiram para outors lugares com câmaras e jornalistas, e feira voltou a ser para os barranquenhos e os seus amigos. Os barranquenhos, apercebi-me, refletem agora sobre todo este processo e a forma de continuar, melhorando esta actividade tradiconal. Vale a pena seguir este caminho. Por último, parabens a António Tereno, presidente da Câmara, que soube liderar todo este processo com inteligência e na defesa dos reais interesses de Barrancos.

domingo, 26 de agosto de 2007

A cantar e bem

Ontem à noite, no Cine-Teatro Caridade, completamente cheio, cantou-se, e bem, variações sobre cante alentejano, na Festa do Cante organizada pela Câmara Municipal de Moura. Dos Ganhões, de Castro Verde, às Brisas do Guadiana e Ateneu, de Moura, passando pelos Alentejanos, de Serpa, a confirmação veio do Vá de Modas, de Moura, com uma bela actuação, musical e vocal, e uma ligação perfeita com o público. Parabens, rapazes e raparigas.

Aeroporto

Quando se começou a criticar a opção OTA, o Governo não dizia que a decisão estava tomada e que o adiamento da construção faria Portugal perder dinheiro da União Europeia. O que mudou entretanto para agora o primeiro ministro anunciar uma decisão final para o princípio de 2008? A mentira, em política, não tem consequências?

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Bem fica

Cristiano Ronaldo foi expulso e Fergunson criticou o jogador. O árbitro do Liverpol-Chelsea marcou um penalti que reconhece ter sido um erro com influência directa no resultado, pedindo desculpas ao Liverpol. Quando será que nós crescemos?

Mal fica

Enquanto benfiquista não gostei da fase Fernando Santos. Era triste o seu futebol e, ao contrário da época Trapatoni, ineficaz, sem conseguir alcançar qualquer título, que o recente torneio do Guadiana nada esconde. Temo contudo pela sua saída que, a ser agora, deveria acontecer no final da época passada, que o Benfica nada ganhe mais um ano. Tenho alguma dificuldade em enveredar pelo sebastianismo...

domingo, 19 de agosto de 2007

A cantar muito se diz

A Câmara de Moura organiza no dia 25 de Agosto um Festival do Cante alentejano, que integra uma exposição de fotografias de António Cunha, «O Campo e o Cante», exposta na sala de exposições do Espaço Net (Rua 5 de Outubro) e um colóquio «Conversas sobre o Cante». Vozes e imagens do Sul.

Um exemplo de governação

O concelho de Grândola é o segundo do país, depois de Lisboa e só usada por Santana Lopes, que disponibiliza casa de função para o Presidente que, curiosamente, possui habitação no concelho de.... Grândola.

A ver

No Centro Portugês de Fotografia, no Porto, até 16 de Setembro, fotografias de José Manuel Rodrigues sobre a obra de Siza Vieira. Um cruzamento de mestres.

Mistério

O Aeroporto de Lisboa no toca à entrega de bagagens é, habitualmente, pouco recomendável, daí que não consiga perceber como é que num dos dias de maior movimento, a acreditar na empresa gestora, e com os trabalhadores em greve (mesmo que tomemos em linha de conta as percentagens da empresa), como é possível anunciar-se uma situação normal? Mistério.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Presidente da República, nada disse...

Com a crise económica que existe e que tende para se agravar, a afectar milhares e milhares de portugueses, passado quase uma semana, não seria de esperar uma palavra do Presidente da República? Sobre a saída da directora do MNAA já falou, apesar da discutível posição da senhora. Será mais importante?

Presidenciais no PSD

Com a crise económica que existe e tendem para se agravar, que interesse tem as directas no PSD. Com Menezes ou Mendes os sociais-democratas estariam a fazer diferente do PS? Parece-me que não!

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Triste

Profunda tristeza com a exibição do meu Benfica. É tão mau que faz temer o pior para a segunda mão. O que vale é que o presidente até já entrou na lista dos 100 mais ricos. Temos que subir nalguma coisa.

Paraíso: Portugal

A história e a conversa já têm teias: o investimento privado gera mais riqueza e o sector público é muito gastador. Quanto à primeira não tenho qualquer dúvida e é só atender aos recentes dados lançados na comunicação social: o fosso entre ricos e pobres agravou-se em Portugal, estando neste capítulo a liderar a lista europeia (em algo tinhamos de ser os primeiros!), logo as actividades privadas não distribuem a riqueza, mas concentram-na (Não percebo nada de economia mas isto é dos livros, só nos dizem, os governantes do PS e do PSD, há anos o contrário). Quanto ao segundo tenho todas as dúvidas e a certeza que uma boa gestão pública é a melhor maneira de garantir o acesso universal a todos a melhores serviços e garantir uma maior distribuição dos meios. Os dados avançados e que estabelecem a comparação com valores de 1995 (mais de uma década) provam claramente os objectivos das políticas governamentais seguidas por socialistas e sociais-democratas, sim, porque nos restantes países da União Europeia os dados são diferentes e a matriz política e económica semelhante. Fica também provado que o pão do pobre quando cai é sempre com a manteiga para baixo.
Por outro lado, percebe-se o incómodo de certos autores de blogs da área socialista: abateu-se um porfundo silêncio sobre estes dados. Relembro que o patronato nalguns casos compensa e antevejo que vai continuar a campanha para aumentar os ordenados do Presidente da República e do Primeiro-Ministro, pelos bens serviços prestados, assim como assim estão há mais de dez anos no poder.

domingo, 12 de agosto de 2007

Trás-os-montes

Para lá do Marão, é agora mais fácil chegar, porque existem umas quantas estradas principais em boas condições, apesar de ligações ainda de outros tempos. Para dormir, recomenda-se o Convento de Balsamão, situado a 522 metros de altitude, no cimo do monte do mesmo nome, na freguesia de Chacim, concelho de Macedo de Cavaleiros. A escassos quilómetros da cidade, na barragem do Azibo, existem duas praias fluviais de grande qualidade da responsabilidade da Câmara local, para bons momentos de lazer. Para lá das belezas paisagísticas, que são muitas, recomenda-se uma deslocação ao outro lado da fronteira, passando por Rio de Onor, a Puebla de Sanabria e ao Lago Sanabria. Para debustar, recomenda-se vivamente a alheira e posta mirandesa da Gabriela, em Sendim.

sábado, 11 de agosto de 2007

Ordenados

Ainda estou para perceber o destaque da edição de hoje do Expresso sobre os ordenados dos primeiro-ministros. Estarão a aproveitar a boleia do Paulo Macedo para avançar com a hipótese de aumentos? Será? Portugal é um País assim.

Agosto

Neste Agosto que anda a contragosto, escrevo, ouvindo Leonard Cohen através do blog de Vitor Dias, sobre nada e coisa nenhuma, porque as únicas notícias são as desgraças económicas que nos afectam todos os dias, com destaque para os juros dos empréstimos à habitação e os combustíveis que sobem apesar de serem pagos em doláres e o euro estar cada vez mais caro. De momento, pela minha terra, em Amareleja festeja-se.

sábado, 4 de agosto de 2007

Modernidade soviética

No Avante desta semana, é apresentado o projecto do novo pavilhão central da Festa do Avante como fazendo lembrar outros do modernismo soviético. Não tenho nada contra, mas não havia mais nenhum exemplo de comparação?

Privadas

A Independente vai fechar, ao que parece sem grandes prejuízos, porque, inclusive é sacudida pelos seus parceiros. À Moderna não parece restar outra possibilidade. Ninguém se interroga sobre o que se andou a fazer nos últimos anos quando se permitiu de qualquer maneira a abertura de privadas? Portugal é um País assim.

Um Verão assim, assim

O Verão corre tranquilo e Agosto entra com o mesmo tom dos outros meses, uns dias de muito outros mais ou menos. O calor sempre aperta e o País caminha, lá isso caminha. O Governo mantém o seu autismo: apesar do veto presidencial ao novo estatuto dos jornalistas, Santos Silva diz que está tudo bem. Só ele é que vê. Sócrates fica todo contente porque a apressada Procuradoria (quantos processos ficaram para trás?) resolveu dizer que nada encontrou sobre a sua licenciatura. Só Ela é que vê. A directora do Museu Nacional de Arte Antiga é afastada do cargo apesar dos bons resultados da sua gestão e tão só por ter manifestado uma opinião discordante. A cabeça, com este calor, fica com uma moinha que pode ser perigosa. E estes membros do governo estão a ficar perigosos. O grupo parlamentar do PS, pela pena de José Seguro, quer reduzir o número de deputados, mas ao mesmo temp atribuir um assessor a cada um, logo os eleitores só decidem metade e aumenta o número de elementos pagos. Ideia brilhante de quem afirma querer poupar nas finanças públicas e aproximar os eleitos do eleitores (ficarão os assessores no Parlamento e os deputados a contactar com os eleitores? Deve ser para isso) Por último, sobra o excelente acordo político e financeiro entre o PS e o Bloco de Esquerda na Câmara de Lisboa. Ao contrário do que escreve Eduardo Pitta no Da Literatura não acredito que apareça qualquer túnel na relação de Costa com Sá. Ao inverso parece-me que estarão os dois muito ocupados a fazer flores nos próximos dois anos para preparar o próximo acto eleitoral, no qual, arrisco, Sá aparecerá ao lado de Costa. A base para o acordo não passa de uma mão cheia de tudo e outra de coisa nenhuma e é tão só um justificativo para justificar o cargo de vereador com pelouros. Este é um Verão assim, assim.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

E Lisboa o que ganha?

Será mesmo assim: "até hoje não vi outra coisa que não fosse negociar lugares e cargos", Manuel João Ramos no Público de hoje.

E Lisboa o que ganha?

Será interessante acompanhar o negócio, a fazer fé no Público, entre António Costa e Sá Fernandes para a constituição da equipa para a Câmara. Por um lado, não consegue a maioria absoluta, mas por outro paga-lhe com o vencimento de vereador (mais os assessores) para meter a viola no saco. Vamos ver no que dá. Já agora: não há mais projectos para a frente ribeirinha por quê? Vamos ver quem vai ganhar com a venda das casas integradas no pacote dos 20%? Porque não remetê-las para o mercado de arrendamento? As famílias carenciadas não têm dinheiro para comprar, nem crédito nos bancos.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Crise na privada

A crise que vai na privada tem responsáveis e inúmeros que ganharam muito dinheiro. As ligações entre as universidades privadas, o parlamento, com todos os seus partidos, e ex-membros do governo e assessores diversos, vão deixar muitos portugueses com investimentos avultados sem qualquer relação com o diploma obtido. Quem abriu estas portas sem regra, numa altura em que os candidatos cresciam e havia nuita gente com disponibilidade para investir num diploma de curso superior, e assistiu placidamente às maiores vilanagens têm nome: os partidos e todos os seus ministros que estiveram no governo, do PS ao PSD, passando pelo CDS. O actual governo nada diz sobre o assunto. Portugal é um País assim.

domingo, 15 de julho de 2007

E Lisboa

Lisboa ficou a perder. Ficou envolta em discursos e disputas de lideranças partidárias. E vai estar dois anos em campanha. O que não é bom para a capital do País. Dois anos não chegam para conhecer os cantos à casa, quanto mais para esboçar um projecto, uma ideia de cidade e concelho.

sábado, 7 de julho de 2007

Rigor e transparência

Rigor e transparência são tema de campanha do Costa. Vejam o Público de hoje para perceberem o rigor. Os seus assessores do Ministério são agora pagos pelo Parlamento ou seja continuam a ser pagos por todos nós, mas ninguém os lá viu e estão a trabalhar em exclusivo para a campanha. Lindo, não é. O José levou os dez que eram pagos pela Câmara para a Assembleia da República para apoio à campanha. Revelador.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Flexi-segurança

Vieira da Silva, o chamado ministro do trabalho o que, atendendo aos números deveria ser do desemprego, afirma que que tem o modelo da flexi-segurança são os países mais desenvolvidos. Até poderá ser verdade, mas por alguma razão nesses países o negócio da morte não serve para desenrascar uns dinheirinhos para melhorar o salário mensal, nem é necessário facilitar uma legalização em troca de bilhetes para o futebol e camisolas. Se pensarmos nisto talvez não vejamos este modelo com tanto interesse, nem como será possível assegurá-lo acompanhado da estratégia governamental e patronal de redução dos salários reais. Utiliza ainda um argumento que parece daqueles dos primeiros namoros: «ou dizes que queres já ou vou namorar com o outro». Num mundo empresarial cada vez mais organizado, planeado, onde cada investimento é escrutinado ao pormenor, existe nalgum país desenvolvido como razão para a viabilidade de empresas e a manutenção dos postos de trabalho, estruturas que façam encomendas de um dia para o outro? Tenha paciência, Vieira da Silva, não seja politicamente desonesto, nem desafie a nossa inteligência.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

País pequeno, Portugal assim

Na exacta medida em que aumentam os sintomas da bufaria ao serviço do Governo, sabemos que, eventualmente, homens do SEF facilitaram a vida ao FCPorto em troca de camisolas e bilhetes para o futebol. Pouco, muito pouco e pobre. Pensar que em Itália por situações semelhantes, já a poderosa Juventus foi castigada e já subiu à primeira liga.

sábado, 30 de junho de 2007

Moura e o turismo

Na iniciativa municipal de descentralização em Moura fala-se até amanhã de turismo. E ficou-se com uma certeza: o concelho será diferente nos próximos cinco anos e a Câmara tem uma estratégia para o desenvolvimento.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Eleições e sondagens

Portugal é um País assim. Sondagens são sondagens e nada mais vale que esse momento e como referência de um determinado sentido. Não deixa de ser estranho que o barómetro do DN e TSF tenha passado em branco nas teelvisões. Será porque o PS e o Governo estão a cair? O pessoal está cansado de tanta demagogia e serviço aos empresários? De tanto viver do público a dizer bem do privado?
As coisas também não devem estar bem para o Costa: parece um acto de desespero vociferar para com a Comissão Nacional de Eleições. Ganhar com um resultado baixo é mais que uma maioria relativa na Câmara, é adiar as suas pretensões no PS, porque na verdade esta derivação é só um interlúdio no seu interesse em liderar o PS. E Lisboa é que paga.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

A grande questão

Os jornalistas descobriram a grande questão para Lisboa. Que é: onde vai votar a Zézinha. Importante não é? E o Zé, popularizado há uns anos? E o Manuel, o Francisco, o Zacarias, o Ernesto, o Vitor, o Rui, o Fábio (todos estes nomes mais populares de qualquer bairro popular da capital). Sendo a senhora de direita, não deixa de ser uma continuidade o Partido Socialista manter a sua política de direita. É assim , como sempre foi, no Governo, e parece com António Costa quebrada a tradição de esquerda na Câmara. Dá que pensar.

domingo, 24 de junho de 2007

Estás tratado

O homem-teimoso não quer falar de consulta sobre o tratado, porque agora, diz, é necessário concentrar as energias na sua concepção. Quem prometeu em eleições fazer um referendo, ocupa muito tempo garantir que essa promessa será cumprida? Há qualquer coisa que se está a preparar e não nos querem dizer. Por outro lado, palpita-me que, aproveitando a Presidência, vão avançar mais algumas medidas para diminuir a qualidade de vida. Nos próximo seis meses só se vai falar da União Europeia. Já agora: como está o QREN?

quarta-feira, 20 de junho de 2007

O preço da água

O governo, e particularmente José Sócrates desde quando era secretário de Estado do Ambiente, defende que a gestão da água deve ser feita em sistemas multimunicipais ou seja com a Empresa Águas de Portugal a deter pelo menos 51%. Tem conseguido a adesão dos Municípios com o engodo de ser a forma mais fácil de subsidiar investimentos, aliada a uma maior gestão. Em simultâneo tem dificultado ao máximo os Municípios que entendem enveredar pelos sistemas intermunicipais ou seja garantir a gestão pública com os Municípios com pelo menos 51%, sendo os restantes públicos ou privados. No recente encontro de autarcas, alguns insuspeitos ligados ao PSD e ao PS já começaram a carpir mágoas em relação aos custos para os Municípios e os utentes do preço da água. E ainda vai subir mais, particularmente quando o governo perder os pruridos e privatizar a Águas de Portugal. Com prejuízo para o serviço às populações de um bem essencial. Seria interessante um estudo sobre a evolução dos preços e o desvio em relação ao custo real de produção.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

França

Só agora passadas as eleições, o correspondente em França conseguiu dizer que afinal havia três luso portugueses com possibilidades de serem eleitas na segunda volta. Entre dentes lá balbuciou que existia um candidato do PCF. Pudera, na campanha só entrevistou as duas do partido de Sarkozy. Viva a pluralidade da televisão pública que na derrota, ao contrário da promoção, se lembra de todos. A custo.

Eleições

Socialistas destronam comunistas na freguesia de ... Seria assim, não tenho dúvidas, as grandes notícias televisivas se a CDU tivesse perdido a Junta de Freguesia de Vendas Novas. Não foi: ganhou com maioria absoluta, o PSD subiu dois eleitos e o PS perdeu quatro. Já não é notícia...

Até quando...

Porque será que, de Sócrates a Cavaco passando por Lino e Francisco, se vislumbra alguma hipócrisia e um profundo entendimento entre todos quanto à questão do novo aeroporto de Lisboa. Quem andará a salvar a face a quem? Quem pagará tudo isto? Aguarda-se mais tristes episódios de pessoas que dizem querer garantir uma boa gestão dos dinheiros públicos. Portugal é um País assim.

domingo, 17 de junho de 2007

Um País assim

Portugal é um País assim. As matérias susceptíveis de investigação são muitas e as nossas polícias estão mais preocupadas em manter averiguações aos autores de blogs que publicaram pormenores do processo da licenciatura do homem-teimoso. Dos outros, sujeitos singulares e colectivos, não estão a ser alvo de nada, enquanto os que denunciaram factos que se vieram a confirmar estão sob suspeita. A minha solidariedade para eles. Este País anda esquisito. Está assim. E o pessoal insensível.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Não depende do Estado?

O agora célebre estudo da CIP sobre o novo aeroporto e que aponta para a solução Alcochete só foi possível concluir quando a Força Aérea disse que disponibilizava o Campo de Tiro. Então as mais altas patentes de uma força militar dão o seu aval a uma solução a representantes da sociedade civil sem consultar o Governo e o Presidente da República de quem, particularmente este último, dependem? Estão a fazer-nos de parvos, a querer chatear o Lino ou a brincar com o dinheiro público? Tempo é dinheiro, dizem os expert da gestão neoliberal, ou não é? É impressão minha ou há duas datas coincidentes: O Francisco afirma que há um mês conseguiu a abertura da Força Aérea; não foi por essa altura que o Cavaco começou a falar da necessidade de um debate aprofundado sobre o tema? Será coincidência?

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Alcochete para OTArios

O homem-teimoso ficou preocupado com a questão e mandou o cómico de serviço dar o dito por não dito ou está só, como em outras grandes áreas políticas, a seguir o empresariado e o patrão dos patrões? Teve receio da posição de Cavaco Silva ou é pura estratégia para ganhar uns tempos e dar uma ajuda ao homem das polícias na luta pela Câmara de Lisboa? Aposto na última e o futuro dirá.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Exemplo desesperado

O novo estádio da cidade de Al-Kahder, nos arredores de Belém, na Cisjordânia, cuja construção foi financiada por Portugal, através do Instituto Português de Cooperação para o Desenvolvimento, vai ser inaugurado na próxima segunda-feira. O recinto custou dois milhões de dólares, tem capacidade para seis mil espectadores, é certificado pela FIFA e dispõe de piso sintético e iluminação. A cerimónia de inauguração abrirá com uma marcha de escuteiros locais, conduzindo as bandeiras de Portugal e da Palestina, e a execução dos respectivos hinos nacionais.Já fechámos urgências, maternidades, centros de saúde e escolas primárias, mas oferecemos um estádio à Palestina. Devíamos fechar o Hospital de Santa Maria e oferecer um pavilhão multiusos ao Afeganistão. A seguir fechávamos a cidade Universitária e oferecíamosum complexo olímpico (também com estádio) à Somália e por último fechávamos a Assembleia da República e oferecíamos os nossos políticos aos crocodilos do Nilo.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Irão até onde

Do Irão já muito se disse e escreveu. E muito pouco se conhece. Parece, parece que os homens que mandam no País andam doidos para ter a atómica. Criticável, mas algo que outros têm e desenvolvem. O próprio regime é criticável. Contudo, o recente artigo publicado na anterior Pública parece encomenda. O governo iraniano é tão mau que fecha os olhos a festas e passagens de modelos clandestinas? Se ele, o governo, fecha os olhos não são clandestinas. A liberdade chega ao povo iraniano pela afirmação dos desfiles de moda. Para encomenda aos americanos é fraco. Eles sabem fazer melhor.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Não vão os rapazes portar-se mal

A diabolização do poder autárquico tem sido uma batalha que estes rapazes bem comportados, todos bem apresentados (particularmente eles, conceda-se que a excepção é o Mário Lino, Manuel Pinho, na companhia das ministras da Educação e da Cultura que desfiguram todo o elenco), como quem ainda não deu, como diz um meu amigo, «o peido mestre», e que depois da Lei das Finanças Locais conhece agora a versão de uma tábua legislativa para impedir, a quem seja deduzida uma acusação, a possibildiade de continuara a exercer o mandato. Até poderá ser justo, deixando de lado a autonomia do poder local consagrada na Constituição e a capacidade dos tribunais para julgar, porque acusado não é culpado. Só não percebo a razão de ser dirigida aos autarcas: e os membros do Governo? e os deputados? Ficam fora desta suspeita. Serão todos bons moços? Parece-me que a ideia é ir um pouco mais longe e reduzir ao limite os municípios como emanações da administração central como acontecia no tempo do fascismo. A centralização e o total desrespeito pelo poder local é uma imagem de marca deste governo que contraria um outro socialista liderado por Guterres com Sócrates como ministro que traçou como objectivo duplicar as verbas para as autarquias e dar-lhes mais responsabilidades. Mais fácil é ter uns rapazes submissos nas Câmaras que cumpram ordens, sem discutir ou sequer ousar questionar e, tanto melhor, denunciar uns quantos malvados que dizem mal do primeiro. Está lindo, está...

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Ainda a greve

Longe de qualquer balanço, a nível da análise política não é de salientar a estreita leitura coincidente do Governo e do patronato? Será por serem os dois patrões? Será por estarem imbuídos dos mesmos propósitos? Será coincidência? Talvez não, deste Governo os patrões ainda não protestaram, porque será?

Festroia

A 23ª edição do Festroia, Festival Internacional de Cinema, acentua o afastamento recente da Península de Tróia que para muitos é desconhecido pertencer ao concelho de Grândola. Na verdade assim é, apesar de geograficamente mais próxima de Setúbal. O Festroia começou em Troia, dividiu-se mais tarde com Setúbal, ficou só por aí e agora acentua a sua deriva para Norte, ocupando espaços na capital de distrito e em Almada. Não deixa de ser estranho que um festival que nasceu para promover o complexo turistico de Tróia, que apontou no final da década de 90 do século passado para juntar a Setúbal uma afirmação para o interior, ganhando a vila morena e a sua centralidade no litoral alentejano, esteja hoje completamente afastado deste território e caminhe para a gravidade de Lisboa. De estranho, eventualmente, nada tem, porque a política cultural municipal em Grândola é um completo deserto e mesmo o único cinema do concelho fechou e ostenta há largos meses um cartaz a anunciar a reabertura remodelado no princípio do ano. Só não diz de qual...

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Liberdade

A tentação de reduzir a liberdade de expressão é comum a vários regimes e sistemas. Em Portugal fala-se disso, uma tímida vassalagem à voz do dono e uma propensão para querer mostrar serviço da pior forma, que como atitude acumulada poderá instalar um sentimento de auto-censura que é mais difícil de combater que a oficial, por dominar as consciências individuais. Na Venezuela pratica-se. O mundo está a ficar perigoso.

Greve geral

Uma pergunta que pode ser estúpida: falando-se que a participação nas greves é cada vez mais baixa faz sentido decretar serviços mínimos? Não serão estes assim uma forma de reduzir os efeitos da greve, de qualquer greve e uma intromissão nos direitos individuais e colectivos de trabalhadores à indignação com políticas de governos que decretam os serviços mínimos? Se o governo estivesse confortável, era necessário decretar os serviços mínimos? Todos para a greve que o homem-teimoso merece, ainda mais porque para lá dos personagens, existe uma política de direita (leiam os artigos de Vasco Pulido Valente e António Barreto no Público de domingo) que é necessário contrariar e combater

sábado, 26 de maio de 2007

Moura BD

16º salão de banda desenhada em Moura. Até dia 2 de Junho. Autores portugueses e estrangeiros, exposições e um exclusivo mundial: os próximos números de TEX pelos novos autores. Aconselha-se uma visita ao Castelo.

Telenovela

O circo mediático montado em torno do caso Madeleine remete o drama da família e principalmente da criança para uma espécie de telenovela em que se espera e deseja um final feliz. Em que se esquece o essencial: as inúmeras crianças que todos os dias desaparecem, morrem ou sofrem por maus tratos e más condições económicas. A atitude inacreditável dos sistemáticos directos que não adianta nada e que os intermináveis minutos de reportagem (?) seriam resumidos, em termos noticiosos, numa frase curta: não existem novidades do caso. Tão só e simples.

Rigor

Rigor foi o lema escolhido para os cartazes da candidatura socialista à Câmara de Lisboa (que hoje foi fazer campanha a Setúbal!). Se apresenta tanto rigor, porque razão o novo MAI tem que lançar um ajuste directo, com um dia de resposta, para contratar os helicopteros da campanha de combates a incêndios que começa na sexta-feira, dia 1 de Junho?

quinta-feira, 24 de maio de 2007

A questão

O fundamental não é saber se a melhor localização para o aeroporto é a Norte ou a Sul de Lisboa. O fundamental é perceber-se que a fundamentação é escassa para justificar a opção pela OTA, quando poderia haver outras mais baratas. O fundamental é perceber quem vai lucrar com a construção do novo aeroporto, quem são os principais beneficiários, qual é a jogada que está por detrás disto. E da construção da linha de TGV entre Lisboa e o Porto, milhões e milhões para ganhar meia dúzia de minutos no tempo do percurso, com paragem (perdoem a comparação) em quase todos os apeadeiros como acontecia nas deslumbrantes e lentas linhas regionais. E isto não é só um negócio socialista, o PSD há bem pouco também o defendia. É o centrão a funcionar em pleno. Fundamental é entender como o Cavaco Silva se mantém calado com um governo, particularmente alguns ministros, está a revelar debilidades e uma propensão para a asneira e o ridículo. Eventualmente, os interesses que garantiram a eleição de Sócrates e Cavaco foram os mesmos.

terça-feira, 22 de maio de 2007

Ignóbil

Todos os dias da semana, a rádio pública coloca no ar uma rádio novela intitulada «Quem és tu Zé Tó» que é verdadeiramente desprezível e destituída do elementar bom senso para um serviço de comunicação público. Com recurso ao mais boçal dos humores, por lá passam personagens com dez anos que fumam, bebem alcool, são vítimas de pedofilia, pais que batem nas mães, armam arruaças, enfim o quadro mais triste que é possível imaginar. Ouçam para acreditarem. Pergunto: onde pára o Provedor?

domingo, 20 de maio de 2007

Campeão

E o FCP é campeão. Ao meu Benfica restou o terceiro lugar, sem qualquer título e Fernando Santos aonda diz que a época não foi negativa. Faria se fosse!

A voz do outro lado

«No sistema de saúde americano, explica Moore, não há intervenção do Estado e os doentes são um estorvo para empresas privadas, as seguradoras. Que tratam não de doentes mas da maximização dos lucros», relata hoje o Público. Em plena febre de encerramento de serviços públicos de saúde em Portugal vale a pena pensar nestas palavras, porque nos locais mais apetecíveis ao público segue-se o privado. E o privado só trata doentes se tiverem dinheiro ou se o Estado pagar. Habitualmente mais caro. Por outro lado, se até agora com os nossos impostos financiavamos o sistema nacional de saúde, a sua redução não deveria ser acompanhada de um redução dos impostos?

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Derrota

O Tribunal Constitucional anulou a data das eleições intercalares para a Câmara de Lisboa. Não deixa de ser a primeira derrota de António Costa que, à pressa, tentou capitalizar a pressa, quando se sabe que enquanto ministro, e ainda não candidato, poderia dar orientações ao governo civil de Lisboa nesse sentido. O tempo parece não correr a seu favor. Talvez fique agarrado a outro burro como aconteceu em Loures onde chegou a festejar a vitória que foi de Ferrari para outro candidato.

Ao contrário

Numa feira alentejana apareceu um ano um pavilhão com uma atracção que mereceu as atenções imediatas: anunciava um burro ao contrário. A expectativa na terra conheceu valores elevados, face à perspectiva de olhar para o jerico do outro lado que sempre era olhado na labuta do campo. Quando abriu, a procura foi máxima e depois de passar a cortina preta o truque, porque era disso que se tratava, era simples, o burro estava preso pelo rabo em vez da cabeça. E assim, o autor da ideia ganhou em toda a feira porque quem ía saíndo não falava de desilusão. Claro que estamos a falar de feiras que duram um dia, tanto quanto a próxima greve geral, da qual o governo tem medo, ainda mais porque está marcada para uma altura em que o desemprego atinge valores há muito não verificados e em vésperas de campanha para a Câmara de Lisboa. E desse modo, lembrou-se do truque da fiabilidade dos números para um processo que, apesar das atabalhoadas desculpas do secretário de Estado, não deixa de se constituir como uma tentativa de intimidação dos trabalhadores. Cabe perguntar: se um serviço estiver 100% ausente quem contabiliza e comunica os dados? A polícia? A leitura da decisão do Ministério das Finanças é um truque que nos quer fazer ver a situação ao contrário o que só demonstra o medo e a insegurança que o governo vive neste momento. E neste aspecto estamos a caminho de um clima policial. Já se ouve e já viu noutros lados.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

De costas

A participação de Saldanha Sanches como mandatário da candidatura de António Costa será para pagar o caro parecer que o douto fiscalista deu, ao pque parece em quatro páginas por 30.000 €, quanto à constitucionalidade da Lei das Finanças Locais? Sendo Costa eleito presidente também o Sanches, pelo mesmo preço, poderá dar outro douto parecer em sentido contrário? Vou esperar para ver!

150 mil

Todos estarão lembrados da promessa de criar 150 mil postos de trabalho na actual legislatura. O que Sócrates não disse é que o número de postos de trabalho que acabavam eram em número superior, razão pela qual, apesar do apregoado crescimento económico, o número de desemrpegados não cessa de crescer. O que me intriga é o facto dos bancos, inclusive o público, aumentarem, escandalosamente, os seus lucros e apontarem como estratégia a redução de postos de trabalho. É uma autêntica maldade, assim o homem-teimoso não consegue cumprir as suas metas.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Saúde está pior

Esta semana morreu mais um cidadão às portas de um Centro de Saúde. Em Vendas Novas. Os milagres de Correia de Campos continuam a fazer das suas.

Afinal

Confirma-se António Costa como o candidato socialista. Será interessante verificar a posição, nos próximos dias, do Bloco, no quadro de um desvio do «seu» independente para a esquerda. A candidatura socialista está a transformar-se num receptáculo de interessados em se aproximar do poder. Na verdade, a capital do País está semelhante ao País. Pouco há a fazer.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

O perigo do fogo

No meio de tudo passou desapercebido em quase toda a comunicação social a publicação do Decreto-lei 55/2007 que altera por completo a atitude perante as áreas florestais ardidas. Não é muito grave, vem permitir tão só a construção quando se comprove o interesse público e os intervenientes não tenham qualquer relação com os fogos florestais. Teme-se o pior e que efectivamente se esteja a justificar pela via legal a morte definitiva das matas (prefiro este termo a floresta) portuguesas. É uma má notícia de Maio, precisamente quando se aproxima a época dos fogos florestais. Este tal interesse público pela construção é da lavra de António Costa, o putativo candidato socialista à Câmara de Lisboa. A notícia é ainda pior numa altura em que investigadores internacionais confirmam que o mais grave para as alterações climáticas são os abates sistemáticos das principais manchas florestais do planeta. Porque razão este assunto não é tema na comunicação social?

domingo, 13 de maio de 2007

Laico

Sendo o Estado português laico, porque razão as manifestações católicas em Fátima merecem tanto destaque nos órgãos de comunicação social públicos?

Esquerda/direita

«Faz hoje muito pouco sentido falar de esquerda e direita como se falava há 20 anos. Não porque as ideologias tenham desaparecido, mas porque a realidade é outra. Mas o debate não deve ser evitado para não se cair num 'centrão' sem rumo ou rotativista», diz JMF no Público de hoje. Há aqui uma mudança, porque tanto quanto me parece há poucos anos o mesmo JMF defendia que nem sequer fazia sentido falar de esquerda e direita por não existia e as ideologias eram qualquer coisa para lá do Muro de Berlim. Que medo tem JMF do 'centrão'? Sabendo das escassas diferenças dentro do 'centrão', PS e PSD algumas vezes e ambos com o CDS, para quem apela JMF para evitar o 'sem rumo' e o rotativista? Para o PP? Talvez!
De qualquer das formas a esquerda é maior do que a capacidade de JMF e não se resume a uma das partes do 'centrão', porque os socialistas, além de coligações governamentais com PSD e CDS, são responsáveis pela política dos últimos 30 anos, com um único rumo e em plena rotatividade de protagonistas que não de políticas.
Uma mudança ideológica é fundamental para alterar o rumo e dessa forma nunca fez tanto sentido falar de esquerda, por essência e caracterização ideológica e plural.

Campeonato decide-se na última

Sporting e Benfica ganharam, Porto empatou e nos três lugares ficou tudo igual, só que mais próximo. O campeonato decide-se na última a três, aspecto que há muito não se deve verificar. A situação poderia ser sinónimo de qualidade, mas não é. Refiro-me ao meu Benfica a quem é penoso o desenrolar dos jogos e a qualidade é qualquer coisa que tem umas rodas muito baixas e um autêntico martírio para os espectadores (era desolador o número de assistência no estádio do Bonfim). Para o ano pode ser melhor. Para o final desejo só que o meu clube ganhe (embora não acredite, porque era necessário uma vitória, uma derrota do Porto e um empate do Sporting), mas não sendo assim que vença o Sporting.
Saúdo o regresso do Leixões e Guimarães à I Liga, dois históricos.
Como sinal, o campeonato continua inclinado como o País: todos clubes no litoral e uma tendência a Norte.
O governo e a Câmara de Lisboa vão ter dez dias de descanso.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

De costas

Costa, Lopes, Roseta (esta melhor que os outros dois), pessoal que pensa na Câmara da capital como trampolim para outros voos. Mesmo considerando o putativo candidato que já foi presidente alguém conhece os seus projectos ou ideias para a cidade?

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Lucros

Enquanto este episódio decorre a CGD teve um lucro superior a 16% no primeiro trimestre. Estão a ver para onde vai o nosso dinheiro... A crise é só para alguns, para nem todos do sector público.

Lisboa

A Câmara de Lisboa caiu, com algum esforço. A situação deve ser bem pior que a relatada pelas declarações e notícias. No fundo, fica a sensação que ninguém, verdadeiramente, desejava estas eleições. Até porque, quem ganhar, vai recolher muitos prejuízos políticos nos próximos dois anos que levará a preparar o acto eleitoral seguinte. Do lado Alegre já surgiu Roseta para baralhar Sócrates. Se concorrer terá um lugar na vereação. Dos partidos ainda nada se sabe, estão mesmo a procurar a solução que cause menos danos, até porque as próximos autárquicas vão coincidir com legislativas e europeias. E qualquer opção pode ter influência nos resultados de todas. No campo socialista aposto em Vitorino.

terça-feira, 8 de maio de 2007

Que tédio

Entediante, é o mínimo que se pode dizer do Pós e Contra da Campos Ferreira. Alías, um programa feito à sua medida: medíocre, monotono, encenado e aborrecido e repetitivo. Assim vai a televisão pública.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Encenação democrática

A direita e a esquerda no Prós e Contra, sem um dos principais representantes da esquerda, por sinal, o único que lidera uma coligação que aumentou a sua votação nas recentes eleições na Madeira. Vamos ver a encenação democrática liderada por Campos Ferreira e amanhã falamos. Também me questiono qual o papel do provedor do espectador perante a indecente «mão invisível» socialista na gestão da informação dita pública. Mera figura decorativa? Vamos ver até onde vai a decência.

domingo, 6 de maio de 2007

Pluralidade

A RTP, na encenação democrática do Pós e Contra, discute amanhã os «Choques de Valores» para o qual não convidaram nenhuma personalidade do PCP, partido que mais afirma valores diferentes da grande maioria reinante. Para o debate foram convidados os figurantes habituais, para que se verifique a inevitável homogeneidade de opiniões. Para o contraste, marca presença o inevitável Miguel Portas (só faltou mesmo o outro Portas). E porque não o dirigente do PNR que, eventualmente arrisco-me a dizer, será convidado para falar da plateia. Assim vai a nossa televisão pública.

Mau dia

Colocando de parte as apreciações sobre Alberto o Jardim, este foi um dia mau para o PS, com os resultados alcançados em eleições regionais. E isso foi visível nas declarações de Vitalino Canas e, saliente-se, na RTP. Afunda-se assim o serviço público e fica clara e demonstrada a influência socialista na televisão pública.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Lisboa

Carmona não quer sair, nem que o atirem pela borda fora. É mais um sinal de luta contra o fundamentalismo. Só ele e, eventualmente, alguns vereadores independentes e do PSD, não perceberam que não há mesmo outra saída. A capital continua sem rumo.

Tabaco e fundamentalismos

Crescem alguns sinais de fundamentalismo na nossa sociedade, de alguns olhares de lado para quem é diferente ou pretende não reagir como a maioria. A recente legislação sobre o tabaco é disso exemplo. Já fui mas não sou fumador. Não me incomoda partilhar o espaço com um fumador desde que o ambiente não esteja saturado. Como acontecia quando era fumador. Quando assim acontece saio. Não percebo porque razão os espaços comerciais não poderão optar por permitir fumadores e quem lá aceder já sabe o que pode receber. O cliente selecciona. Escolha para fumadores ou para não fumadores. Não é assim com o preço dos produtos? Não haveria assim mais liberdade?

domingo, 29 de abril de 2007

aeroporto

O primeiro ministro foi à Ovibeja (ainda fechada para evitar confusões) fazer as pazes com os agricultores e anunciar que o Beja terá um aeroporto internacional. Com a construção da OTA, que parece garantida, mais o outro aeroporto que Mário Lino fala para Lisboa, não seria mais eficaz e barato contruir desde já uma linha de TGV entre Beja e Lisboa e aproveitar as infraestrutuas alentejanas? Assim como assim, se alcançarem o estatuto de internacionais sempre terão que ter melhores acessibilidades, ou não é? Poupava-se tempo e dinheiro.

Claques

O empate entre o Benfica e o Sporting deixa tudo na mesma. O pessoal de Lisboa a lutar pelo segundo lugar. Mas o que importa aqui deixar é a notícia sobre a responsabilidade do Benfica e da PSP nos desacates da claque do F.C. Porto (não digo Porto porque esta cidade tem boa gente de outros clubes e mesmo sem clube) na Luz. Claro que a localização poderá não ter sido a melhor e aí a responsabilidade é daquelas entidades. Contudo, quem são as pessoas que respondem com agressões a resultados de futebol? Quem são as pessoas que ficam incomodadas com a entrada de agentes da PSP no estádio? Quem são os dirigentes dos clubes que dão cobertura a estes grupos?

sábado, 28 de abril de 2007

Dadores

Vem hoje nos jornais: os homosexuais masculinos não podem ser dadores de sangue em Portugal. Ao que parece na sequência de «normas» internacionais. Que o não são em todo o mundo. Quando qualquer pessoa é dadora, o sangue não é analisado? Onde parará discriminação?

Abril

Aqui, em Abril que já foi de maior esperança, abre-se esta janela virtual, para olhar de baixo, com o cheiro da terra e para cortar a direito, nunca como direita. Está a entrar Maio, a grande festa campestre, o tempo para sair do casulo e afirmar a esperança. Vemo-nos por aí.