sábado, 30 de junho de 2007

Moura e o turismo

Na iniciativa municipal de descentralização em Moura fala-se até amanhã de turismo. E ficou-se com uma certeza: o concelho será diferente nos próximos cinco anos e a Câmara tem uma estratégia para o desenvolvimento.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Eleições e sondagens

Portugal é um País assim. Sondagens são sondagens e nada mais vale que esse momento e como referência de um determinado sentido. Não deixa de ser estranho que o barómetro do DN e TSF tenha passado em branco nas teelvisões. Será porque o PS e o Governo estão a cair? O pessoal está cansado de tanta demagogia e serviço aos empresários? De tanto viver do público a dizer bem do privado?
As coisas também não devem estar bem para o Costa: parece um acto de desespero vociferar para com a Comissão Nacional de Eleições. Ganhar com um resultado baixo é mais que uma maioria relativa na Câmara, é adiar as suas pretensões no PS, porque na verdade esta derivação é só um interlúdio no seu interesse em liderar o PS. E Lisboa é que paga.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

A grande questão

Os jornalistas descobriram a grande questão para Lisboa. Que é: onde vai votar a Zézinha. Importante não é? E o Zé, popularizado há uns anos? E o Manuel, o Francisco, o Zacarias, o Ernesto, o Vitor, o Rui, o Fábio (todos estes nomes mais populares de qualquer bairro popular da capital). Sendo a senhora de direita, não deixa de ser uma continuidade o Partido Socialista manter a sua política de direita. É assim , como sempre foi, no Governo, e parece com António Costa quebrada a tradição de esquerda na Câmara. Dá que pensar.

domingo, 24 de junho de 2007

Estás tratado

O homem-teimoso não quer falar de consulta sobre o tratado, porque agora, diz, é necessário concentrar as energias na sua concepção. Quem prometeu em eleições fazer um referendo, ocupa muito tempo garantir que essa promessa será cumprida? Há qualquer coisa que se está a preparar e não nos querem dizer. Por outro lado, palpita-me que, aproveitando a Presidência, vão avançar mais algumas medidas para diminuir a qualidade de vida. Nos próximo seis meses só se vai falar da União Europeia. Já agora: como está o QREN?

quarta-feira, 20 de junho de 2007

O preço da água

O governo, e particularmente José Sócrates desde quando era secretário de Estado do Ambiente, defende que a gestão da água deve ser feita em sistemas multimunicipais ou seja com a Empresa Águas de Portugal a deter pelo menos 51%. Tem conseguido a adesão dos Municípios com o engodo de ser a forma mais fácil de subsidiar investimentos, aliada a uma maior gestão. Em simultâneo tem dificultado ao máximo os Municípios que entendem enveredar pelos sistemas intermunicipais ou seja garantir a gestão pública com os Municípios com pelo menos 51%, sendo os restantes públicos ou privados. No recente encontro de autarcas, alguns insuspeitos ligados ao PSD e ao PS já começaram a carpir mágoas em relação aos custos para os Municípios e os utentes do preço da água. E ainda vai subir mais, particularmente quando o governo perder os pruridos e privatizar a Águas de Portugal. Com prejuízo para o serviço às populações de um bem essencial. Seria interessante um estudo sobre a evolução dos preços e o desvio em relação ao custo real de produção.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

França

Só agora passadas as eleições, o correspondente em França conseguiu dizer que afinal havia três luso portugueses com possibilidades de serem eleitas na segunda volta. Entre dentes lá balbuciou que existia um candidato do PCF. Pudera, na campanha só entrevistou as duas do partido de Sarkozy. Viva a pluralidade da televisão pública que na derrota, ao contrário da promoção, se lembra de todos. A custo.

Eleições

Socialistas destronam comunistas na freguesia de ... Seria assim, não tenho dúvidas, as grandes notícias televisivas se a CDU tivesse perdido a Junta de Freguesia de Vendas Novas. Não foi: ganhou com maioria absoluta, o PSD subiu dois eleitos e o PS perdeu quatro. Já não é notícia...

Até quando...

Porque será que, de Sócrates a Cavaco passando por Lino e Francisco, se vislumbra alguma hipócrisia e um profundo entendimento entre todos quanto à questão do novo aeroporto de Lisboa. Quem andará a salvar a face a quem? Quem pagará tudo isto? Aguarda-se mais tristes episódios de pessoas que dizem querer garantir uma boa gestão dos dinheiros públicos. Portugal é um País assim.

domingo, 17 de junho de 2007

Um País assim

Portugal é um País assim. As matérias susceptíveis de investigação são muitas e as nossas polícias estão mais preocupadas em manter averiguações aos autores de blogs que publicaram pormenores do processo da licenciatura do homem-teimoso. Dos outros, sujeitos singulares e colectivos, não estão a ser alvo de nada, enquanto os que denunciaram factos que se vieram a confirmar estão sob suspeita. A minha solidariedade para eles. Este País anda esquisito. Está assim. E o pessoal insensível.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Não depende do Estado?

O agora célebre estudo da CIP sobre o novo aeroporto e que aponta para a solução Alcochete só foi possível concluir quando a Força Aérea disse que disponibilizava o Campo de Tiro. Então as mais altas patentes de uma força militar dão o seu aval a uma solução a representantes da sociedade civil sem consultar o Governo e o Presidente da República de quem, particularmente este último, dependem? Estão a fazer-nos de parvos, a querer chatear o Lino ou a brincar com o dinheiro público? Tempo é dinheiro, dizem os expert da gestão neoliberal, ou não é? É impressão minha ou há duas datas coincidentes: O Francisco afirma que há um mês conseguiu a abertura da Força Aérea; não foi por essa altura que o Cavaco começou a falar da necessidade de um debate aprofundado sobre o tema? Será coincidência?

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Alcochete para OTArios

O homem-teimoso ficou preocupado com a questão e mandou o cómico de serviço dar o dito por não dito ou está só, como em outras grandes áreas políticas, a seguir o empresariado e o patrão dos patrões? Teve receio da posição de Cavaco Silva ou é pura estratégia para ganhar uns tempos e dar uma ajuda ao homem das polícias na luta pela Câmara de Lisboa? Aposto na última e o futuro dirá.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Exemplo desesperado

O novo estádio da cidade de Al-Kahder, nos arredores de Belém, na Cisjordânia, cuja construção foi financiada por Portugal, através do Instituto Português de Cooperação para o Desenvolvimento, vai ser inaugurado na próxima segunda-feira. O recinto custou dois milhões de dólares, tem capacidade para seis mil espectadores, é certificado pela FIFA e dispõe de piso sintético e iluminação. A cerimónia de inauguração abrirá com uma marcha de escuteiros locais, conduzindo as bandeiras de Portugal e da Palestina, e a execução dos respectivos hinos nacionais.Já fechámos urgências, maternidades, centros de saúde e escolas primárias, mas oferecemos um estádio à Palestina. Devíamos fechar o Hospital de Santa Maria e oferecer um pavilhão multiusos ao Afeganistão. A seguir fechávamos a cidade Universitária e oferecíamosum complexo olímpico (também com estádio) à Somália e por último fechávamos a Assembleia da República e oferecíamos os nossos políticos aos crocodilos do Nilo.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Irão até onde

Do Irão já muito se disse e escreveu. E muito pouco se conhece. Parece, parece que os homens que mandam no País andam doidos para ter a atómica. Criticável, mas algo que outros têm e desenvolvem. O próprio regime é criticável. Contudo, o recente artigo publicado na anterior Pública parece encomenda. O governo iraniano é tão mau que fecha os olhos a festas e passagens de modelos clandestinas? Se ele, o governo, fecha os olhos não são clandestinas. A liberdade chega ao povo iraniano pela afirmação dos desfiles de moda. Para encomenda aos americanos é fraco. Eles sabem fazer melhor.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Não vão os rapazes portar-se mal

A diabolização do poder autárquico tem sido uma batalha que estes rapazes bem comportados, todos bem apresentados (particularmente eles, conceda-se que a excepção é o Mário Lino, Manuel Pinho, na companhia das ministras da Educação e da Cultura que desfiguram todo o elenco), como quem ainda não deu, como diz um meu amigo, «o peido mestre», e que depois da Lei das Finanças Locais conhece agora a versão de uma tábua legislativa para impedir, a quem seja deduzida uma acusação, a possibildiade de continuara a exercer o mandato. Até poderá ser justo, deixando de lado a autonomia do poder local consagrada na Constituição e a capacidade dos tribunais para julgar, porque acusado não é culpado. Só não percebo a razão de ser dirigida aos autarcas: e os membros do Governo? e os deputados? Ficam fora desta suspeita. Serão todos bons moços? Parece-me que a ideia é ir um pouco mais longe e reduzir ao limite os municípios como emanações da administração central como acontecia no tempo do fascismo. A centralização e o total desrespeito pelo poder local é uma imagem de marca deste governo que contraria um outro socialista liderado por Guterres com Sócrates como ministro que traçou como objectivo duplicar as verbas para as autarquias e dar-lhes mais responsabilidades. Mais fácil é ter uns rapazes submissos nas Câmaras que cumpram ordens, sem discutir ou sequer ousar questionar e, tanto melhor, denunciar uns quantos malvados que dizem mal do primeiro. Está lindo, está...

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Ainda a greve

Longe de qualquer balanço, a nível da análise política não é de salientar a estreita leitura coincidente do Governo e do patronato? Será por serem os dois patrões? Será por estarem imbuídos dos mesmos propósitos? Será coincidência? Talvez não, deste Governo os patrões ainda não protestaram, porque será?

Festroia

A 23ª edição do Festroia, Festival Internacional de Cinema, acentua o afastamento recente da Península de Tróia que para muitos é desconhecido pertencer ao concelho de Grândola. Na verdade assim é, apesar de geograficamente mais próxima de Setúbal. O Festroia começou em Troia, dividiu-se mais tarde com Setúbal, ficou só por aí e agora acentua a sua deriva para Norte, ocupando espaços na capital de distrito e em Almada. Não deixa de ser estranho que um festival que nasceu para promover o complexo turistico de Tróia, que apontou no final da década de 90 do século passado para juntar a Setúbal uma afirmação para o interior, ganhando a vila morena e a sua centralidade no litoral alentejano, esteja hoje completamente afastado deste território e caminhe para a gravidade de Lisboa. De estranho, eventualmente, nada tem, porque a política cultural municipal em Grândola é um completo deserto e mesmo o único cinema do concelho fechou e ostenta há largos meses um cartaz a anunciar a reabertura remodelado no princípio do ano. Só não diz de qual...