quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

2009

Um bom ano

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Não há uma boa sem uma má

Carga fiscal aumentou no ano passado para nível mais elevado em 13 anos
30.12.2008 - 17h28
Por Lusa

A carga fiscal dos portugueses aumentou em 2007 pelo terceiro ano consecutivo, encontrando-se em máximos de pelo menos 13 anos, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) hoje divulgados.Os dados do Anuário Estatístico de 2007 mostram que no ano passado a carga fiscal (valor dos impostos e contribuições sociais sobre a riqueza produzida) estava nos 37,5 por cento, mais 0,7 pontos percentuais do que em 2006. "Este aumento da carga fiscal insere-se numa tendência que se verifica desde 1996", refere o INE, acrescentando que esta tendência foi interrompida em 2001 e em 2004. O valor de 2007 é o mais alto da série disponibilizada no Anuário entre 1995 e 2007, ou seja o máximo em pelo menos 13 anos. Nesse período, a carga fiscal portuguesa agravou-se em 5,6 pontos percentuais. As contribuições sociais foram aquelas que viram o seu peso no Produto Interno Bruto (PIB) subir mais (2,2 pontos percentuais, para 12,7 por cento), entre 1995 e 2007, mas o peso dos impostos sobre a produção e importação e dos impostos sobre o rendimento e património também aumentaram a sua importância da riqueza produzida, para 15 e 9,8 por cento, respectivamente. Os dados mostram ainda que a estrutura produtiva portuguesa em 2006 continuou dominada das pequenas e médias empresas, com as empresas com menos de 10 pessoas a representarem 95 por cento do total das empresas.
Não havia para aí um partido cujo primeiro-ministro governa este País que em campanha eleitoral tinha prometido não aumentar os impostos. Os números de que Sócrates tanto gosta continuam a desmenti-lo todos os dias. E a castigar-nos sem piedade. Mesmo com muita propaganda à mistura.

Moura melhor

Em Moura e Aljustrel é possível criar empresas em 12 horas
A iniciativa “Empresa na Hora” permite “a constituição de sociedades num único balcão e de forma imediata”.No Baixo Alentejo, os postos de atendimento estão localizados em Aljustrel, Beja, Moura e Odemira. Em Aljustrel e Moura, as unidades foram criadas numa média de 12 horas. A constituição das empresas na hora em Beja e Odemira levou, em média, perto de 13 horas.As estatísticas Empresa Na Hora relativas ao período entre 2005 e Novembro deste ano mostram que existem, no distrito de Beja, 517 empresas criadas através deste sistema.Em todo o país, é na Covilhã que a constituição das Empresas na Hora é mais rápida, com uma média de uma hora.
Esta notícia da Rádio Pax é uma boa forma de aumentar a nossa auto-estima de mourenses e de terminar o ano que neste final foi pródigo em boas notícias para o concelho.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Energias renováveis

Hoje a notícia do projecto das energias renováveis espalhou-se pelo Diário de Notícias e Correio da Manhã. A seguir chegarão as televisões e a justiça a um processo inovador em Portugal que teve como motor uma autarquia que soube em devido tempo e segurança entregar a sua concretização a capitais privados, com evidentes benefícios públicos e sociais. O concelho de Moura continua de parabéns.

domingo, 28 de dezembro de 2008

OneWorld

Atenção Moura à página 9 da edição de hoje do Público
Adenda: Parabéns José Maria

sábado, 27 de dezembro de 2008

Ataque a Gaza


Relatos do ataque israelita à Faixa de Gaza, retirada com a devida vénia do blog o tempo das cerejas, de Vitor Dias. Sem palavras também...

Sócrates a prazo

Começo a ficar com a sensação de que Sócrates está a prazo no governo, um prazo bem mais curto que eventual derrota em próximas eleições. Há alguns sinais evidentes de desconforto e que não participam directamente nas manifestações, acções de constestação ou debates parlamentares. Vão deixando, aqui e ali, um recado.

Memória futura

Para que conste como memória futura de intervenções e arranjos em obras e remodelações recentes. Ou o sinal evidente de futura asneira e falta de estratégia. De bom senso, também.



sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Saramago e a última ceia

... «Se é verdade que Jesus, na última ceia, disse aos discípulos, referindo-se ao pão e ao vinho que estavam sobre a mesa: “Este é o meu corpo, este é o meu sangue”, então não será ilegítimo concluir que as inumeráveis ceias, as pantugruélicas comezainas, as empaturradelas homéricas com que milhões e milhões de estômagos têm de haver-se para iludir os perigos de uma congestão fatal, não serão mais que a multitudinária cópia, ao mesmo tempo efectiva e simbólica, da última ceia: os crentes alimentam-se do seu deus, devoram-no, digerem-no, eliminam-no, até ao próximo natal, até à próxima ceia, ao ritual de uma fome material e mística sempre insatisfeita.» ..., José Saramago, A Ceia, no Caderno de Saramago, no Blog da Fundação José Saramago.

Bom fim-de-semana


Central de Amareleja

O projecto de energias renováveis de Moura constitui uma abordagem inovadora da actividade municipal, tanto mais assim se o reportarmos a cinco anos atrás, numa altura em que a temática das renováveis não constava na ordem do dia. Era ainda uma utopia, um sonho, mesmo um devaneio de quantos (os socialistas diziam mais ou menos ser um desastre tamanha ousadia do presidente da Câmara de Moura), hoje instalado no terreno. Sobre este assunto recomendo a entrada no http://avenidadasaluquia34.blogspot.com e no http://amarelejando.blogs.sapo.pt para se conhecer o historial e a situação actual do projecto.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Boas festas

Antes que amanhã seja tarde desejo já boas festas a todos. Confesso que nunca fui um entusiasta da quadra e do conjunto de argumentos que a justificam. Nesta abordagem podemos sempre cair nos extremos: o comemorar ajuda a atenuar o efeito das dificuldades da vida ou como é que alguém pode comemorar com fome. Na verdade, pouco me interessam as justificações e participo mais pelo outros, a família, que por mim. O resto é ter estômago suficiente para degustar as várias iguarias e disposição para estender um sorriso a quem passa. Um bom Natal.

As festividades

O Presidente da República e o Tribunal Constitucional deram uma boa prenda a todos os trabalhadores portugueses ao confirmarem a inconstitucionalidade de dois artigos do Código do Trabalho. O PCP também está de parabens por ser a força política que mais lutou contra o documento socialista que é bem pior muito para lá das duas normas reprovadas. O ministro Vieira continua a defender que a sua versão é a mehlor para os trabalhadores. Deixa-me rir, utilizando o título de uma canção de Jorge Palma.

domingo, 21 de dezembro de 2008

O empréstimo público

Depois de anos a cortar nos vencimentos, de alterar as regras da relação laboral transformando o serviço público num contrato a prazo, de encontrar um enviezado sistema de avaliação, de desinvestir criando um quadro chamado de mobilidade especial, de aumentar a idade de reforma, de ... trucidar quem não aceitasse a bendita reforma, o governo vem oferecer mais um empréstimo a quem já está endividado. Que tal um aumento condigno? Que tal a reposição do poder de compra?

sábado, 20 de dezembro de 2008

Do seu próprio veneno

António Costa está a provar do seu próprio veneno, quando foi ministro e fez a nova lei das autarquias, no processo da dupla recusa do empréstimo bancário. Conhecedor da lei, em princípio, não se percebe a sua insistência e o seu espanto. A não ser que seja estratégia para justificar a inacção municipal.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Imagens


A concorrência e os combustíveis

A Autoridade da Concorrência é tão a lenta a elaborar relatórios quanto as companhias a baixar os preços dos combustíveis. Já agora não estamos a pagar a um director-geral do consumidor que era suposto defender-nos desta vilanagem das petrolíferas? Onde anda o homem? Preocupado com a dimensão dos nabos?

O debate das esquerdas

É impressão minha ou a reunião do fim-de-semana das apolegéticas «esquerdas» foi um fracasso face ao sucesso anunciado e propagandeado em larga escala na comunicação social? A sala estava meia cheia ou meia vazia, novidade nenhuma. Aliás a RTP não conseguiu esconder a sua paixão pela cerimónia mostrando Alegre em formato de fotografia de passe. Só quando o Zé apareceu se percebeu a razão: sobravam muitos bancos.

Eles estão é preocupados com o tacho

É cíclico. Aproximam-se os actos eleitorais e aparecem uns quantos dirigentes socialistas a afirmar a necessidade do partido voltar à esquerda quando eles próprios suportaram, por apoio declarado, omissão ou silêncio, três anos de política de direita. Não estão preocupados com o rumo do partido, do país ou com as consequências das políticas. Estão preocupados com os resultados eleitorais e com os seus lugares. Sempre foi assim em vésperas de eleições.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Direitos de autor em política

Para o Bloco de Esquerda o mundo começou com eles, antes de eles ninguém se lembrou de nada, de qualquer luta contra o sistema, até que um dia virá em que dirão serem os únicos que lutaram contra o fascismo. Até lá, afirmo que em política também se devia pagar direitos de autor: é que Francisco Louçã copiou ontem à noite na RTP 1 Jerónimo de Sousa quando disse «nunca fará governo com Sócrates» e que o Bloco «só terá poder quando os portugueses lhe derem essas responsabilidades». Mais ou menos isso disse o secretário geral do PCP no XVIII Congresso. Copiar é feio.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A identidade socialista

A identidade socialista voltou em vésperas de negociações na educação e de reunião de certas esquerdas (algumas pouco como Alegre e Roseta), para salvar a face do PS governtivo mais à direita que se viu até hoje em Portugal. Outra cadeira ocupasse e andaria com um discurso esquerdista como em outras ocasiões para fazer de conta que se preocuapa com o social. O PS é a grande mentira política em Portugal: um embrulho de esquerda para um recheio de direita. Desde sempre e não só agora.

Primeiro, o local

Continua amanhã, direccionado para a freguesia do Sobral, concelho de Moura. Destaque para um debate sobre o aquífero que serve o cocnelho e os efeitos do regadio, em especial do olival. A ouvir também a entrevista do Presidente da Câmara à Rádio Planície. Lá pelas sete da tarde.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Rota do Futuro

No âmbito da iniciativa «Primeiro, o Local», a Câmara Municipal de Moura realizou a quarta edição da Rota do Futuro, uma acção de apresentação de projectos de investimento e mecanismos de apoio ao desenvolvimento. A quarta edição centrou as suas atenções no turismo, nas energias, com a concessão dos apoios às primeiras instalações de micro-geração, e a assinatura de dois contratos do Programa PRATA, dedicado aos apoio às actividades tradicionais. O PRATA concede apoios com capitais divididos pela metade entre a Câmara (a fundo perdido) e uma instituição bancária com juros atractivos. Conhecidos foram também os projectos turísticos do Monte das Brenhas (36 quartos com um acento na componente equestre), na chamada zona da Cristina, e a prevista remodelação do Hotel de Moura que passará a unidade de cinco estrelas. As obras do Museu de Joalharia Alberto Gordilho e do Posto de Turismo foram outros locais de uma vasta obra que se recomenda.

A árvore da partilha

As iluminações de Natal em Moura, este ano alargadas a outras zonas comerciais dos bairros e freguesias, são complementadas com a instalação de uma árvore, este ano dedicada ao tema da partilha, decorada pelos estabelecimentos de ensino da cidade. É dos momentos mais partilhados.

Arte contemporânea


Vinha e vinho em Amareleja

A VII edição da Feira da Vinha e do Vinho, agregrada com mostra de artesanato e produtos regionais, terminam amanhã, em Amareleja. Esta organização da Junta de Freguesia de Amarelejae da Câmara Municipal de Moura é uma clara demonstração da aposta nos produtos e produções tradicionais, numa capacidade de envolvimento dos agentes locais na qualificação e promoção dos produtos de excelência. A vinha e o vinho, naturalmente, não se esgotam nesta feira, são um traço condutor da identidade da Amareleja e um espaço e motivo de convívio e fraternidade. Muitos parabéns.

O tempo está assim


O Zé da Refundação

A Refundação Comunista estará satisfeita com a actuação do Zé na Câmara de Lisboa, não comprendendo a decisão do BE de lhe retirar o apoio, o qual poderá dificultar os acertos para as próximas eleições. Ao que eles chegaram, na procura de argumentos para cair no abraço socialista. O BE, por outro lado, continua a deriva para o centro, descartando o Zé e elegendo Alegre e Roseta. Um continua do PS e a outra vem da família do PSD, com um passado de perigosos esquerdistas, está-se mesmo a ver. Até onde irão eles...

BPN, política e o chamado centrão

Já aqui falei que a Sócrates, e adianto agora Cavaco, interessa a antecipação das eleições legislativas. Em primeiro lugar porque a crise ainda não se faz sentir nas intenções de voto no PS e daqui a dez meses a coisa deve estar pior; segundo, o caso BPN e demais trafulhices de políticos do centrão não aguentarão tanto tempo, por mais que as instituições prolonguem a inacção de investigação e decisão (a salvação para as Minas de Aljustrel aparece agora ligada a duas figuras próximas de Jorge Coelho que já tem algumas ramificações a implicados no BPN, a fazer lembrar o tal salvador do Boavista, muito embora os dirigentes desportivos parecem meninos de coro quando comparados com estes casos). O silêncio começa a ser ensurdecedor.

domingo, 30 de novembro de 2008

Inverno


Portugal no seu labirinto


Banco Alimentar contra a Fome

Escrevo ainda em Novembro porque o mês de Dezembro não é propício, poderei mesmo ser classificado de insensível, para este tipo de discursos. O Banco Alimentar esteve este fim-de-semana em mais uma recolha de alimentos para poder apoiar 250 mil portugueses. Num dia, sábado, segundo a sua responsável foram doadas 450 toneladas de bens. Avanço que não participei na campanha. Nem nesta, nem nas anteriores, nem nas que se seguirão. Defendo que o Estado devem criar condições para que todos possamos ter dignidade naquilo que nos entra em casa, sem ter que a coberto do anonimato procurar as instituições que prestam este tipo de apoios. Pretendo construir soluções que permitam acabar com os pobres e não participar naquelas que caritativamente alimentam a pobreza e se alimentam dela. Os principais beneficiários destas campanhas acabam por ser as grandes superfícies que esgotam os seus expositores, aumentam as vendas e não financiam nada. Só arrecadam. Eventualmente (mera especulação) alguns dos envolvidos na gestão do Banco até são da estrutura dirigente das grandes superfícies ou dos grupos económicos que as suportam. Pelo menos, afirmo, defendem políticas que ajudam a criar mais desfavorecidos.

sábado, 29 de novembro de 2008

Sócrates na encruzilhada

José Sócrates esteve hoje reunido com professores militantes socialistas para debater a situação na educação. No final saíram os discursos do costume. A acreditar nalguns professores socialistas que conheço, Sócrates deve ter ouvido dizer que o descontentamento é enorme e que a próxima greve de dia 3 de Dezembro vai ser uma clara derrota para o governo e a expressão disso mesmo. Sócrates está numa encruzilhada.

Flor Pedroso

Em viagem, na sexta-feira, assisti pela rádio, Antena 1, às declarações finais do debate de encerramento do Orçamento de Estado. O espantoso foram os comentários de Maria Flor Pedroso (jornalista com algum curriculo), ao jeito de relato de futebol: Santa Lopes não bateu palmas, fala com o companheiro do lado, está ao telefone, manuel Alegre não se levantou, não bateu palmas, agora bateu. Qual é o interesse disto?

Congresso do PCP

Começou hoje o XVIII Congresso do PCP, pautado por um excelente discurso de abertura do Secretário Geral Jerónimo de Sousa, no qual foi destacado pela comunicação social as referências directas ao BE e as implícitas a Manuel Alegre: será mentira que Manuel Alegre não saiu do PS e tem apoiado todas as políticas de direita, dos actuais dirigentes e dos anteriores, de Mário Soares a António Guterres? Aliás, os jornalistas (que se constipam com um espirro dos bloquistas, com disse JS porque estão a mando dos patrões, certeira esta) estão mais preocupados em assinalar saídas, sem referir propostas ou sequer a grande entrada de jovens na proposta para o Comité Central. A cassete mantém-se. ( A RTP abriu o telejornal com uma grande reunião socialista, os atentados na Índia, a revolta na Tailândia e bem a tempo de pavilhão vazio o Congresso. Ainda dizem que há inocentes)

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Bom fim-de-semana

Com o tempo que está previsto, o melhor é escolher uma boa janela para olhar para o exterior.

Aires Mateus

Manuel Aires Mateus, um dos mais premiados arquitectos portugueses (da geração dele será com toda a certeza o que já alcançou mais prémios) venceu o concurso para a requalificação da zona do Parque Mayer, em Lisboa, ao qual concorreram dos mais prestigiados profissionais do País. Convém lembrar que Moura já está incluído no itinerário deste arquitecto, com a construção de bloco de apartamentos e comércio na Praça Sacadura Cabral, em pleno centro histórico, no local onde durante anos vivia um enorme buraco. A obra não é consensual na terra, mas não pode deixar de ser um ponto de referência.

Honra para Moura

Começa amanhã o XVIII Congresso do PCP. É feliz registar e uma honra para Moura constatar que o Presidente da Câmara, José Maria Pós-de-Mina, se mantém na proposta de lista para integrar o futuro Comité Central. Parabéns.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

VII Feira da vinha e do vinho

Ao contrário do que disse noutro local só começa no dia 5 de Dezembro e prolonga-se até dia 8 Para degustar devagar e com gosto. Em Amareleja.

Com amigos destes

Manuela Ferreira Leite, tal como Marques Mendes e Luís Filipe Menezes, como antes Fernando Nogueira, Mota Pinto e Pedro Santana Lopes. mesmo Marcelo Rebelo de Sousa, não consegue ter descanso e pensará que com amigos destes mais vale ter inimigos. Aproveitando o espaço público para fazer campanha e ajudar Sócrates (será para isso que lhe pagam?) a passar o actual mal bocado da crise e da contestação ás suas políticas, Marcelo resolveu dizer que a actual líder do PSD tem os dias contados e carregará o fardo até às eleições do próximo ano. Depois virão outros, eventualmente ele próprio que está farto de comentar e dar conselhos aparentemente inocentes. O PSD dá-se com líderes autoritários, que sabem falar grosso e coloquem claramente os seus «amigos» internos no lugar que merecem: foi assim com Sá Carneiro e com Cavaco. Ferreira Leite fala pouco, e muitas vezes mal, e não se demarca de quem não teve coragem para avançar para a disputa com Sócrates. Acho que muitos não contavam com a crise e os seus efeitos e agora estão com dor de cotovelo.

sábado, 22 de novembro de 2008

Ruas da minha terra


Mourão


Mudança de paisagem

Com a construção da barragem de Alqueva a paisagem da zona envovlente do Alentejo foi mudando e a possibilidade de acesso à água abriu novas oportundiades culturais, em particular na margem esquerda com o regadio dos antigos olivais e a plantação de novos já com outros sistemas. Aos poucos a paisagem vai mudando.


Amareleja com livros e vinho

Termina amanhã a sétima edição da Feira do Livro de Amareleja, a decorrer na antiga escola primária das Cancelhinhas, numa organização da Junta de Freguesia, Câmara Municipal de Moura e Escola Básica Integrada. Com uma lucoteca a funcionar em plena é uma boa oportunidade para o contacto com o livro e aproveitar para participar na hora do conto, espaço este ano encenado com o túnel da formiga.
Ainda na Amareleja, começa na próxima sexta-feira, também naquele local, mais uma edição da Feira do Vinho, organizada pela Junta de Freguesia. Motivos suficientes para uma visita.

Cavaco e Sócrates

Cavaco Silva e José Sócrates, o primeiro pelas razões essenciais que são do conhecimento público e o segundo pelas amizades e elogios recentes, devem estar preocupados com o desenlace que o caso BPN conhecerá e em especial pela situação de Dias Loureiro. Este já deveria pelo menos ter suspendido a sua participação no Conselho de Estado ou o Presidente da República já o deveria ter feito. Quando há anos telefonou ao pai a dizer; «pai já sou ministro» estarão à espera que diga: «fui preso».

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Byblos

Conheço mal o assunto e não cheguei a frequentar a Byblos. Espanta-me seriamente que sinta no ar alguma satisfação de comentadores nos blogs na hora do fecho deste projecto, ao que parece, mal dimensionado. Apesar da aparente leviandade, o fecho de uma livraria em Portugal não deveria ser uma triste realidade?

SS

Com a devida vénia a Manuel António Pina, hoje no JN (sublinhados meus):
Notifiquem-se os arguidos

É um talento que costuma atribuir-se aos poetas, mas que têm todos aqueles, raros, que são capazes de "ver", e não apenas olhar. A blogosfera, porque é múltipla, e livre (por enquanto…), e contraditória, é um lugar privilegiado para "ver" o que o discurso e o olhar raso dos media tradicionais ocultam. Ficar-se hoje, em termos de informação como de opinião, por jornais e telejornais constitui a pior forma de cegueira. Em blasfémias.net dei ontem, de súbito, com algo de cuja dimensão, apesar de estar sob os meus olhos, nunca me apercebera: a vocação de queixinhas do ministro Santos Silva.
Num "post" assinado por jcd (meu Deus, mais um anónimo!, dirá Pacheco Pereira), enumeram-se 22 títulos ou notícias recentes de jornais em que o perplexo ministro "acusa" alguém ou alguma coisa: sindicatos, Manuela Ferreira Leite, PSD, CDS, Paulo Portas, "Jornal da Madeira", professores… Nunca contradiz, "acusa". Seguindo o conselho de um comentador, dei-me ao trabalho pesquisar no Google por "Santos Silva acusa" ou "Santos Silva acusou". 16 700 entradas! Se ninguém o nomeia intendente-geral é uma injustiça.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

BPN

Parece-me que o caso do Banco Português de Negociatas vai colocar as coisas de tal forma que alguém se vai aleijar.

Felipão

Queirós não me faças ter mais saudades do Felipão!

Declarações infelizes, escondem opções políticas

As declarações de Ferreira Leite são infelizes e não me parece que signifiquem a senhora defender o fim da democracia. Como infelizes são as declarações e posições de membros do PS e do governo, supostamente de esquerda, quando dizem «trucidar» quem se oponha às supostas reformas, e impõem as suas propostas com base numa maioria absoluta na assembleia da república. O código do trabalho aprovado que piora o anterior do governo PSD/CDS, criticado na altura pelo PS, é o tratado acabado de que o actual governo e a maioria parlamentar que o suporta não tem nada de esquerda. O essencial é que estas escaramuças verbais servem só para esconder as semelhanças políticas, e actualmente ideológicas, entre PS e PSD. Tenho a convicção de que se o PSD estivesse no governo a situação seria pouco diferente.

Contra a política de educação

Na minha terra também se manifestaram os alunos.




segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A avaliação dos professores

A Escola Secundária de Moura junta-se às mais de 30 escolas do distrito de Beja que decidiram não aceitar a avaliação do desempenho.
As escolas tentam contornar a lei para travar o processo de avaliação do desempenho, em curso, e a ministra da Educação adverte que a “desobediência” dos estabelecimentos de ensino não passará impune.
No distrito de Beja já são 31 as escolas que suspenderam ou que exigem a suspensão do processo, em curso, da avaliação do desempenho, de acordo com o número avançado pelo jornal “Público”. A Escola Secundária de Moura juntou-se a esta lista no passado dia 10 e a tomada de posição dos professores deste estabelecimento de ensino foi subscrita por 77 docentes em 82 possíveis, ou seja, por 94 por cento dos professores em exercício.

O processo de avaliação está parado em dezenas de escolas do País. Na maioria dos casos, os professores recusam-se a entregar os objectivos individuais, mas as estratégias variam consoante os estabelecimentos de ensino. Perante esta situação, a ministra da Educação advertiu os conselhos executivos das escolas do básico e do secundário que “serão tiradas todas as consequências de decisões que visem suspender o novo processo de avaliação dos docentes”. Maria de Lurdes Rodrigues escusou-se contudo, a esclarecer que medidas irão ser tomadas contra as escolas que optarem por esta posição. Os professores fizeram aprovar moções contra a avaliação em 957 escolas do País, 31 são do distrito de Beja.

Escolas tentam contornar a lei para travar o processo de avaliação do desempenho, em curso, e a ministra da Educação adverte que a “desobediência” dos estabelecimentos de ensino não passará impune.

Notícia da Rádio Voz da Planície

domingo, 16 de novembro de 2008

Safara: um percurso

A Câmara Municipal de Moura, em parceria com a Junta de Freguesia de Safara e a Associação para o Desenvolvimento do Concelho de Moura, através do financiamento da medida AGRIS, construíram um projecto para a localidade de Safara que compreendeu a recuperação urbanística de quatro áreas (Achada de S. Sebastião, Largo Luís de Camões, Praça 25 de Abril e Largo das Ameias), e a recuperação de um edifício para a instalação do Centro de Cultura e Artesanato, criando um circuito pelas ruas da aldeia que liga todas as intervenções. Através da participação de artesãos locais foram instalados pontos de paragem para que o passeante possa apreciar um pormenor importante e que merece ser destacado na interpretação do local. Safara ficou mais bonita e mais apelativa para o desenvolvimento da cidadania. E para o conhecimento.


Amareleja: Bem me quer

A Associação de Mulheres do Concelho de Moura inaugurou na última sexta-feira, em cerimónia que contou com o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social e o presidente da Câmara de Moura, a creche «Bem me quer», na localidade de Amareleja. É uma obra relevante, erguida numa antiga escola primária cedida pelo Município, que se integra no trabalho meritório desenvolvido por aquela associação no apoio às vítimas de violencia doméstica e no aprofundamento do papel da mulher na sociedade portuguesa, sendo justo referir o nome da sua presidente, Ana Benedita, que coordena uma qualificada equipa dirigente e técnica..

APPACDM

Da festa já se falou. Aqui ficam imagens


sábado, 15 de novembro de 2008

APPACDM de Moura

A APPACDM de Moura assinalou ontem, com um jantar comemorativo, o final das comemorações de 30 anos de actividade. Na ocasião foram homenageados os sócios fundadores desta associação que presta apoio ao cidadão com deficiência. Quaisquer palavras ou qualificativos para descrever o trabalho e acção que ali se desenvolvem serão sempre poucas e fracas. Resta mostrar o reconhecimento pela obra e endereçar os parabéns.

O Bento

Espero que no jogo de hoje com o Leixões se houver algum engano do arbitro que beneficie o Sporting e em caso de vitória deste, Paulo Bento tenha a coragem de o dizer da mesma forma que o disse na semana passada. Só assim ganhará credibilidade, porque até aqui só tem falado de arbitragens quando perde.

Mineiros de Aljustrel

A empresa francesa que o primeiro-ministro, o ministro da economia e o governador civil de Beja anda a tentar vender para esconder o fracasso da reabertura das Minas de Aljustrel e o falhanço socialista de um conjunto de promessas de desenvolvimento deve ser aquela que levantou voo de Évora. A situação é demasiado grave para que se ande a brincar com as pessoas que deveriam estar em primeiro. E como disse José Godinho, presidente da Câmara de Aljustrel, estão reunidas as condições para a nacionalização. Ou só haverá dinheiro público para encobrir os negócios dos elementos dos partidos do chamado arco do poder?

Obama

É sensação minha ou começam a revelar-se algumas dúvidas sobre os EUA sob a gestão de Obama. Porventura só mudarão as moscas...

O irredutível

A aldeia de Axterix e companhia assemelha-se cada vez mais ao Portugal de Sócrates. A crise chega a todo o lado menos a Portugal. A educação está perfeitamente fora de controlo e, em particular, o ensino superior numa luta muito mais eficaz e duradouro e piores efeitos contra o ministro e o governo, a saúde financeira da saúde é qualquer coisa que escapa à ministra, as forças armadas estão em ebulição. São muitos focos de contestação que nem os paninhos quentes do Presidente da República conseguirão resolver. Vaticino que a saída, perante a posição irredutível de Sócrates, só pode ser a demissão do governo e a convocação de eleições antecipadas. estes cálculos devem passar nesta altura pela cabeça do homem-teimoso.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Nova teoria do orgulhosamente sós

Sócrates está a inaugurar a nova teoria do orgulhaosamente sós quando analisa a evolução da nossa economia e a degradaão da economia. Todos, menos nós, seremos afectados. A realidade chega sempre mais tarde a Portugal.

O preço dos combustíveis

Parece de propósito mas só qualquer espírito maldoso é que o poderá proferir. A Comissão Europeia levou tempo a considerar que a crise chegaria à União. Chegou e em força. Entretanto alguns ganharam com isso e mais os juros altos para conter a inflação. Há meses, anos, que se diz que o preço dos combustíveis (particularmente em Portugal) só acompanham a oscilação do preço do crude na subida, enquanto a descida é lenta, muita lenta, parada. Durão, o emérito Presidente da Comissão, descobriu agora isso e diz que as entidades reguladoras estão a actuar. Atento ao caso português não é coisa para ficarmos descansados tantos são os exemplos contrários. Entretanto, este ano os lucros da GALP, no meio de tanta crise, já ascendem aos 330 mil milhões. Alguém fica a ganhar.

BPN

Aposto em como o episódio (não se pode chamar caso porque ainda não foi decidido em matéria de investigação) do BPN vai morrer no colo doce do chamado bloco central.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Frases que podem ajudar a explicar

Sobre a situação da educação (os protestos, e a incapacidade que Lurdes Rodrigues tem de se manter no lugar por incapacidade de relacionamento), a nacionalização do BPN e as explicações de Constâncio, utilizo uma frase de Alduos Huxley que pode ajudar a explicação e interpretação do momento: «Rebolar no lodo não é, com certeza, a melhor maneira de alguém se lavar».

terça-feira, 11 de novembro de 2008

BPN: com vagar

Vou seguir com atenção a deslocação de Constâncio ao Parlamento e tentar perceber o que os deputados pretende mesmo saber desta nacionalização e da regulação que o Banco de Portugal deveria fazer e não faz. Com Oliveira e Costa mais perto do que parece (a Ferreira do Prós e Contra aparentemente falou com ele) muita gente deve estar preocupada. Será por isso que Cavaco Silva ainda não promulgou a lei? Ou por Oliveira e Costa ter sido seu secretário de Estado? PS e PSD devem estar a trabalhar na melhor forma de fazer esquecer este assunto e a bomba não lhes rebentar nas mãos em ano pré-eleitoral. Aposta que a coisa vai ser investigada com vagar.

Sobre Obama

Eduardo Galeano
Obama provará no governo que suas ameaças de guerra contra o Irão e o Paquistão não foram mais do que palavras, proclamadas para seduzir ouvidos difíceis durante a campanha eleitoral?
Oxalá. E Oxalá não caia por nenhum momento na tentação de repetir as façanhas de George W. Bush. Ao fim e ao cabo, Obama teve a dignidade de votar contra a guerra do Iraque, enquanto o Partido Democrata e o Partido Republicano ovacionavam o anúncio dessa carnificina.
Durante sua campanha, a palavra “leadership” foi a mais repetida nos discursos de Obama. Durante seu governo, continuará crendo que seu país foi escolhido para salvar o mundo, tóxica idéia que compartilha com quase todos seus colegas? Seguirá insistindo na liderança mundial dos Estados Unidos e na sua messiânica missão de mando?
Oxalá esta crise atual, que está sacudindo os cimentos imperiais, sirva ao menos para dar um banho de realismo e de humildade a este governo que começa.
Obama aceitará que o racismo seja normal quando exercido contra os países que seu país invade? Não é racismo contar um por um os mortos dos invasores no Iraque e ignorar olimpicamente os muitíssimos mortos entre a população invadida? Não é racista este mundo onde há cidadãos de primeira, segunda e terceira categoria, e mortos de primeira, segunda e terceira?
A vitória de Obama foi universalmente celebrada como uma batalha ganha contra o racismo. Oxalá ele assuma, a partir de seus atos de governo, esta formosa responsabilidade.
O governo de Obama confirmará, uma vez mais, que o Partido Democrata e o Partido Republicano são dois nomes de um mesmo partido?
Oxalá a vontade de mudança, que estas eleições consagraram, seja mais do que uma promessa e mais que uma esperança. Oxalá o novo governo tenha a coragem de romper com essa tradição de partido único, disfarçado de dois partidos, que, na hora da verdade, fazem mais ou menos o mesmo ainda que simulem uma disputa entre eles.
Obama cumprirá sua promessa de fechar a sinistra prisão de Guantánamo? Oxalá, e Oxalá acabe com o sinistro bloqueio a Cuba.
Obama seguirá acreditando que está certo que um muro evite que os mexicanos atravessem a fronteira, enquanto o dinheiro passa livremente sem que ninguém lhe peça passaporte?
Durante a campanha eleitoral, Obama nunca enfrentou com franqueza o tema da imigração. Oxalá a partir de agora, quando já não corre o risco de espantar votos, possa e queira acabar com esse muro, muito maior e vergonhoso que o Muro de Berlim, e com todos os muros que violam o direito à livre circulação das pessoas.
Obama, que com tanto entusiasmo apoiou o recente presente de 750 milhares de milhões de dólares aos banqueiros, governará, como é costume, para socializar as perdas e para privatizar os lucros. Temo que sim, mas oxalá que não.
Obama firmará e cumprirá o protocolo de Kyoto, ou seguirá outorgando o privilégio da impunidade à nação mais envenenadora do planeta? Governará para os automóveis ou para as pessoas? Poderá mudar o rumo assassino de um modo de vida de poucos no qual se rifam o destino de todos?
Temo que não, mas Oxalá que sim.
Obama, primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos, concretizará o sonho de Martin Luther King ou o pesadelo de Condoleezza Rice? Esta Casa Branca, que agora é sua casa, foi construída por escravos negros. Oxalá ele não se esqueça disso, nunca.

Tradução: Katarina Peixoto
Retirado de um post de Nuno Ramos de Almeida, no http://5dias.net

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A propósito de educação e luta dos professores

«Estamos aqui sentados e assumimos como natural que as pessoas compitam pelas suas carreiras, que as revistas sejam classificadas, que os professores sejam classificados, que os estudantes sejam classificados, que tenham de lutar com os seus colegas pela admissão nos liceus, que sejam classificados nos seus cursos por curvas de performance académica, que tenham de ter uma média de notas, que tenham de voltar a competir pela entrada na faculdade, por bolsas, por pós-docs e por ser assistentes, para depois iniciar a sua carreira, uma competição que os levará em direcção à docência universitária. Este é um sistema extraordinário, um sistema mesmo extraordinário.», Marshall Sahlins, em entrevista à Etnográfica, Volume X, 2, 2006.

sábado, 8 de novembro de 2008

S. Martinho em Santo Amador

O São Martinho é festejado amanhã em Santo Amador, freguesia do concelho de Moura. Na praça principal da localidade haverá fogueira, castanhas, a bebida a condizer, cante folclore num magusto comunitário, numa boa oportunidade para terminar o fim-de-semana. É na Praça D. Maria Gertrudes Pires, a partir das 15 horas.

Fado Amador de São João Batista

A Junta de Freguesia de São João Baptista, em Moura, organiza esta noite, no Cine-Teatro Caridade, a primeira sessão do I Concurso de Fado Amador «Noites da Moura». A segunda sessão é no próximo sábado, coma grande gala final, no dia 29 de Novembro. Mais pormenores em http://www.jf-sjoaobaptista.pt

Imagens


Mercado Municipal em Grândola

Um dos rituais de fim-de-semana é a visita ao Mercado Municipal em Grândola, bem entendido sempre que ocupações várias o permitem. É lugar de compra de produtos que classifico da terra, de produções tradicionais, sem selo mas com garantia de qualidade. Aliás, os mercados, a par dos cemitérios (por deficiência de formação) são dois espaços públicos que visito em qualquer localidade a que me desloco. O Mercado Municipal em Grândola, pelo menos ao sábado, ainda é um espaço procurado e com comerciantes instalados, num edifício interessante. O Mercado Municipal em Grândola é um espaço digno, mas degradado, muito longe de corresponder às necessidades dos comerciantes e dos clientes. É pena que assim seja e lamentável que desde 2001 (elaborado quando o Município era dirigido por eleitos CDU) exista um projecto de requalificação completo daquele equipamento e da zona envolvente para o qual a Câmara Municipal de Grândola não olhou e remeteu para o esquecimento até agora. É importante denunciar esta questão porque agora, próximo de novas eleições, começam a planear-se actividades, como acontece com o agendado S. Martinho, por sinal a uma hora livre de comerciantes porque fora do horário normal de funcionamento. Será uma festa só para amigos? Uma acção de promoção daquele espaço comercial não é de certeza. Na altura do projecto havia uma estratégia de revitalização de toda a zona tradicional da vila de Grândola, tendo sido concretizada uma primeira fase, abandonada pelo actual executivo do PS, especialista em acções de cosmética.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Trichet

«Pedi aos bancos para estarem à altura das suas responsabilidades e que reflitam nos mercados as decisões que têm sido tomadas pelas autoridades», afirmou o governador do BCE. E as responsabilidades próprias na actual crise?

A luta dos professores

Manifesto total apoio à luta dos professores em defesa de uma escola pública de qualidade.

Código do Trabalho

Os verdadeiros socialistas, se os há para lá da borregada que conheço, deverão estar triste por terem sido aprovadas as alterações ao Código do Trabalho que contradizem e confiram a distância que a prática política dos governos do PS sempre tiveram da sua matriz ideológica e programática. Se não fosse triste, perigoso e danoso para os trabalhadores seria motivo para nos rirmos de tamanho jogo de cintura de quem com desfaçatez se afirma de esquerda.

Turismo Alentejo

O Comissário socialista na Área Regional de Turismo do Alentejo, António Ceia da Silva, até à pouco presidente da Região de Turismo de São Mamede, veio afirmar a necessidade de promover o Alentejo e de se falar da região a uma só voz. Comentando o facto das autarquias de maioria CDU se terem recusado participar na palhaçada do processo eleitoral determinado pelo Governo, a eclesiástica figura referiu que «o turismo é um sector tão importante para o Alentejo que não deve ser entendido numa perspectiva politico-partidária». Não deixa de ser curioso que esta pessoa que agora fala assim como nomeado governamental (logo pela via partidária dado ser militante socialista e dirigente da Federação de Portalegre) ser a mesma que antes mais dificuldades criou à instituição da Associação das Regiões de Turismo do Alentejo, estrutura que emanou das iniciativas do poder local e não por mera vontade governamental de ter os seus fantoches a liderar as suas políticas e não as da região para o desenvolvimento turístico. Ceia da Silva, ao seu inconfundível estilo, levantou logo ameaças de os não aderentes não beneficiarem de apoios financeiros e deixou uma grande ideia para o futuro do turismo do Alentejo: A criação «de um único stand» do Alentejo. Quem se lembraria de semelhante? E que tal uma viagens?

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Os juros

Interrogo-me sobre o impacto na actual crise financeira e na chamada economia real (na vida de alguns) da deriva do aumento dos juros para controlar a inflação protagonizada pelo governador do Banco Central Europeu nos últimos anos? O resultado seria naturalmente diferente, o que não quer dizer melhor, se tivesse olhado mais para a crise como muitos defendiam.

Obama

Finalmente se realizaram as eleições americanas sem fraudes e com o vencedor anunciado. Já podemos descansar e dedicarmo-nos aos nossos problemas. Apesar de Obama ser o candidato que preferia, fico com a sensação de que os resultados práticos da política norte-americana não se vão alterar e tudo se resume à necessidade de cosmética dos protagonistas porque eles e o mundo estavam fartos de Bush e de todos que o poderiam representar. É preciso mudar para que tudo fique na mesma, poderá ser a máxima a verificar nos tempos mais próximos.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Incompetência, Constâncio

Incompetência é a palavra certa para classificar a actuação das acções de fiscalização do Banco de Portugal. Se não sabia dos negócios do BCP e do BPN deveria saber e sabe-se agora que meses antes (houve notícias anteriores) já lhe tinham sido comunicados alguns dados sobre o assunto, pelo que a inacção e a surpresa agora manifestada não merecem qualquer credibilidade e não atestam a confiança que deveremos ter nestas instituições públicas. Vítor Constâncio não tem quaisquer condições para continuar no cargo de Governador do Banco de Portugal (a não ser que a sua permanência sirva alguns interesses que não importa revelar, uma vez que se trata de mais actividades de colarinho branco) e ser afastado com justa causa sem direito a indemnização e a reforma abastada. Aí Portugal seria um País correcto e o discurso aparentemente disciplinador de Sócrates sairia reforçado. Parece-me contudo que a disciplina e os sistemas implacáveis de avaliação são só para os outros, os chamados funcionários públicos da estrutura mais baixa. Aqui estamos ao nível da plataforma dos amigos ...

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Imagens


Banco Português Nacionalizado

O Banco Português de (maus) Negócios (só agora descobertos, deixa-me rir) é bastardo e filho de pai incógnito. Cheira-me que os seus responsáveis devem andar escondidos nas teias de amizades que deveriam proceder à sua regulação e fiscalização. É que não deixa de ser curioso que só apareçam na ribalta os nomes dos administradores que aparentemente tentaram endireitar o que torto estava. Não é público o nome dos anteriores administradores que fizeram negócios eventualmente (para utilizar a linguagem governamental) irregulares e clandestinos? As declarações e notícias aparecem sempre «o banco fez» como se fosse uma entidade com vida própria, não é, os seus responsáveis é que lha deram. A mão pública em maus negócios privados tem que procurar, revelar e culpabilizar os responsáveis. Não foi o Dias Loureiro que participou numa recente iniciativa política do PS?

domingo, 2 de novembro de 2008

Outono


Moura

Moura, ontem, quando pela manhã a neblina ainda permanecia forte sobre o Vale do Rio Ardila.

Imagens


Pormenor que se pode encontrar à beira de qualquer estrada, auto-estrada ou via férrea ou a prova do tratamento e utilização que os portugueses concedem ao espaço de utilização pública.

O candeeiro

Perdoeem-me a insistência mas o candeeiro próximo do Complexo Desportivo Municipal José Afonso, em Grândola, continua resistente aos abusos e aos perigos, teimando em manter-se hirto, apesar de cada dia que passa estar mais inclinado. O buraco por onde passam os fios também, ao alcance de qualquer criança. É um perigo público, porque continua a dar luz que é, aliás, a sua função. Tratem-no.

Imagem recolhida a 31 de Outubro

Nacionalizações

Sem qualquer revolução recomeçaram as nacionalizações. Alguns embargos de voz, amargos de boca e mudança de discurso irão ser proferidos por quem não tem a mínima noção do ridículo e incha de hipocrisia. Para lá disso, importa perceber qual o objectivo do governo nesta medida que será positiva se proteger os clientes do BPN e o que será decidido no futuro. Se for para dar unicamente garantias aos desvarios promovidos pelos responsáveis do banco o interesse público não fica salvaguardado, porque se tratará de um interessante negócio, como, apelando à memória, se fizeram nos anteriores processos de privatização promovidos por PS e PSD. Os casos são conhecidos, é só ir aos arquivos se interessar. Já agora, os prejuízos acumulados serão dos últimos meses, os negócios ilícitos também? O que andaram a fazer os ministros das finanças, o governador do Banco de Portugal, os responsáveis da CMVM, os demais auditores e reguladores que nunca deram pelas maroscas contabilísticas? Parece demais, não!

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Longas noites, dias curtos

Neste percurso em deriva para o Inverno, com noites longas e dias curtos, e até ao abrir da Primavera, no surgir dos dias grandes, fechando Outubro, recomendo vivamente as opiniões diárias de Manuel António Pina, no Jornal de Notícias. Um dos melhores olhares nacionais sobre o País e o Mundo. Leiam que vale a pena.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Cores de Outono




Moura e Serpa

É comum em Moura (já ouvi dizer o contrário em Serpa, ao estilo a galinha da vizinha é melhor que a minha) fazer-se comparação com Serpa, pautando o discurso por um claro desamor em relação à primeira que em pouco, muito pouco, poderá ser ultrapassada pela outra. Veja-se agora o caso dos rankings das escolas: a Escola Secundária/3 de Moura subiu do lugar 385 para o 327 da lista, enquanto a Escola Secundária/3 de Serpa baixou do 378 para o 474. Estes números não dizem tudo, mas é um estímulo para aumentar o orgulho no concelho, na sua comunidade educativa e só se espera que o esforço de garantir uma melhor qualidade de ensino, que não se traduz necessariamente só nas notas alcançadas em exame, seja sustentado e prossiga nos anos seguintes. É aqui que se sedimenta o nosso desenvolvimento. Deixar expresso o forte desejo que a escola de Serpa e todas as outras do Alentejo consiga subir a sua qualidade de ensino e que o governo aposte seriamente numa escola condigna e digna para toda a comunidade. Os males dos outros em nada ajudam a resolver os nossos problemas.

O Magalhães

Ao mesmo tempo que José Sócrates foi vender o computador Magalhães, como em qualquer camioneta de feira ou de rua com um altifalante rouquenho, dando uma triste figura tecnológica do país, Zapatero anunciou previamente que iria à cimeira iberoamericana garantir o apoio dos restantes países para se sentar á mesa com o G8. A diferença é substancial.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

O telefonema de Sócrates

O PSD, umas vezes calado outras a falar de mais, quer ouvir, como se não estivesse já cansado depois do fim-de-semana de entrevistas, o primeiro-ministro Sócrates sobre alegados telefonemas para o director de um jornal sobre uma notícia acerca do financiamento dos partidos que a proposta de Orçamento de Estado vinha alterar. Queriam que o homem fizesse o quê, quando os elementos do seu governo o enganaram nos seus princípios ideológicos. Ripostou e acusou o jornalista de estar a denegrir a imagem do governo, tanto que a seguir lhes telefonou a dizer que tinham razão na notícia publicada e que o erro era do governo. Simples, não?

Empresários

O nosso empresário Belmiro de Azevedo defende que o IRC (o imposto sobre os lucros das empresas) deveria ser reduzido porque assim o governo estaria a estimular o investimento, sem ter preocupações ou medo (cá voltamos ao mesmo) de ser acusado de estar a beneficiar os donos das empresas porque essa redução iria servir para criar emprego. O homem fala como se o dito IRC comesse todo o lucro e não só uma parte que não chega a um terço do total alcançado e serve assim como uma forma, tímida, de distribuição da riqueza acumulada. Por outro lado, qualquer investimento que as empresas entendam fazer, para lá de poderem beneficiar do apoio do Estado e comunitário, entram para as contas e permitem reduzir o lucro, não se percebendo portanto a necessidade da redução do IRC. Mais, tanto quanto me parece não vejo nenhum trabalhador do universo Belmiro beneficiar directamente dos lucros das empresas. O que ouço falar é do seu acumular de riqueza pessoal ao mesmo tempo que cresce a precariedade nas suas empresas. E o resto são cantigas para adormecer o pagode.

É de Rocha

Um tal de Rocha de Matos, representante de parte dos patrões portugueses, participou nas Caraíbas na chamada cimeira iberoamericana do patronato, salientando a necessidade de intervenção do Estado para ajudar as empresas a ultrapassar esta crise, mas (há sempre um mas) sem quaisquer tentações nacionalizadores, facto que o não deixa muito sossegado pelas tentações políticas de alguns dirigentes. Ouvido isto pensei, não está a falar do nosso Sócrates porque esse moço não terá tentações nacionalizadoras (aliás o decreto governamental dos 20 mil milhões disponibilizados aos bancos, ainda não regulamentado e já com interessados na banca foi elogiado pelo Rocha), talvez esteja preocupado com o amigo, do Sócrates, Chavez. Não, o Rocha não concorda com o Gordon Brown, primeiro-ministro britânico, que caucionou a intervenção estatal na banca à necessária intervenção estatal ou seja o público paga mas tem uma palavra a dizer daí para frente. Pelas terras de sua majestade o sentido público parece fazer algum sentido e os recursos de todos não servem para pasto de uns quantos privados que quando ganham não querem que o Estado meta a mão. Só a querem quando estão a ganhar menos, porque a perder, parece-me, nunca estão. Segundo o Rocha, a intervenção do governo britânico deixou muita gente com medo (sic). Muita gente? Quem? Rocha, não serão só meia dúzia de empresários em Portugal que terão medo de uma medida destas?

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A crise

Desconheço, como é natural, o resultado final, mas deixa-me algum contentamento os recentes resultados do FC Porto. Já era tempo de terem também uma crise.

Quem é o Bento?

Apareceu hoje por cá um tal de Vitor Bento a criticar os aumentos anunciados pelo governo para o salário mínimo nacional e para a Função Pública, em total sintonia, aliás, com a presidente do PSD. É de certeza desconhecimento meu, mas alguém me consegue dizer quem é semelhante personalidade, o que já fez, para quem trabalha, quem representa, quanto ganha e quanto já fez para o merecer? E porque razão as suas opiniões deverão ser levadas em linha de conta, já agora?

Começa...

Já começa o dia a ficar triste. Com a mudança de horário, entramos na longa noite do Outono e do Inverno, mesmo que as temperaturas sejam de Verão. É o tempo, dizem, de interiorizar. Direi de perder a alegria dos dias de sol, dos dias longos, das noites quentes. Da esperança de em Março tudo voltar.

domingo, 26 de outubro de 2008

A entrevista de Sócrates

Da entrevista de Sócrates deste fim-de-semana ao DN destaco duas questões: a convicção do primeiro-ministro que o PS não atingirá a maioria absoluta, razão que o leva a dizer que não fará chantagem com o eleitorado; e a decisão acertada de não fazer coincidir as eleições legislativas com as autárquicas, ideia espatafúrdia em tempos defendida por alguns dirigentes socialistas e pelo ex-líder social-democrata, o tal Menezes.

Imagens

Praça Sacadura Cabral, Moura

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Caminho para onde nos esperam

«Estou à espera de me ir embora» é frase comum em qualquer alentejano, pelo menos daqueles já com alguns anos de percurso, e que traduz um pouco da nossa maneira de abordar o quotidiano e a própria vida. Na verdade, há um caminho a fazer que não se compadece com o ficar à espera ou sequer esperar que termine. Natural é que a seguir a um apareça outro e outro, sem que seja possível caminhar para sítio nenhum. Até porque, na essência que nos forma, quem faz os sítios, e os caminhos mesmo que estejamos à espera de partir, somos nós.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O rídiculo mata

Algumas afirmações confudem-me, como por exemplo as do nosso primeiro-ministro quando afirmam a necessidade do rigor e da qualidade, tomando como comparação o seu percurso académico e de actividade privada como engenheiro, e do ministro Lino quando defende a necessidade de coerência (resposta a MFL), ele precisamente que, entre outras, já defendeu o novo aeroporto pelo menos em dois locais.

Os empregos e o preço dos bens

A crise internacional (que não chega a todos os países) não é de hoje. Há mais de um ano o ministro Pinho afirmou que tinha acabado. Há muito que o governo dispõe de elementos que poderiam confirmar e tem ajudado a esconder. Pactuou com o aumento dos combustíveis, sem quaisquer cuidados em relação às empresas e o cidadão comum, não tem olhado devidamente para a evolução das descidas, mas mais, quando em Julho alguns bens essenciais aumentaram para acompanhar o preço do petróleo nos mercados internacionais todos compreenderam e justificaram. O que não se compreende é que agora não desçam precisamente a acompanhar a descida que se verifica. Aqui deveria intervir o governo através da autoridade da concorrência e dos serviços oficiais de defesa do consumidor. Parece que existe uma direcção-geral da dita.

domingo, 19 de outubro de 2008

Ainda..

A rapidez da promulgação pelo Presidente da República do diploma das garantias de 20 mil milhões de euros para a banca deixam alguém descansado sobre a situação em Portugal? Parece-me que não, ainda mais porque todos os responsáveis governamentais e financeiros (veja-se o ridículo último programa da Campos Ferreira) o pretendem afirmar com muita força e pouco ânimo. O pior pode estar para vir. Sobre este assunto leia-se http://ladroesdebicicletas.blospot.com/.

Boa semana de trabalho


Nuvens negras

As nuvens negras permanecem, mais do que sobre a economia mundial, no dia a dia de cada um. Todos nós temos hoje menos meios, temos perdido poder de compra (e este aspecto não se deve à crise, mas sim à política do governo que tem apostado em salários baixos) e capacidade para mantermos uma vida condigna. Na verdade, vivemos pior e a crise financeira mundial não justifica tudo, como me parece óbvio. Aliás, é algo estranho que aqueles que em Portugal têm partilhado o poder (PS, PSD e CDS-PP) tenham hoje uma postura de indignação quando são fortes defensores e protagonistas das políticas que conduziram a esta situação. Sempre se mostraram e optaram por uma redução do papel do Estado que hoje defendem dever intervir para salvar o Mundo (será?) dos desvarios em que participaram no livre mercado financeiro (o ministro das finanças, Teixeira dos Santos, não foi o responsável da CMVM?). Porque razão nunca houve um eficaz sistema de redução da pobreza e da fome que motivasse, por exemplo, a disponibilização de 20 mil milhões de euros? Porque razão o BCE optou por controlar a inflação, subindo a taxa directora que fez crescer a euribor com efeitos nos empréstimos de todos? Muitos perguntas que ainda não obtiveram resposta e que o futuro não nos garantem que, com os actuais protagonistas, não volte a ser igual ao presente que vivemos.

50 anos da Secundária

De Escola Industrial e Comercial até Secundária e Secundária com terceiro ciclo, da Praça Sacadura Cabral até à Santa Justa, a Escola de Moura destejou 50 anos de ensino e abriu-se ao público, antigos e actuais alunos, pessoal discente e docente e encheu-se de recordações, de abraços e de um quente convívio entre pessoas que por ali passaram, mesmo que em momentos e épocas diferentes, e cresceram para a vida. A comunidade respondeu participando e animando as muitas horas de espectáculo. A Associação de Pais e a Comissão de Finalistas garantiram o conforto de corpo que permitiu a permanência. Foi bom percorrer espaços que nos formaram e onde fomos felizes.

Moura, vista e revista

Moura, vista e revista foi o título do espectáculo que o Grupo de Teatro «Os Amarelos» apresentou na última sexta-feira, no Cine-teatro Caridade, muito bem preenchido, pegando nas melhores partes dos trabalhos apresentados nos seis anos de existência. Com um naipe de actores, alguns ainda de tenra idade, o grupo demonstrou qualidade e a consistência do trabalho que vêm desenvolvendo. Parabéns, mesmo que a qualidade fotográfica aqui apresentada não vos faça justiça.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

A versão social de Sócrates

Vejamos onde pára a versão de políticas sociais do Governo de Sócrates consumado com o Orçamento de Estado que vai entrar na Assembleia da República. Para já, chegada a crise, parece que não há só dinheiro para os bancos. Que continuam a somar lucros.

domingo, 12 de outubro de 2008

O verdadeiro artista Beato

A explicação surge na página oficial da Câmara Municipal de Silves: «O espectáculo que estava previsto para o dia 11 de Outubro, inserido nas cerimónias de abertura do evento "marrakech visita Silves" foi transferido para o dia 14, pelas 21h30, na Fábrica do Inglês. Esta alteração deve-se ao facto de os músicos provenientes de Marrocos terem ficado retidos em Tanger até ao final do dia 11, devido a uma tempestade que motivou o cancelamento das travessias marítimas no estreito de Gibraltar. Neste momento, músicos e chefes de cozinha já se encontram em Silves, pelo que amanhã, dia 13, o programa de actividades retomará a normalidade, podendo, já, encontrar nos restaurantes Fábrica do Inglês, Recanto dos Mouros e Marisqueira Rui os pratos tradicionais da gastronomia marroquina.»
De qualquer das formas o jantar programado para ontem, sábado, realizou-se mesmo com a presença de «para além da Presidente da Câmara Municipal de Silves, o Presidente da Comunidade urbana de Marrakech, Omar El Jazouli». Estiveram «ainda, representados, através dos seus embaixadores em Portugal, diversos países árabes, entre eles, Marrocos, Tunísia, Líbia, Argélia, Egipto, Arábia Saudita, Iraque e Palestina, bem como o Secretário de Estado dos Negócios estrangeiros e Cooperação, João Gomes Cravinho» e outras entidades.
Ao que me contaram, na falta dos músicos marroquinos, o jantar teve uma animação especial não programada, nada mais nada menos que Carlos Beato, presidente da Câmara Municipal de Grândola, que entendeu resolver o impasse com uma improvisada sessão de fados como se estivesse numa sessão entre amigos. A situação, referiu um participante, deixou todos sem palavras, não pela qualidade do artista que a não tem, mas pelo momento inusitado e pelo rídiculo do acontecimento. Todos, à excepção do próprio claro, ficaram embaraçados com o atrevido acto pouco próprio da cerimónia em causa e dos cargos que se ocupam. Figura triste.

Informação enganosa

Não brinquem connosco. Infelizmente em Grândola já não existe hospital, como bem diz a segunda placa (lamentavelmente a qualidade do fotógrafo não permite uma leitura correcta) ao referir Centro de Saúde, pelo que a primeira placa deveria ser corrigida. Não existe hospital, nem serviço de urgências pelo que esta informação, para lá de baralhada, é enganosa.

Bom domingo


Programa Terra - Moura

No Bairro da Salúquia, o mais habitado da cidade de Moura, começou esta semana mais uma obra do Programa Terra, uma iniciativa municipal que se propõe reabilitar urbanisticamente áreas de todas as localidades do concelho. A intervenção neste eixo principal daquele bairro vai um pouco mais longe porque contempla a renovação de todas as infraestruruas enterradas. Até à conclusão das obras, no primeiro trimestre de 2009, e com as chuvas que são apanágio do Outono e Inverno serão muitos os incómodos para a população residente e para quem ali desenvolve a sua actividade. A Primavera chegará com maior qualidade. Com toda a certeza.

Cuidado com o candeeiro


Esta imagem recolhida na anterior sexta-feira à noite revela o desmazelo com que é tratado o bem público em Grândola. Este candeeiro danificado faz tempo encontra-se num dos locais mais movimentados, junto ao Complexo Desportivo José Afonso e na proximidade de estabelecimentos escolares. Não será demais lembrar os perigos. É que funciona.

A privatização do económico

«Deve ser um factor adicional de acalmia e segurança verificar que o Estado português dispõe de um braço financeiro, forte e actuante. Os aforradores portugueses estão a reconhecer esta realidade. E os que durante meses foram defensores da privatização da CGD andam muito calados, para que não lembremos quem são e o que andaram a propor». este trecho vem publicado no editorial do DN e é elucidativo do momento que se vive em Portugal. Naquelas páginas muitas vezes, mais do que o contrário, se defendeu precisamente o oposto e criticado com veemência as forças políticas de sempre defenderam o controlo público de sectores estratégicos da economia. O que me faria rir era começar a ouvir os campeões das privatizações, os governos socialistas (a continuação do processo de privatização da GALP foi parado à pouco pelo governo de Sócrates pela única razão de não ser o momento adequado) a defenderem o sector empresarial do Estado. Com as piruetas que já deram, com a prática a contrária as orientações programáticas nada é de espantar. A hipocrisia política tenta qualquer um.

Outono

Para começar este domingo de outono e de desgraças com coisa bonita.

sábado, 11 de outubro de 2008

Casamentos entre mesmo sexo

A votação da lei que permitia o casamento entre pessoas do mesmo sexo (o casamento entre homossexuais não é proibido desde que sejam de sexos diferentes) poderia constituir uma paródia se, ao que penso, os parlamentares que votaram contra o fizeram de forma convicta.

Força Portugal

Força Portugal. Que tudo corra bem no jogo de hoje frente à Suécia. Para que não tenhamos saudades de Scolari.

Kosovo

«É micro. É pobre. Tem uma elevada taxa de desemrpego e a população mais jovem da Europa. É um sítio explosivo, onde os conflitos étnicos podem sempre rcomeçar. O Kosovo tem tudo para ser um Estado não viável.
Os anos de guerra civil entre albaneses e sérvios congelaram o país, 23 vezes mais pequeno que Portugal. Com escassos recursos, tem uma elevada dependência externa e tem servido de placa giratória para vários tráficos - de armas, de droga, de pessoas. A corrupção e a criminalidade grassam no território, e drigientes locais acusam a comundiade internacional de estar envolvida.» Este texto de Sofia Branco publicado hoje no suplemento Fugas, do Público, diz bem do «país» que Portugal reconheceu esta semana.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Escola Secundária de Moura: 50 anos

Comemora-se este ano o 50º aniversário do começo do ensino secundário na agora cidade de Moura, com as primeiras instalações no actual Paços do Concelho. A próxima semana é central nas iniciativas programadas, com acções a 15 e a 18, dia da escola aberta. Para todos quantos lá andámos e nos formámos é um momento importante festejar e assinalar este aniversário.

A crise e a euribor

Ainda não sei que conclusões irão sair do G7 e do Eurogroup. O que sei é que a indignação e o protesto por tanta intervenção estatal numa área em que o estado estava proibido por quem se alimentava do mercado está a aumentar. De facto, estão a querer regular o mercado com os dinheiro de quem não interfere no mercado. Mais, se o Estado está a criar as condições para que as instituições financeiras não entrem na banca rota, porque razão não interfere também nos valores da euribor sob a base da qual todos pagamos os nossos empréstimos? A não ser assim, estamos a oferecer dinheiro mais barato para os bancos venderem mais caro e aumentarem os seus lucros. Os actuais líderes europeus e norte-americanos (sim porque a crise parece não ter chegado à Oceania, por exemplo) parece o Calimero, lamentando-se pela injustiça de o capitalismo lhe ster estragado a festa e o repasto.