sábado, 29 de março de 2008

Teatro: um esqueleto em Moura

O esqueleto do cozinheiro Akli, de adbelkader Alloula, é a peça que o grupo Teatro Fórum de Moura apresenta até amanhã, dia 30, às 16 horas, na Sala da Salúquia. O texto é bom, a peça é boa, pelo que se recomenda uma deslocação ao Bairro da Salúquia para apreciar este inovador projecto de dinamização cultural. Ficam algumas imagens de má qualidade.




segunda-feira, 24 de março de 2008

Dinheiros públicos

É espantosa a capacidade do cardeal. Aliás, um homem da «igreja» fica bem em qualquer organização, mesmo que pública. Razão pela qual me parece aviltante a saída de Pina Moura da administração da GALP (verdadeiro alfobre de socialistas de currículo irrepreensível), tanto mais que o tem conseguido acautelar todos os interesses que têm surgido por parte de investidores estrangeiros na petrolífera portuguesa. Nem o facto de pertencer (ou ter pertencido, já não sei?) a uma empresa espanhola concorrente da GALP explicará esta decisão. Não será, com toda a certeza, para ficar disponível para concorrer à gestão da informação da empresa, agora que entrou no ramo da comunicação social através da TVI.

Haverá sangue

Será por o preço do petróleo, pela especulação que o alimenta ou por meras questões estéticas, mas na verdade o filme «Haverá sangue» é verdadeiramente dispensável. O trabalho de Daniel Day-Lewis poderá merecer o óscar (era necessário comparar o desempenho com todos os outros candidatos o que ainda não consegui), em todo o filme torna-se excessiva a concentração na sua figura.

sábado, 22 de março de 2008

Políticas e políticos

É discurso useiro afirmar que a mudança de político não significa a mudança de políticas porque eo governo é o mesmo. A saída de Correia de Campos está aí para provar levemente o contrário, particularmente, porque se aproxima um acto eleitoral. A passagem de António Costa para a Câmara de Lisboa também: a lei das finanças locais passou a ser má, a nova lei eleitoral para as autarquias vai pelo cano abaixo pela falta de entendimento entre PS e PSD (é tão inoportuna e tão má que os dois partidos procuram argumentos para salvar a face para abandonar este propósito). Aliás, a vida corre mal a Costa. Primeiro, o Tribunal Constitucional chumbou o empréstimo, segundo, o Presidente da República despachou o diploma portuário. É difícil a vida de um autarca. A sorte é que não tem o Zé a aborrecê-lo.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Zapatero

Zapatero ganhou as eleições espanholas. Ao falar após a vitória sublinhou que o maior número de votos e de deputados eram uma responsabilidade para aumentar o diálogo. Avançou com um conjunto de medidas sociais e de combate ao desemprego, a serem discutidas com os sindicatos e os empresários. Não falou em despedimento. racionalização, nem diabolizou os funcionários públicos e os professores. Sinais de uma maioria relativa ou de um socialismo diferente? Em Portugal, a grande manifestação de professores já obrigou o governo ao diálogo. Foi a força e razão que dobrou o Homem-teimoso. Os sindicatos da UGT é que andam muito calados. Jà perderam o barco porque sempre só tiveram força para jogadas palacianas contra os trabalhadores que dizem defender.

Desperdício


Fumar está pela hora da morte. E é um caminho aberto para a morte. Física e financeira. Para além de os espaços de consumo serem cada vez mais reduzidos. Atendendo às novas restrições legislativas e sanitárias e ao elevado preço de cada maço, o fumador (que deixei de ser vai para dez anos) é olhado de lado e sacudido com o pensamento: não pensa nos outros e tem a mania que é rico. Para se fumar é preciso coragem, dinheiro e estar atento aos desperdícios. Qualquer cigarro deitado fora fica caríssimo. Suja as ruas e não aproveita a ninguém.

Paisagens de todos os dias


Nos últimos anos, o enquadramento que mais vislumbrei foi algo semelhante ao aqui reproduzido. Uma longa caminhada da célula dos rodoviários.

Rogério Ribeiro

O artista. O professor. O político. O militante comunista. O Homem. O alentejano. E um elo numa longa cadeia de amizades. Uma memória para sempre.

sábado, 8 de março de 2008

Manif e polícias

Pego na ideia de um amigo para enaltecer o brilhante serviço público prestado pela PSP no acompanhamento dos professores que se manifestam hoje em Lisboa. Aliás, este procedimento é comum nos jogos do Benfica que reúnem, que digo! reuniam, também um grande número de pessoas. A PSP e o Ministro da Administração Interna só pretendem organizar a deslocação e orientar o estacionamento. Todas as outras acusações de atentado à liberdade e mais difamações, não passam de espíritos mal intencionados para com o governo. Espíritos de quem está feito com a oposição. Aliás, existe a promessa de que na próxima manifestação será assegurado um serviço de catering para os percursos mais longos.

domingo, 2 de março de 2008

50 mil com o PCP

O tratamento noticioso da grande manifestação realizada pelo PCP ontem, em Lisboa, foi feito com as gargantas muito secas. Teve uma expressão que foi impossível ignorar, pelo que os destaques e as páginas dedicadas ao eventual falhanço foram para outros temas. O DN consegue mesmo, na edição de hoje, não fazer qualquer referência na primeira página e incluir uma entrevista com Francisco Louçã onde se afirma como estando à esquerda do PCP. E depois. Por alguma razão não compro. Assim se vê a força do PCP. E afinal o Homem-teimoso terá razão ao procurar identificar os protestos com os comunistas. São mais do que parecem. E estão na rua, na luta por um País diferente. E não estão sós.