segunda-feira, 28 de abril de 2008

Sanha anti-PCP

As recentes crónicas de José Manuel Fernandes e António Barreto sobre um livro que utilizava um texto falso para se atirar ao Almirante Rosa Coutinho e ao PCP só demonstra a sanha anti-PCP destas personagens. Leia-se a mensagem do provedor do jornal publicada no último domingo. É elucidativa do carácter particualrmente do director quando reconhece ter dado importância a um livro, «esquecendo» o tal documento falso. Revelador.

Um ano

Faz hoje um ano que ando por estas andanças. Poucas têm sido as visitas e nunca pensei demorar-me tanto.

Previsões do crescimento

A Comissão Europeia veio contrariar as previsões do governo, remetendo os valores do crescimento económico português para baixo. Sócrates não gostou e persiste nos seus valores, reeditando a teoria do oásis. Até quando? O valro do défice, segundo a mesma fonte, irá aumentar em 2009. Será por haver eleições? Maldosos!

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Visão partidária do turismo

A nova divisão territorial do turismo, decidida pelo governo, é um multiplicado de asneiras e de erros políticos. É um modelo que não agrada a ninguém, suspeito que nem aos seus autores. O que me preocupa, desde logo, é a subversão do papel dos municípios de onde nasceram as actuais regiões de turismo, persistindo numa visão centralizadora desta actividade, onde a participação local é fundamental. No caso particular do Alentejo, a visão partidária predomina. De forma escandalosa, direi. Para as comissões instaladoras do Alentejo e dos dois pólos foram nomeados, por despacho de secretário de Estado do Turismo, um tal de Bernardo Trindade, o presidente do Norte Alentejano (faz sentido, para lá de ser militante socialista), o presidente da Planície Dourada (faz sentido, para lá de ser um homem de forte apoio aos socialistas, não sei se já militante) e uma técnica da Região de Turismo de Évora (não faz sentido, a não ser por estar de licença sem vencimento ou ser «amiga» dos socialistas), ficando de fora o presidente da Região (fazia sentido, mas é militante comunista). Também não se percebe, a não ser pela lógica partidária, que o pólo de Alqueva seja entregue à Planície Dourada quando dos seis concelhos que o integram quatro pertencem à Região de Turismo de Évora. Assim se prova a virtude do providencial e isento, digo eu, despacho do secretário de Estado que deixou de fora Andrade Santos. Façamos justiça a tão digna visão partidária das funções públicas. (Este texto começou a ser escrito no dia 24 de Abril e terminado a 27 porque foi necessário confirmar tamanha desfaçatez)

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Vitalidade de canas

Concordo com Vitalino Canas: só por profunda má fé é que se pode duvidar do seu importantíssimo papel e intenção como provedor dos trabalhadores precários. Está bem que foi convidado pelas empresas e não pelos trabalhadores que, por serem precários não estavam ainda em condições de fazer o convite dado que não sabiam que o iam ser, irão perceber a eficácia do provedor quando for cessado o seu contracto precário nos termos da legislação em vigor. Vitalino Canas terá nessa altura uma palavra amiga e incentivará as empresas a contratá-lo de novo de forma precária. É para isso que serve um provedor do trabalhador precário, para impedir que consiga estabilidade, porque assim não se justificaria a existência de um provedor. A sua participação como provedor é, aliás, a melhor forma de verificar a eficácia da legislação que Vitalino Canas, enquanto deputado e membro do PS, ajudou a criar para precarizar o trabalho e justificar o provedor. Eficaz, portanto.

Ortografia


Será efeito da dominação económica dos nossos vizinhos ibéricos ou do novo acordo ortográfico. Imagem captada esta manhã numa superfície comercial.

domingo, 20 de abril de 2008

Mau tempo e sinalização

O tempo está como está e todos sentimos. Os acidentes na estrada são uma realidade que a todos envergonha. Agora repare-se na sinalização desta estrada, junto a Cuba, numa zona de curvas e local de obras. Depois admirem-se.

O tempo de chuva



O tempo tem estado assim, num Portugal assim, estão longe os sinais de melhoras. A água traz bonança e lava muitas consciências. Já agora, terá sido por isso que Menezes percebeu que o seu papel no PSD estava desfocado. Será por isso que Sócrates moderou o discurso, a postura, a arrogância e tenta desajeitadamente, sorrir. Deve ser a aproximação do acto eleitoral.

Feira do Livro em Moura


Paulo Barriga (ao centro na fotografia), jornalista e escritor, apresentou ontem, em Moura, no primeiro dia da 28ª edição da Feira do Livro, (é notável por ser uma das mais antigas do país), o seu mais recente trabalho literário «Terra Vermelha, crença e insubmissão no Alentejo do século XX». A publicação reúne um conjunto de trabalhos sobre histórias e acontecimentos do Alentejo, percursos que ajudam a compreender esta gestão e região. Na sessão participou também Manuel Ramalho (à direita), presidente da Junta de Freguesia de Amareleja, testemunho vivo da Nossa Senhora das Choças, a história de uma crença religiosa do mundo rural. A Feira do Livro prolonga-se até dia 1 de Maio e destaque-se a presença hoje de Vasco Lourenço para apresentara obra de Manuel Fialho, «Além do Bojador». Em termos musicais, no dia 30, recomenda-se a actuação dos Sheiks, o grupo de 60 de Paulo de Carvalho, Fernando Chaby, Carlos Mendes e Edmundo Silva.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

A madeira de jardim

As declarações de Jardim só não são tão graves porque já estamos habituados aos despautérios do homem. Agora, sendo o Presidente do Governo Regional membro do Conselho de Estado, impunha-se a este órgão de soberania maior responsabilidade e respeito pelos órgãos democraticamente eleitos. E ao Presidente da República menos vassalagem ao «senhorim» (espressão do «padre» Edgar, dirigente local do PCP, nas afirmações do Alberto) e a imposição do respeito institucional. Jardim ainda deve estar embalado pelos elogios de Gama que não o Vasco para azia dos socialistas.

Benfica

O clube está como está. Uma desgraça e uma vergonha para todos nós. Com possibilidades de ser afastado da Taça e, a partir do próximo fim-de-semana, lutar para manter o quarto lugar. Mesmo assim, em bolsa, são as únicas acções que sobem. Estamos no reino da gestão e não do desporto.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Mimos

Este fim-de-semana há Mimos no concelho de Moura. Estátuas humanas, animação de rua, esposições, música, actuação dos Rádio Macau no sábado no Parque de Exposições e Feiras, e desporto. Para lá de uma mega açorda no domingo. Tudo integrado no Festival do Sol, na terra da maior central fotovoltaica do mundo.

Declínios

A enorme manifestação de professores marcou efectivamente uma grande mudança política em Portugal, como profetizou Menezes. É verdade. O problema dele é que alterou a postura do governo. A ministra passou a dialogar com os sindicatos, a fazer o que dizia não ir fazer, e o primeiro-ministro, o Homem-Teimoso, rasgou um sorriso em cada deslocação. A ele fica-lhe mal, mas dá a ideia que o PS já arrancou para as legislativas, enquanto o PSD ainda mastiga e patina em desavenças internas. A mudança não ficou por aqui. O PCP também deixou de aparecer nos noticiários, voltando as televisões e rádios à estratégia antiga dos média de apagar a sua actividade (No telejornal do último domingo todos os partidos foram alvo de um apontamento e reportagem à excepção do PCP, não acreditando eu que Jerónimo tenha ficado em casa). O crescimento à esquerda, particularmente dos comunistas, não interessa nada ao PS. O que se verifica. Nos tempos próximos as sondagens vão começar a dizer o contrário.