sexta-feira, 30 de julho de 2010

A triste prestação da FPF

A prestação de Portugal no campeonato do Mundo não convenceu ninguém. No entanto, fora opiniões mais ou menos válidas sobre este ou aquele jogador, não havia muito mais a fazer, a nossa equipa é verdadeiramente mediana e os nossos supostos principais jogadores jogaram muito para a fotografia e para os contratos publicitários, mais com o bolso que a cabeça e os pés. Nós somos bons é a armar armadilhas aos nossos, como está a acontecer com Carlos Queirós. Está aqui está na rua e ainda tem que pagar uma indemnização. Será o responsável por toda a situação para manter no poder as mesmas luminárias no poder da FPF onde governam a vida. Ainda vamos estar solidários com Queirós que o não merece enquanto seleccionador.

A justiça não é um comício

A grande atracção dele, para lá das mulheres (na altura diríamos garotas), eram os comícios. Era a sua política. Pular uma cerca, um muro, uma vedação e apanhar (hoje diríamos roubar) fruta que, na sua maioria, era consumida no local. Estava consumado o comício. O intuito não era arrecadar para casa tão só o objectivo de consumir fruta fresca. Nos dias de hoje, tal como está a justiça portuguesa, arriscava-se a estar preso, enquanto outros se divertiam a assistir e a trabalhar a lei que lhes permite manter a impunidade apesar dos sucessivos envolvimentos. Como dizia um familiar: "tu, apesar do que vejas ou assistas, tens que estar acima de qualquer suspeita para que te possas governar".

quinta-feira, 29 de julho de 2010

O prego de sapateiro

Tens um prego?
Para que queres tu o prego?
Para pregar! Um prego de sapateiro?
Para que queres tu um prego de sapateiro?
Para pregar!
Eu tenho uma caixa de ferramentas pode ver se encontra o prego de sapateiro.
Não vá por aí, olhe que ele nunca mais a larga e ainda lhe leva mais que o prego de sapateiro.
Não somos farinha do mesmo saco.
Não diga que eu não a avisei.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Ana Maria

Ana Maria... Ana Maria, chamava ele, num tom algo desesperado. Noite, luminosa de lua cheia. Idoso, na casa dos setenta, já muito próximo dos oitenta. O nome para o caso não importa. O seu chamamento indiciava que após o jantar havia dormido, aquele momento reconfortante, e quando acordou, Ana Maria, companheira de muitos anos,estava ausente.

Ana Maria... Ana Maria, continuava ele e, suportado na sua bengala, cada vez mais desorientado, partiu à procura.

Voltou e partiu outra vez. Completamente à deriva.

Ana Maria ... Ana Maria.

Ana Maria chegou, da sua rotina diária. Não havia qualquer novidade na sua ausência.

Ana Maria... Ana Maria, chamou a vizinha. O seu marido foi por aí abaixo em sua procura, sem saber para onde ia.

Lá foi, Ana Maria, por aí abaixo.

Voltou, a segurar o marido. A bengala já não era suficiente para suportar o cansaço, potenciado por debilitados pulmões bomba de aspiração de inúmeros cigarros, e o seu corpo enorme.

Que disparate o teu, dizia Ana Maria. Volta aqui à esquerda.

Para onde é? perguntava ele no seu desespero, já não aguento mais, vou cair, e o seu corpo, pesado, baixou à estrada. Devagar, felizmente, com as forças que ainda lhe restavam para se fazer cair suavemente.

Para Ana Maria, depois de ajudada no apoio ao marido, este episódio foi mais um numa relação de anos. Muitos. E a interrogação para o futuro que também já se apoia numa bengala.


domingo, 25 de julho de 2010

A vida mais difícil de quem tem trabalho

O corpo encostado à parede. Dobrado. A face entre as mãos. Pálida. A voz pausada. Fraca. Limpa a parede das instalações sanitárias mais para se segurar do que pela necessidade que estas têm de limpeza.

Algum problema? Está doente?

Não. Estou a pensar o que fazer quando sair do trabalho. Tenho que ir a pé. E ainda hoje não comi nada. Deixei o meu marido em casa, com um tumor, e sem um copo de leite. Não tenho três euros para o autocarro.

Estamos nas Amoreiras. Lisboa. Centro Comercial. 21 horas, hora boa para uma sessão de cinema. Hora má, igual a todas as outras do dia para quem tem de trabalhar, fazer o percurso a pé entre a casa e o trabalho. E sem nada para meter nos estômago.

Casa em Camarate. Concelho de Loures. No percurso definido no Google aconselha o caminho do eixo Norte/Sul. “Escassos” 12 quilómetros. Aquela artéria de ligação da capital não pode ser palmilhada a pé. Problema. A pé, das Amoreiras, o melhor caminho será em direcção à Praça de Espanha, Hospital de Santa Maria, Campo Grande, Avenida do Brasil e, mais uns passos, Camarate. Não serão 12, não sei, mas de barriga vazia e com oito horas de trabalho serão o triplo.

Cinco euros.

Nem sabe a ajuda que me está a dar.

Penso, a vida de quem trabalha pode ser ainda mais difícil de quem não tem emprego. Fome e privações são as mesmas. Mas há que ter corpo para o trabalho. E meios para lá chegar.

Contador vence Volta à França

Acompanho com regular interesse as edições da Volta à França e este ano, sempre que possível não fugiu à regra. Contador foi o vencedor da edição de 2010 que viu Armstrong abandonar a prática ciclistica de topo. No final fica a ideia de que o azar de Schleck foi o suficiente para a vitória do ciclista espanhol que fica pendurada do episódio de uma corrente a saltar em plena corrida.

sábado, 24 de julho de 2010

Há frases que nos matam o discurso

Henrique Monteiro, director do Expresso e em tempos udepeísta, escreve, sobre a proposta de revisão constitucional apresentada pelo PSD (presume-se que a versão original e não a corrigida,) em editorial na edição de hoje do jornal: «Ainda que a proposta do PSD fosse aprovada - e não vai ser -, o país viveria como até agora». A ser assim, é difícil explicar o interesse em apresentar esta proposta. Por quê tanto trabalho para ficar tudo na mesma? Será mero preciosismo ortográfico? Dá o director depois o exemplo de retirar da saúde o famoso «tendencialmente gratuito» para concluir que fica tudo na mesma com a expressão «não podendo, em caso algum, o acesso ser recusado por insuficiência de meios económicos». Tão só a expressão de que seria uma inutilidade se efectivamente fossem só estes os objectivos de Passos Coelho e acho que não são. Os seus interesses vão mais além e pretendem terminar com a acção pública nos sectores principais da sociedade. Basicamente privatizar tudo o que pode dar dinheiro por ser essencial.
Monteiro conclui que «o atual Estado social, que tanta gente se apressa a defender acriticamente, em toda a sua extensão, contém em si um problema: não é sustentável a prazo». E tão definitiva conclusão baseia-se em que pressupostos técnicos ou dados científicos: «Ouçam os economistas, todos eles, de Silva Lopes a Ernâni Lopes: sem cortes nas prestações sociais o país não aguenta». Interessante, não? Serão mesmo todos os economistas que defendem esta conclusão? Não há pressupostos ideológicos destes economistas nas conclusões que anunciam? Não serão eles responsáveis e beneficiários directos do descalabro a que isto chegou? Não haverá outro caminho? Seremos assim tão pobres de imaginação? Não creio.

À noite com os pés na areia


sexta-feira, 23 de julho de 2010

Começam hoje as férias

CPLP

Fica estranho José Eduardo dos Santos falar em defesa da democracia como um dos pilares da CPLP para recusar a entrada da Guiné Equatorial.

Abaixo a eliminação dos feriados

Fiquei satisfeito por o parlamento ter reprovado aquela tonteira de alterar os feriados propostos por duas diligentes deputadas socialistas. Não terão mais nada por fazer? Gostaria de saber que outras propostas fizeram na legislatura? Que perguntas fizeram ao Governo? Que questões levantaram? Quantas intervenções?

A revisão constitucional

Quanto mais se aprofundam os discursos, mais fico com a sensação que após as presidenciais, qualquer que seja o vencedor, o PS e o PSD se vão entender sobre a revisão da Constituição, na qual a maioria das questões levantadas actualmente vão lá ficar consagradas, mesmo que agora os socialistas digam que estão contra.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Partido Social de Direita

Passos Coelho percorre o seu caminho na direita, afastando-se da matriz social-democrata do PSD. E nessa linha resolveu lançar uma farpa na candidatura de Cavaco Silva de quem nunca gostou e que a direita mais à direita gostaria de ver longe de Belém. Com o processo de proposta de revisão constitucional, o líder do PSD fez com que o largo espectro da população que defende uma participação efectiva do Estado na vida portuguesa se reveja no candidato Manuel Alegre. É um óptimo contributo.

terça-feira, 20 de julho de 2010

O tempo passa


A revisão da Constituição

Passos Coelho conseguiu o que pretendia: chamar as atenções sobre si com um assunto sem qualquer tipo de agenda. E com isso prestou um serviço à situação remetendo a crise para fora dos destaques noticiosos. É percorrer os órgãos de comunicação social e reconhecer o sucesso da operação de marketing social-democrata. Em Portugal só se discute o acessório e nunca o essencial.

O risco de pobreza dos portugueses

À medida que aumenta o número de portugueses pobres, convém ler estas palavras de Manuel António Pina sobre discursos cínicos.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

O escritor fantasma

Neste conturbado momento político, económico e social do mundo, aconselho para os tempos quentes o «Escritor fantasma» de Polanski. É bom, sem chegar a obra-prima, e aborda a forma como se desenvolve a política internacional. E a intriga.

A economia não é uma ciência exacta

«Governos um pouco por todo o mundo estão a ser forçados a uma redução fiscal prematura, apesar de o desemprego se manter a níveis muito elevados e o consumo privado mostrar poucos sinais de vida. Muitos são levados a implementar reformas estruturais em que na realidade não acreditam, mas apenas porque pareceria mal aos mercados agir de outra forma.
(...)
Hoje, parece que os mercados acham que os elevados défices fiscais são a maior ameaça à solvência de um estado. Amanhã poderão pensar que o verdadeiro problema é um crescimento fraco,e arrepender-se das restritivas políticas fiscais que nos ajudaram a desenvolver.
(...)
Hoje, eles preocupam-se com governos sem espinha e incapazes de adoptar as duras medidas necessárias para lidar com a crise. Talvez amanhã percam o sono com as manifestações em massa e os conflitos sociais que políticas restritivas terão provocado.
(...)
Permite que líderes políticos com confiança em si mesmos tomem conta do seu próprio futuro. permite-lhes moldar a narrativa que sustenta a confiança do mercado, em vez de terem de correr atrás dela.
(...)
É aqui que os governos europeus (tal como os seus conselheiros económicos) têm falhado. Em vez de enfrentarem o desafio, os líderes primeiro adiaram e depois acederam sob pressão. Acabaram por tornar as declarações doa analistas de mercados em fetiches. Ao fazerem isso, negaram a si mesmos políticas economicamente desejáveis que têm mais hipóteses de reunir apoio popular.
(...)
Se a actual crise piorar, serão os líderes políticos que terão a maior parte da responsabilidade - não porque ignoraram os mercados, mas porque os levaram demasiado a sério.»
Estes excertos do texto de Dani Rodrik, professor de Economia Política da Universidade de Harvard, ontem publico na edição do Público, permite uma leitura diferente do actual momento político e económico mundial, em que os principais líderes parecem não saber como lidar com uma situação normal do capitalismo sem que tenham que perder a face ( Durão Barroso e mais uns quantos tecnocratas da UE manifestaram-se hoje preocupados com o número de pobres na união, como se não fossem as suas medidas e opções políticas que os causassem). Serve também para demonstrar que a economia, como a comunicação social e comentadores do regime querem fazer crer, não é uma ciência exacta, tão só social e que obedece a correntes ideológicas e políticas na teorização da sociedade.

sábado, 17 de julho de 2010

“Do Gharb ao Algarve: uma sociedade islâmica no ocidente”

Inaugurou ontem, em Silves, a exposição "Do Gharb ao Algarve: uma sociedade islâmica no ocidente", comissariada por Santiago Macias.

As grandes alternativas políticas

Passos Coelho deu uma entrevista ao Público. O grande destaque e as novidades são as propostas para a revisão constitucional. Num momento de crise profunda pedia-se ao líder do maior partido da oposição que apresentasse propostas novas para a governação. Nada. O que só prova ser, no essencial, um siamês de Sócrates. Os dois, mensageiros do poder económico dominante. Que já demonstrou não ser alternativa, nem solução para os problemas que criaram.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Espanha em Moura

Vai começar a festa

É uma parte importante do ciclo anual da vida da comunidade da cidade de Moura, a festa em honra da padroeira, Nossa Senhora do Carmo. Do muito que se possa dizer é que começa na quinta-feira, dia 15, e termina a 19. Boa festa.

Desenhos agrícolas

Jerónimo de Sousa em Moura

O Secretário Geral do PCP, Jerónimo de Sousa, vai estar amanhã, dia 13, pelas 18,30 horas, no largo do Pinto para um encontro com a população.

domingo, 11 de julho de 2010

Espanha justa campeã do Mundo

A Espanha é justa campeã do Mundo. Para lá das nossas afinidades e portanto maiores simpatias para com os nossos vizinhos ibéricos, temos razões acrescidas para sublinhar o êxito espanhol: Portugal foi eliminado pela equipa campeã do Mundo. O seu triunfo deve dar-nos que pensar. Parte daqueles jogadores foram campeões do mundo de sub-20, campeões europeus e agora do mundo, numa clara aposta na formação de jogadores. Os clubes portugueses (o Benfica já tem dois espanhóis e ainda se fala de outros) e os responsáveis federativos deveriam interrogar-se sobre a formação em Portugal, até porque me parece que a naturalização de brasileiros não é solução. Parabéns à Espanha.
Iniesta foi grande também no momento dos festejos ao lembrar um homem da sua profissão desaparecido prematuramente.

Está quase a terminar o fim-de-semana

sábado, 10 de julho de 2010

Sócrates procura parceiro

Sócrates, a crer na imprensa de hoje, designadamente o Expresso, procura desesperadamente um parceiro para a governação. Já tinha levado tampa de Passos Coelho quando afirmou ter companheiro para o tango. Agora foi Portas quem recusou o convite para ser novamente ministro. O Primeiro Ministro sabe que a adesão e abertura para novas e diferentes alianças está à esquerda. A ruptura tem sido feita com estes partidos. Com o PSD e o CDS é só para manter o sistema vigente.

José Saramago homenageado em Grândola

A Câmara Municipal de Grândola aprovou, por proposta dos vereadores do PCP, na reunião de 1 de Julho p.p. o voto de pesar e as propostas que se seguem em memória a José Saramago. O tema não é novo e trago-o aqui para que a autoria da ideia seja conhecida.
"A morte de José Saramago constitui uma perda irreparável para Portugal, para o povo português, para a cultura portuguesa.
Com uma obra intensamente ligada às mais profundas aspirações de progresso da Humanidade, a dimensão intelectual, artística, humana e cívica que José Saramago assumiu, fazem dele uma figura maior da cultura portuguesa e um vulto incontornável da literatura universal.
A sua vasta, notável e singular obra literária - reconhecida com a atribuição, em 1998, do Prémio Nobel da Literatura - ficará como marca impressiva na História da Literatura Portuguesa.
Construtor de Abril, enquanto interveniente activo na resistência ao fascismo, ele deu continuidade a essa intervenção no período posterior ao Dia da Liberdade como protagonista do processo revolucionário que viria a transformar profunda e positivamente o nosso País com a construção de uma democracia que tinha como referência primeira a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo e do País.
A Câmara Municipal de Grândola manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento de José Saramago e expressa aos seus familiares, e em especial a sua mulher, Pilar del Rio, e a sua filha, Violante Saramago, as mais sinceras condolências.
A Câmara Municipal de Grândola delibera a atribuição do nome de José Saramago a uma rua na vila de Grândola, bem como a realização da próxima Feira do Livro dedicada a José Saramago."

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Junta de Grândola inaugura espaço fraterno

Abriu hoje, às 19 horas, o Espaço Fraterno, um projecto social desenvolvido pela Junta de Freguesia de Grândola para responder às necessidades sociais da população em tempo de crise. O espaço funciona na Rua Almeida Garret, está aberto aos sábados à tarde, e qualquer outra resposta pode ser encontrada na sede da junta nos restantes dias úteis.

O amadorismo de Queirós

Carlos Queirós tem razão em estar indignado porque o Sol está a fazer um favor à FPF para encontrar um motivo para se ver livre do treinador que ninguém quer à frente dos destinos na selecção portuguesa. Madail a esta hora deve estar a preparar a saída. De Queirós.

Quando o Sol nasce

O Teatro Fórum de Moura termina este fim-de-semana, com três apresentações na cidade, a digressão concelhia com o trabalho "Quando o Sol nasce". Ver o programa e locais aqui.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A política do governo só os incomoda por falta de comunicação

«Esta crítica velada ao discurso do governo foi partilhada por João Proença, que foi ainda mais explícito. Sobretudo à forma como o govenro comunica com o País. Sobre a reacção do Executivo perante a evolução do desemprego, Proença afirmou: 'Embora considere correcta a actuação do Governo (claro, nem podia ser de outra forma, o homem enquanto deputado socialista até aprovou o novo Código do Trabalho), acho que há uma mensagem que não passa. Passa mais a mensagem pessimista de dizer às pessoas que hoje estamos mal do que uma mensagem cor-de-rosa de que hoje está tudo bem (...) (só pode ser maldade porque hoje está tudo bem) É evidente que o desemprego vai continuar a aumentar (vai? Não me digas? Conclusão do militante socialista ou do dirigente da central sindical UGT). O que podemos dizer é que para este Governo o desemprego é a questão central (não seria melhor se a preocupação fosse o emprego? Então não decidiram retirar direitos aos desempregados?).

Mais não foi apenas Proença a deixar avisos ao Governo (vá lá, sempre há algum consenso). Também Ferro Rodrigues apontou que apenas 'a informação completa' sobre a crise 'poderá combater o populismo e a demagogia' (o que interesse é dar a informação, dinheiro para o bife pode ficar para depois). E Mário Soares optou por atentar no PS. Sublinhando que a oposição não representa uma alternativa exortou os deputados a 'insuflarem alma, princípios éticos, ideologia e confiança' no partido onde, admitiu, falta debate interno."

Excerto de distintas intervenções nas jornadas parlamentares socialistas retirado da imprensa, com sublinhados meus, e que são esclarecedoras de que entre os socialistas não há diferenças em relação à questão central: as decisões políticas que afectam todos os portugueses. O resto é conversa.

domingo, 4 de julho de 2010

Membros do governo francês demitem-se

Se esta atitude começa a servir de exemplo por cá ficamos sem governo.

Lugar para o amor

Qualquer lugar, por mais difícil ou sagrado, é bom para o amor.

Onde se fala do calor

A meteorologia refere que se aproximam dias de calor, muito calor, nada que nestas alturas não seja habitual em terras do Sul. É forte, é duro, e é quando o cair do dia faz sair à rua e transforma as nossas praças e largos no grande espaço de convívio e sociabilidade. Como escreveu Manuel da Fonseca (1911-1993), o largo é o centro da aldeia. E do Mundo. Do nosso mundo, daquele que partilhamos com afectos.

Espanha na meia final do Mundial

Foi uma pena a Espanha ter vencido o Paraguai e chegar à meia final. Não, não é por terem ganho a Portugal. É porque a tal adepta famosa despia-se em público se a equipa de Cardozo ganhasse. O Cardozo é judeu e não pensa em nós. Na verdade, os espanhóis jogam bem. E quaisquer que sejam os resultados da meia final este campeonato do Mundo vai ter uma final inédita. E que ganhe a Holanda, apesar da não contar entre os favoritos que apontei ao princípio e ainda lá estarem dois desses.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Rota das Tabernas termina este fim-de-semana em Grândola

Decorria o ano de 1995, havia poucos meses de chegado a Grândola, quando, com o então presidente da Câmara Fernando Travassos, participei pela primeira vez na Rota das Tabernas, se não me falha a memória em segunda edição. Em pleno mês de Dezembro, um frio de rachar a entrar pela Taberna do Viso, chuva e noite escura, os animadores a um canto da sala e nós aconchegados à lareira. Mais ninguém para lá dos funcionários municipais (é justo falar no Pedro Pedreira, vereador na altura entretanto já falecido, na Isabel Revez, chefe de divisão, e na Ana Dulce, técnica de turismo, todos eles com papel determinante no desenvolvimento da rota) e do Sr. António. Desse ano passou para meses mais quentes e procurou-se dinamizar esta iniciativa, criando-se um programa municipal de apoio à modernização das tabernas, diga-se, ao qual nenhuma se candidatou. Organizaram-se sessões e colóquios e editou-se um roteiro com fotografias de José Manuel Rodrigues. A Rota tornou-se um elemento de promoção turística e de animação das tabernas enquanto espaços tradicionais de sociabilidade e de actividade económica. A edição deste ano termina no próximo dia 3 de Julho.

Santo Amador realiza terceira edição do Ervançum

A Junta de Freguesia de Santo Amador, Moura, promove a partir de amanhã a terceira edição do Festival Ervançum. Esta iniciativa é a prova que uma comunidade com poucas almas não é necessariamente pequena nas ideias e na capacidade de acção. Por tudo isto e muito mais que aquelas gentes têm para oferecer justifica-se uma visita.