domingo, 30 de setembro de 2012

E o PS estará seguro?

António José Seguro e o PS não podem olhar para a manifestação de ontem da CGTP e a outra do 15 de Setembro como se fossem uma resposta ao aumento da TSU para os trabalhadores, com olhar de rapaz deslumbrado de que está quase a chegar a minha vez e quando isso acontecer eles vão acalmar, apesar da política ser a mesma. A contestação à política dos últimos 30 anos está na rua e o PS tem uma forte responsabilidade nela, tal como no memorando que nos atormenta a vida. Pensem nisso.

sábado, 29 de setembro de 2012

Algo está a mudar nos nossos manifestantes

Nas manifestações já se vislumbram algumas mudanças nos paus das bandeiras. Cuidado.

Vedação estragada

A vedação do parque infantil do Jardim 1º de Maio em Grândola está no estado em que a fotografia documenta o que é um perigo evidente para as crianças que o frequentam.


Alguém se esqueceu da outra meia porta

O espaço público em Grândola foi reabilitado, é verdade. O coreto também. Contudo, alguém se esqueceu de colocar a outra meia porta. É um pormenor mas não deixa de ser revelador.


O terreiro assaltado pela população


O Borges não é estúpido

É ouvindo as declarações de António Borges, consultor do governo para as privatizações, que percebemos a situação em que se encontra a Grécia, cujo país acompanhou quando era quadro da Goldman Sachs e ajudou a esconder as contas.

Bom fim de semana


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

CNECV

É preciso ler para se perceber o que esta sigla esconde e para que se envergonhem do que escrevem.

Portugal, Espanha e Grécia ...

... países onde os governos continuam insensíveis aos sentimentos e sentidos da população. Até quando?

Cidades e palavras

«As cidades são espaços rodeados de palavras por todos os lados; as palavras são cidades rodeadas de pessoas por todo os os lados, e as pessoas são ilhas rodeadas de si por todos os lados», Maria Teresa Meireles, em Blimunda, Setembro, revista da Fundação José Saramago.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Mouraria

Trabalhadas de outra forma, estas imagens poderiam representar um qualquer filme de ficação científica com uma localidade a ser invadida por extra-terrestres. São, isso sim, resultado da intervenção de requalificação do bairro da Mouraria, em Moura, concretizada pela Cãmara Municipal.
 
 

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Os dias que o tempo trará


É preciso um país

Quando o outro falou da fábula da cigarra e da formiga recuei muitos anos, ao tempo da minha primária feita ainda em pleno fascismo, e veio á memória um poema dos tempos da revolução de Abril,
 
É preciso um país
 
Não mais Alcácer Quibir.
É preciso voltar a ter uma raiz
um chão para lavrar
um chão para florir.
É preciso um país.
 
Não mais navios a partir
para o país da ausência.
É preciso voltar ao ponto de partida
é preciso ficar e descobrir
a pátria onde foi traída
não só a independência
mas a vida.
 
Manuel Alegre em O Canto e as armas

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O melhor retrato dos nossos empresários

A ser verdade que a melhor proposta que o chamado patrão dos patrões, António Saraiva da CIP, apresentou na concertação social foi esta fica confirmada a qualidade dos nossos grandes empresários e das suas associações.

domingo, 23 de setembro de 2012

O que anunciam os primeiros dias de chuva

Com a entrada das primeiras chuvas, as debilitadas estradas vão acentuar os seus males. O concelho de Grândola é um bom exemplo, com várias estradas municipais degradadas, do Brejinho de Água, às Bicas, passando pelas Sobreiras Altas e algumas ruas da vila e dos bairros limítrofes. Em pior estado, a ligação entre Grândola e Azinheira de Barros, porque a partir dos Mosqueirões é um verdadeiro desafio. O actual estado deve-se em primeira instância ao desrespeito das empresas e à incúria da fiscalização das obras da PPP de construção da ex-auto-estrada Sines/Beja. A obra parou e não vai ser concluída. A estrada municipal está em tão mau estado que táxis e qualquer dia ambulâncias e empresas de transporte deixam de a frequentar para desgraça da população que teima em residir naquela zona rural. A Câmara tem um acordo escrito com a empresa que a obrigavam à reparação completa. Vamos ver se não fica com o menino nos braços.

sábado, 22 de setembro de 2012

Bom fim-de-semana

Sinais de um país triste

Por questões profissionais percorri no dia hoje a A6 até Estremoz. É desolador verificar que muitos quilómetros foram vencidos sem mais nenhuma viatura por companhia. De um lado e outro. 

Para que o governo não diga que ninguém apresentou alternativas claras

Secretário Geral da CGTP apresentou hoje propostas alternativas que vai levar à Concertação Social.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Cavaco considera crise política ultrapassada

Já temos um governo de iniciativa presidencial. Nem percebo para que foi a palhaçada da convocação do Conselho de Estado. Quem esperava que o Presidente da República alterasse políticas e servisse de árbitro às medidas de austeridade, enganou-se.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

PSD e CDS dirão uma e a mesma coisa sobre a solução para Portugal


Sondagens são sondagens

O descontentamento em relação às medidas do memorando da tróika e a política do actual governo é uma evidência que teve expressão no último sábado e é um erro grosseiro, como pretendem PSD e CDS, confundir aquele protesto unicamente com o aumento da TSU para os trabalhadores. Será uma mistificação acreditar que tudo ficará bem se esta proposta não for concretizada pelo governo. A sondagem que está hoje a ser divulgada reflecte a insatisfação dos portugueses, mas não deixa de ser uma sondagem, penalizando todos os partidos da tróika, PS, PSD e CDS, e beneficiando PCP, principalmente, e BE. O PS, apesar de mais referenciado, não deixa de descer na opinião da consulta. Eduardo Pitta sublinha que a esquerda tem agora 55% das expressões de sentido. O problema é incluir os socialistas na esquerda, quando na prática apoia o memorando e tem praticado todas as políticas que nos trouxeram aqui. É preciso também não esquecer isto nos próximos dias de luta.

A RTP no seu habitual pluralismo

A televisão pública continua igual a si mesma em matéria de pluralismo, entrevistas a Passos Coelho, António José Seguro, Alberto João Jardim. Deverá seguir-se Portas ou mais alguém dos partidos da tróika. Dos outros nada, PCP e BE estão afastados, propositadamente, deste palco.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Temos Sempre Uma

Fica claro que a estratégia do governo quanto às mexidas na TSU foi apresentar um cenário dramático para, com algumas alterações, conseguir o objectivo central de reduzir a participação dos patrões e aumentar a dos trabalhadores. Os que agora, hipoteticamente, ficarão de fora não tardam pela demora, mais tarde se juntarão ao grupo de pagantes.

Benfica começa bem ou mal a liga dos campeões?

Perante o Celtic o empate até pode ser bom, mas não deixa de saber a pouco para o Benfica. Jesus não é, definitivamente, treinador para este grande clube.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Philip Glass para um fim de tarde quente


Maria Teresa Horta veta Passos Coelho

A escritora Maria Teresa Horta recusa-se a receber o Prémio D: Dinis das mãos de Passos Coelho porque  “o primeiro-ministro está determinado a destruir tudo aquilo que conquistámos com o 25 de Abril [de 1974] e as grandes vítimas têm sido até agora os trabalhadores, os assalariados, a juventude que ele manda emigrar calmamente, como se isso fosse natural".

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Portugal de volta ao "normal"?

Após as grandes manifestações do fim-de-semana, os partidos e as associações do sistema tudo fazem para que até ao Conselho de Estado seja encontrada uma solução que rectifique o pormenor para deixar o essencial. Os parceiros sociais, UGT e patrões, saíram da Presidência da República com essas instruções, mais brandos nos comentários e a pedir uma audiência a Passos Coelho que, naturalmente, a irá conceder para demonstrar abertura para o diálogo. No final da semana tudo voltará ao "normal", com o país nos eixos e a aplicar o memorando. Falta só encontrar a cenoura para o PS, do Tó Zé Seguro, se abster violentamente. Merkel e a Comissão Europeia já disseram que o caminho tem que continuar a ser normal, mais austeridade e recessão, nada de novo, portanto, no dia a seguir. Cabe a todos nós trazer para a rua a nossa insatisfação, a nossa liberdade de dizer que não queremos uma normalidade que nos aprisiona, nos sufoca e nos  retira o sorriso.  

domingo, 16 de setembro de 2012

Paulo Portas deixou de ser ministro

O farsante Portas não é ministro do actual governo? Estes jogos florais entre PSD e CDS só prolongam a crise da coligação perante o fracasso das medidas que têm defendido e praticado até ao momento para desgraça do País.

sábado, 15 de setembro de 2012

Paulo Portas continua ...

... a ver o país pelo periscópio dos submarinos. O CDS quer agora corrigir as medidas anunciadas por Passos Coelho e Vítor Gaspar, então o que estão a fazer no governo?

15 de Setembro

O governo, o PSD, o CDS, o PS, o Presidente da República podem ficar surdos mas o dia de hoje marca o fim do apoio social a todos eles. Pena é que nas televisões se mantenham os comentadores oficiais do regime. Impera aqui o pensamento único e a teoria das inevitabilidades. Ao mesmo tempo, a situação ferve junto à Assembleia da República. Lembras-te Gaspar de ter dito que o povo português tudo aguentava? 

É um dos principais responsáveis pela situação actual

Vítor Constâncio em vez de estar a cantar de galo enquanto vice-presidente do BCE devia estar a ser julgado pelas suas responsabilidades como governador do Banco de Portugal, altura em que deixou completamente ao desvario BPN, BPP e outros negócios de banqueiros e amigos. São esses negócios e as PPP que constituem aquilo a que chamam a dívida pública que todos estamos a pagar.

Tirar aos pobres ...

... para dar aos ricos, como é facilmente visível na síntese que o Tiago Mota Saraiva coloca no Cinco Dias.

Seguro sintonizado com Portas ...

... ou como se explica que em termos de políticas as diferenças entre o PS e o PSD e o CDS são muitos pequenas. Acabarão todos por se entender em nome de aquilo que irão chamar o "interesse nacional".

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A colagem dos partidos da tróika

Quando Sócrates estava em final de mandato, com a contestação a encher as ruas, o PSD, apesar de subscrever o memorando, colou-se ao protesto, fez da política uma mentira, e venceu as eleições. Nas manifestações de amanhã vai acontecer o inverso, o PS, subscritor do memorando e abstencionista violenta da política do governo, vai também colar-se ao protesto, pensando já nas próximas eleições, como se tivesse propostas diferentes ou estivessem em desacordo com o memorando. Era preciso que tivessem vergonha e os portugueses percebessem estes truques políticos. Ou os outros partidos que não subscrevem a política do memorando antes uma alternativa conseguissem furar o bloqueio da televisão.

Portas, submarino ao fundo

O aumento de impostos anunciado a semana passada por Passos Coelho e aprofundado por Vítor Gaspar esta semana foi de prévio conhecimento de Paulo Portas, até até um tiro de aviso há cerca de 15 dias quando se começou a falar do seu envolvimento no caso dos submarinos. O recado foi directo e ouvido, pela que amanhã terá que convencer os seus parceiros a continuar a alinhar com a austeridade e o aumento de impostos: ou alinhas ou a malta tem aqui uns documentos que te envolvem na compra desastrosa dos submarinos.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Seguro fala ao país

e o país vai escutar o lider socialista: que está contra estas medidas, que se elas forem para a frente irá votar contra o orçamento de Estado, que o governo se deve demitir, e como o país que o vai ouvir não tem condições para realizar novas eleições está disponível para formar um governo de salvação nacional que regresse ao espírito do memorando que António José Seguro aprovou enquanto deputado na Assembleia da República, com os outros dois partidos que formam o consenso alargado. Todas as críticas às medidas governamentais anunciadas nos últimso dias, do PS à direita, passando pelos patrões (já repararam no silência dos banqueiros?) é por questões de pormenor e não pelo essencial: a necessidade de renegociação profunda do memorando.

Aqui está uma boa crítica

A Comissão de Trabalhadores da RTP critica, e bem, os custos da produção da entrevista ao primeiro-ministro em São Bento quando custaria menos se fosse realizada nas instalações da televisão pública.

Moura: Feira de Setembro começa hoje

Programa aqui.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Estes senhores assinaram o memorando e o acordo de concertação social

Porque razão estão agora a chorar a UGT e os patrões?

Gaspar esqueceu-se da RTP?

Vítor Gaspar falou num programa de privatizações, a TAP, a ANA, as Águas Públicas, e não falou da RTP. Esqueceu-se ou houve uma mudança de orientação?

O outro 11 de Setembro

Fala-se muito do dia 11 de Setembro pelo ataque às torres gémeas em Nova Iorque, esquecendo-se outro 11 de Setembro, o do assassínio de Salvador Allende às mãos do ditador Pinochet, que foi responsável também por inúmeras mortes e definhamento do Chile e da sua população. A memória não pode ser curta.

Mentiroso compulsivo

A verdade é que já não há paciência para esta política e Pedro Passos Coelho revelou-se, em pouco mais de um ano, um mentiroso compulsivo. Nem é preciso enumerar as vezes em que disse uma coisa e praticou o contrário. 

Adenda: sobre este assunto a carta de Eugénio Lisboa que fui buscar aqui.

domingo, 9 de setembro de 2012

Conversas de verão

Nasceu assim, com os olhos virados para dentro, ao encontro do nariz. Desde muito novo lhe chamaram estrábico. Por intuição, auto defesa ou aconselhamento passou a dizer: eu não sou estrábico, tenho os olhos tão bonitos que não conseguem estar sem olhar um para o outro.

Os bancos mandam ...

... e o PSD e o CDS  obedecem, como mais uma vez acontece nas propostas para os empréstimos à habitação. Para os bancos tudo.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Avante com a festa

Abre hoje a maior festa cultural e política portuguesa.

Passos, Gaspar e Portas são responsáveis

Afinal, a situação internacional tem pouco a ver com o mau desempenho da economia portuguesa, na qual se pretende esconder o governo, que piora todos os dias pela negativa política governamental.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

A teoria dos consensos

Muito se tem falado em consensos entre os partidos da chamada tróika, PS, PSD e CDS, dois no governo e o outro que negociou, aprovou e assinou o memorando que arrasta o país para a desgraça. Ouvindo esta insistência, recordei-me de uma frase de Tony Judt, no seu «Um tratado sobre os nossos actuais descontentamentos», publicado em 2010, uma análise à crise que começou em 2008: «Uma democracia de consensos permanentes, não continuará a ser democracia por muito tempo».

A coligação governamental ...

... está a funcionar, o que quer dizer que há problemas entre os partidos que a formam.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Jef Geys na Culturgest

Sombras de Lisboa é o título da exposição de Jef Geys na Culturgest em Lisboa, visita que não recomendo.
Portal da Igreja de S. João Batista, em Moura,
com sombra projectada da antiga torre do relógio, recentemente recuperada.

O PS não gostou

Aqui está uma notícia que não agradou nada ao PS.

O que Passos e Gaspar sabem

Os bancos não emprestam às PME porque estas, face às políticas governamentais, estão com menos encomendas e projectos. Não será isto óbvio?

Passos, não lhes faças a vontade

Diz a tróika, e quem somos nós para desmentir, que o memorando de ajustamento é do Governo e não deles. Aliás, Passos Coelho disse mesmo que o assumia por inteiro e fazia dele o seu programa, com os resultados conhecidos para o País. Sendo assim, o memorando é nacional, do PS, do PSD e do CDS, que o aprovaram e subscreveram. Como o que é nacional é bom, Passos se a tróika quiser corrigir alguns aspectos, como seja baixar os juros elevadíssimos que nos cobram, não lhes faças a vontade, leva isto mesmo até ao fundo.

sábado, 1 de setembro de 2012

Portas e Passos a caminho de eleições?

Face aos esperados resultados do défice, em face da política desastrosa do governo, confirmados pela unidade técnica da Assembleia da República e a inflexibilidade que se espera da tróika nesta quinta avaliação, e aos evidentes sinais de desgaste no PSD, veja-se as declarações de Paulo Rangel e da ministra da justiça, e na coligação, como são sinais as afirmações de Portas, parece-me evidente que a saída será a convocação de novas eleições. 

Bom fim-de-semana