domingo, 30 de setembro de 2007

PSD e os barões

Os barões são isso mesmo barões, gente que pretende mandar através de algum lacaio. Por isso se percebe o seu desencanto com a vitória de Menezes, como foi visível no espaço de opinião imparcial a tender para o lado de Mendes de Marcelo Rebelo de Sousa no canal público (onde aliás amanhã vai perorar António Vitorino, como se sabe outro imparcial socialista). O PSD está tão mal que permite a subida ao poder de Menezes é a leitura que fica de um grupo de barões que, cansados e responsáveis pelo estado do PSD, ainda não perceberam que se afastaram das bases do partido. Estão todas a comer à conta da história. E pensavam que contavam.

sábado, 29 de setembro de 2007

Benfica

A caminho da liga dos campeões, passando pela terceira eliminatória.

PSD e Menezes

Quando Cavaco, o Silva, ganhou o Congresso na Figueira também veio destabilizar o PSD. Os barões também não gostaram do «homem do povo» que subia ao poder que era deles. Um pouco como acontece agora com Luís Filipe Menezes. As elites detestam quando alguém vindo de fora lhes toma o lugar. Os barões sociais-democratas deixaram-se dormir à mesa do serviço de Sócrates e distrairam-se (?) com o partido que, cansado, elegeu outro «homem do povo». O «povo», mesmo no PSD, é em maior número que os barões. A questão é saber se este partido ainda serve para alguma coisa ou com novas figuras vai ocupar o espaço ao centro deixado pelo PS que virou completamente à direita. Uma experiência governativa pode ser má para o País. Mas a de hoje está a ser boa? Para o grupo que discute à mesa de Cavaco Silva os efeitos da globalização parece que sim. Este também já passou a barão e deixou de ser o «homem do povo».

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Economia

Quando há três anos começou a segunda Guerra do Golfo, o barril de petróleo andava na casa dos 30 dólares. Com a invasão americana e inglesa, naturalmente, a especulação levou o preço para cima até atingir o nível dos 70. A guerra acabou há dois anos e nestes últimos os tumultos resumem-se à morte de iraquianos (que como se sabe deles não se retira petróleo) nas cidades, porque os poços estão bem guardados e em exploração. O perigo iraniano também morreu. Os países da OPEP aumentaram a produção. As reservas americanas subiram. E os preços do barril também, porque os especualdores assim o desejam. No fundo estão a fazer o trabalho deles, porque de outra forma para que serviriam? E nós pagamos.

Silva

Cavaco Silva, depois de se reunir com os empresários para discutir os efeitos da globalização, segundo fonte do Palácio de Belém, vai encontrar-se em outras tantas sessões com os sindicatos, com os trabalhadores, com os reformados, com os desempregados, com a população para lá das cerimónias balofas de apregoar a caridade. Definitivamente não é o meu presidente, nem sinto que seja o Presidente da República. Lamento é que nas próximas eleições não possamos corrigir o erro tal a simbiose política e de interesses entre Silva e Pinto de Sousa (vulgarmente conhecido como José Sócrates). Dignos representantes do melhor neoliberalismo.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Mourinho II

Santana Lopes tem razão: não se interrompe uma entrevista para dar um directo de um cidadão que vem a chegar para dizer que vai descansar e depois partir. Santana mostrou dignidade e perspicácia política. Soube escolher o momento para regressar. E só tem a ganhar tão triste está a situação no PSD. Que tenderá a acabar e ele, Santana, há muito que disse fazer falta outro partido nesta área política. Sobre o «caso» Mourinho releva só a situação do País e nunca é demais assinalar o escandalo do serviço público que abre o Telejornal com o resultado de um jogo de futebol e gasta dinheiro em enviados especiais para nada fazerem. Neste capítulo, dos enviados, quanto a televisão pública gastou com os casos Maddie e Mourinho? A crise não chega aqui ou estes assuntos interessam ao governo?

sábado, 22 de setembro de 2007

Mourinho

Deixemo-nos de conversas à moda portuguesa: a saída de Mourinho do Chelsea é um falhanço no seu percurso de treinador e as suas atitudes posteriores só servem para disfarçar os desaires alcançados, sem que esteja em causa a sua qualidade. Senão vejamos: pela terceira vez (contando com a episódica pasagem pelo Benfica) sai de um clube em litigio com os dirigentes; pela primeira vez o excelso condutor e lider de homens (como era apelidado) sai deixando metade, pelo menos, contra ele, apesar de os ter exolhido todos a dedo; não ganhou nada nas competições europeias na sua passagem pelo clube, apesar de o ter prometido; o campeonato dete ano estava a correr demasiado mal. Agora, percebo certas leituras e bloguers em transformar o episódio da sua saída em glória, com os ingleses a elogiarem um português, quando há bem pouco tempo zurziam em todos os portugueses, particularmente na polícia, por causa do caso Maddie. Mourinho venceu finalmente a mais antiga aliança do Mundo. Quanto so fair play do treinador, recordem-se de uma altura em que José António Camacho respondeu: quem sou eu para criticar um treinador campeão do mundo. Lembram-se quem lançou as pedras? Em Portugal é de bom tom estar ao lado dos ricos!

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Tecnológico

Gostei de ver a cara de felicidade do Primeiro Ministro sobre a inegável entrada no topo dos governos digitais na Europa. À nossa frente só os austriacos e os malteses. Todo o resto está a atrás de nós (é bem feita para não se entreterem a preparar o desenvolvimento, a redestribuir a riqueza, a acabar com o desemprego, entre outras miudezas). Nós por cá, chegámos ao paraíso da tecnologia. As escolas são frias e húmidas, mas os alunos têm portáteis, Os professores são os responsáveis pela má qualidade do ensino, mas agora têm portáteis. E, se algum dia nos chegar a fome, sempre podemos reclamar digitalmente e sermos reconfortados digitalmente. E assim ficaremos no mundo perfeito, segundo Sócrates.

Scolari, Mourinho e outros

Portugal é um País assim. A sessão parlamentar vai reabrir para alterar legislação vetada pelo Presidente da República e a grande notícia, com destaque de entrevista na televisão pública, é o selecionador nacional que falhou um murro no atleta sérvio (se tivesse sido a um outro qualquer europeu seria muito mais grave). O governo prepara novo orçamento, a alteração à lei eleitoral para as autarquias (estranho o silêncio de quase todos os autarcas), entre outras medidas e o grande destaque é a saída de Mourinho do Chelsea, com direito a enviado público para uma intervenção nocturna que poderia ser lida de qualquer ponto do mundo. Ninguem se incomoda com este estado de coisas?

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Gestos e coisas simples

Com poucos gestos e uma atitude que lembra coisas simples (e muito trabalho, engenho, estratégia e capacidade negocial), começaram as obras da fábrica de montagem de paineis fotovoltaicos em Moura, associada de um projecto de energias renováveis que compreende um pólo tecnológico e a maior central do mundo a instalar na Amareleja. Pelo muito trabalho da Câmara Municipal, num percurso de seis anos do seu Presidente. Merece o destaque e a homenagem, numa altura em que é justo lembrar que os velhos do Restelo ficará em terra quando se empreenderam outros projectos que construíram futuro.

Maddie

Já ninguem fala de maddie. O seu desaparecimento passou a ser questão de Estado. E ponto final do assunto. isto só vem demonstrar que mais mal fez a Portugal a mais amtiga aliança do Mundo que a fugaz invasão francesa. Ainda hoje nos levam à perna.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

chinesices

Nogueira Pinto é uma mulher de direita, pelo que em nada me espanta as declarações que proferiu sobre o comércio desenvolvido pela comunidade chinesa. Gostaria era de conhecer a opinião do Presidente da Câmara de Lisboa que a convidou para gerir o projecto. Será que a dita esquerda de Costa unem-se à direita de Pinto nas declarações xenófobas? Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és!Já agora: porque será que os autores de blogs apoiantes de Costa só criticam a Pinto?

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Dalai Lama

Acreditava que os comícios e as cerimónias religiosas eram de entrada livre. Quanto muito no final surgia o sempre indesejado peditório a que se procurava fugir com ar sério. Assim não acontece com Tenzin Gyatso, O XIV Dalai Lama, que na visita a Portugal aproveita para participar numas sessões pagas. O espírito é importante mas sem dinheiro não há alma que se aguente. Ou será uma nova versão do capitalismo religioso?

sábado, 8 de setembro de 2007

Mais um frete ao Governo

A direcção de informação da RTP está de parabens pela boa gestão de imagem do Governo e do PS. Como à esquerda o único partido capaz de causar problemas é o PCP, por dois dias seguidos o Telejornal resolveu não apresentar qualquer peça sobre a Festa do Avante. No de hoje, chegou-se ao cúmulo de ter sido interrompida, por lhe terem retirado o som, sem qualquer justificação e sem tentativa de voltar ao tema. Vergonhoso, porque as políticas do Governo são as principais críticas do PCP, como se sabe. (A seguir grande espaço para os dóceis bloquistas e o ternurento acordo para a Câmara de Lisboa. Como diz um amigo: o presidente da Câmara de Lisboa desapareceu ou está escondido do caos da segurança interna que deixou para trás? Onde pára o rigor?) Na verdade, ainda bem que não passaram para não se encherem de mais ridículo, porque na entrada da peça com tanta «festa» o destaque era para as supostas reacções ao livro de Zita Seabra, como se sabe um êxito nacional na saga anticomunista e anti-PCP. Assim vai o serviço público neste Portugal assim.

Hipocrisia e território

As posições em torno da província Sérvia do Kosovo pode representar um passo em falso na União Europeia. A sua independência faz tanto sentido como a do País Basco (Espanha e França), Catalunha (Espanha), Córsega (França) e em Itália, nos seus poucos mais de 100 anos já se fala da divisão. A União Europeia devia olhar para dentro e continuar a defender a soberania dos Estados, como princípio fundador da Europa, e não persistir na lógica americana de retalho do mundo. Há anos, a Europa traçou a régua e esquadro territórios em África com tristes resultados conhecidos. Não devia persistir no erro.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Novela

A triste novela em torno da infeliz criança inglesa continua a motivar notícias e manifestações de populares. O caso ainda conhecerá desenvolvimentos que irão causar alguns arrependimentos (é bom lembrar que os pais foram recebidos pelo Papa e diversos governantes tiveram palavras sobre o assunto). Não me espanta que o Presidente da República venha a abordar também a questão como se fosse essencial e fundamental para o País. Continuamos a esquecer que todos os dias há crianças, vítimas anónimas das maiores violências e da escassez de recursos. Portugueses que vivem pessimamente, sem esperança de futuro. Os olhos dos nossos responsáveis estão agora preocupados com os casos de sucesso. Quando no aproximarmos de um acto eleitoral será o tempo de olhar e visitar os pobrezinhos. Sempre são em maior número que os ricos e poderosos. Só mandam mais no momento do voto.

Vergonhoso

Vergonhosa é o mínimo que se pode classificar a abordagem feita pelo Telejornal da RTP sobre a abertura da Festa do Avante. Com um espantado Rodrigues dos Santos, surpreendido por um directo fora do alinhamento, a falar com o reporter ao modo de «conta o que se passa ai», os responsáveis pela informação pública prestam um mau serviço ao País, à democracia, ao jornalismo, mas em compensação estão a desenvolver um trabalho correcto e profissional de assessores do Governo e do PS. Onde pára o Provedor?

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Moura em destaque

Através do almocrevedaspetas.blospot.com descobri o catálogo da in-libris.pt, uma livraria do Porto, onde, entre várias raridades e obras diversas se encontra um livro sobre Moura. Vale a pena consultar e verificar que o trabalho autárquico apresenta qualidade e que Moura não está muito longe.

sábado, 1 de setembro de 2007

Barrancos

Passados muitos anos voltei a Barrancos para as Festas em Honra de Nossa Senhora da Conceição. Ou como os barranquenhos a chamam a Feira simplesmente. E foi bom constatar que depois do atropelo dos «muitos amigos» que se sentaram à mesa da luta pela manutenção dos touros de morte, estes fugiram para outors lugares com câmaras e jornalistas, e feira voltou a ser para os barranquenhos e os seus amigos. Os barranquenhos, apercebi-me, refletem agora sobre todo este processo e a forma de continuar, melhorando esta actividade tradiconal. Vale a pena seguir este caminho. Por último, parabens a António Tereno, presidente da Câmara, que soube liderar todo este processo com inteligência e na defesa dos reais interesses de Barrancos.