domingo, 28 de novembro de 2010
Os mercados, esses malandros
Não percebo porque razão os mercados não se atiram aos USA que têm uma dívida pública astronómica? Mais se as trocas comerciais deixassem de ser em dólares (como estava a concretizar Saddam Hussein) aquele País ia abaixo. Claro que não vão, porque os mercados são, basicamente, os americanos e o interesse é acabar com o euro. Não entendo como é que a União Europeia alinha nesta estratégia. Tenho para mim que a Alemanha e a França estão fartos da moeda única.
PCP defende aeroporto de Beja
Aqui está uma posição correcta e que não cai na tentação do mero oportunismo político como acontece frequentemente. É também por isso que o PCP é diferente dos outros.
sábado, 27 de novembro de 2010
Questões de futebol
Hoje, sem assistir pela televisão, vou torcer pelo Sporting, pelas razões de sempre, principalmente por não gostar do Porto e porque assim o campeonato fica mais animado, o qu eé melhor para o desastre do meu Benfica. Segunda-feira já tenho mesa marcada para assistir ao Barcelona-Real Madrid.
Adenda: intriga-me a centralização do discurso em torno da recepção ao João Moutinho, como não acredito que as bolas de golfe no dragão vão com os espectadores. Para mim são colocadas antecipadamente ...
Questões que se devem colocar
Se a greve geral não foi um momento político importante, porque razão os comentadores do regime perdem tempo a desvalorizá-la?
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Saramago na Feira do Livro em Grândola
A Feira do Livro em Grândola, que começa amanhã 26 e termina no dia 8 de Dezembro, destaca o escritor José Saramago, falecido este ano, com um programa de que se regista a qualidade e a preocupação em representar a transversalidade da obra do nobel português. A homenagem ao mais reconhecido escritor português surgiu de uma proposta apresentada pelos vereadores da CDU na Câmara de Grândola, logo após o seu falecimento, que propuseram também a atribuição do seu nome a uma rua da vila morena.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Michel Giacometti
A «Filmografia completa de Michel Giacometti» chegou esta semana, segunda-feira, ao grande público através do Público e assim vai continuar durante uma semanas, numa edição daquele jornal, da RTP e da Tradisom, com coordenação do antropólogo Paulo Lima.
A colecção trouxe-me à memória três encontros de um conjunto de vezes que me cruzei com Michel Giacometti. Uma primeira vez, em Moura, princípio da década de 80, quando solicitou apoio à Câmara para fazer recolha junto dos grupos corais concelhios. Acompanhei-o a Santo Aleixo da Restauração, onde o grupo local tinha um ensaio agendado para a sociedade. Quando chegámos não estava ninguém. Descemos a Rua da Igreja e no Café Pita encontrámos a maioria do grupo, a cantar em volta de petisco e de vinho. O ensaio ficou por ali. A segunda vez, começavam os anos 90, encontrava-me a trabalhar no «Diário do Alentejo», no primeiro andar do edifício da Praça da República , quando a porta da redacção se abriu e surgiu a figura do etnólogo nascido corso e afirmado português. Para minha surpresa, passados quase dez anos do primeiro encontro, Michel dirigiu-se a mim e cumprimentou-me, tratando-me pelo nome, com a sua habitual simplicidade. Depois disso cruzámo-nos mais algumas vezes. O último encontro tem como cenário a Casa do Povo de Peroguarda, na localidade onde escolheu beijar a terra, a sala à pinha, o caixão no centro e o grupo coral a entoar «O menino», canção de Natal que havia registado anos antes. Do seu trabalho fica agora a divulgação e a homenagem mais que merecida. Para mim guardo a imagem do Homem bom, como se diz no Alentejo, e do cidadão empenhado.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Para os pobres, mercado
Com a recente decisão da Irlanda de recorrer à ajuda externa para salvar os bancos, ficam mais claras as palavras de Atilio A. Boron, sociólogo argentino, na edição de Novembro do Courrier internacional: «Ao contrário do que se verificou em relação aos grandes oligopólios, o 'salvamento' dos pobres fica nas mãos do mercado. Para os ricos, há o Estado; os pobres terão de se governar com o mercado. E se o Estado aparece, é para reprimir ou desorganizar os protestos sociais. Alguém disse uma vez que as crises ensinam. Tinha razão.» E eu espero que se aprenda a lição e recomenda a leitura de todo o artigo de opinião.
domingo, 21 de novembro de 2010
Portugueses nas Caimão
O Expresso referia na última página do corpo principal que «Portugueses colocaram 1,6% do PIB nas Caimão num ano». De imediato, telefonei ao meu corrector para averiguar se estaria entre aqueles «portugueses», ao que ele esclareceu que não uma vez que os meus lucros não chegavam para tanto. Em 2009, ano de crise, os tais portugueses colocaram só naquele paraíso fiscal €2600 milhões, uma ninharia que todos nós, directamente e através do Estado, pagámos. Parece-me a mim que, tirando alguns negócios ligados a actividades ilegais, seria muito fácil encontrar os «portugueses» que se alimentam daquele e de todos os outros paraísos fiscais, fugindo ao pagamento de impostos, porque devem caber em pouco mais que os dedos de duas mãos. Aliás, devem ser todos aqueles que mais vão beneficiar com o pagamento antecipado de dividendos que as empresas portuguesas (PT e Jerónimo Martins já anunciados) vão fazer em 2010 para escapar a maior tributação em 2011. É, aliás, um bom exemplo e um forte empenhamento das empresas e dos empresários na resolução da sua crise ou seja do aumento da sua riqueza. Detendo o Estado a chamada golden share na PT porque não a utiliza para evitar esta fuga de capital? Fico com a ideia que alguns membros do governo e muitos amigos deles vão ganhar com isso e estão no tal grupo de «portugueses».
sábado, 20 de novembro de 2010
Feira em Melides
Termina amanhã a tradicional Feira de Melides. O tempo está bom e a certame tem muito para oferecer que justifique uma visita ao litoral do concelho de Grândola. Passe também pela praia de Melides que dispõe de um conjunto de bares e restaurantes renovados.
Teatro em Moura: O capitalista, o guia e o carregador
A esta hora, o Teatro Fórum de Moura apresenta no Centro Recreativo Amadores de Música «Os Leões» uma sua nova produção chamada «O capitalista, o guia e o carregador», um tema bastante actual. Depois de duas sessões, a 18 (a que tive o prazer de assistir) e a 19, segue-se esta e uma digressão pelo concelho e região.
A cimeira da NATO
Como é conhecido as cimeiras servem basicamente para o espectáculo, porque aqui chegados as diversas diplomacias já trabalharam e acordaram todos os temas que vão estar em cima da mesa. Neste tipo de encontros não há surpresas e os principais responsáveis limitam-se a assinar os documentos a que já deram o seu acordo, a estabelecer contactos e a afirmar os princípios que subscreveram. Só assim se percebe, por não haver mais que dizer, a parolice da nossa comunicação social televisiva e os intermináveis directos sobre coisa nenhuma e os passos que, principalmente, o presidente da USA dá, ao género de «o avião aterrou às 10,47». Importante, mas melhor seria de tivesse aterrado às 10,46, aí sim seria uma autêntico espectáculo e um estrondoso sucesso da cimeira.
Paulo Barriga no DA
O Paulo Barriga vai ser o próximo director do Diário do Alentejo. Ao meu amigo de longa data, companheiro de andanças e de escritas, camarada de muitas cumplicidades, jornalista de grandes capacidades desejo a maior sorte do mundo. Vai precisar. A tarefa não me parece fácil. Se conseguir desenvolver a sua actividade, sem grandes atropelos, será bom, principalmente, para o jornal e para a região. E uma homenagem a quem fundou o DA e o conseguiu elevar a um lugar de prestígio. Estamos a precisar.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Amper Central Solar
Numa altura em que decorre o Sustentar é sempre de relevar a atribuição de um prémio que resulta do investimento do projecto de energias renováveis conduzido pela Câmara de Moura.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
As manhãs, deliciosas manhãs...
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
O FMI já cá está
Julgo que a ninguém restará grandes dúvidas que, após o acordo entre o Governo e Catroga garantindo uma confortável maioria para assegurar o Orçamento de Estado dos banqueiros, o FMI entrou claramente na condução da política portuguesa. Até às eleições presidenciais e enquanto não elegerem o candidato da crise, vai continuar a ladainha do vai entrar, ainda não entra, é inevitável a entrada, Portugal é diferente da Irlanda e da Grécia, está eminente a entrada. Só para empatar tempo e não perturbar a campanha das presidenciais. É preciso dizer que existem outras soluções e outros caminhos. É necessário para isso quebrar barreiras e abrir portas.
domingo, 14 de novembro de 2010
sábado, 13 de novembro de 2010
O chamado governo de unidade nacional
Desde o tempo de Cavaco Silva como Primeiro-Ministro que existem governos de unidade nacional ao nível das políticas. Com o resultado que se vê e a que Portugal chegou. Repetir as mesmas soluções não me parece sinal de inteligência e clarividência. Já agora Eduardo Pitta, se a agricultura vai para a economia e a cultura e o ambiente ficam ao nível de secretaria de Estado, porque razão se mantém o Ministério da Ciência e Ensino Superior? Mais do mesmo para que tudo fique na mesma.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Para enfurecer de vez os «mercados» ...
... seria interessante que o serviço público de rádio e televisão dessem a conhecer aos portugueses, e aos «mercados» já agora, as soluções e as propostas dos outros partidos, particularmente do PCP e do Bloco, para melhorar o mau Orçamento de Estado elaborado pelo Governo e Catroga. Utilizando o refrão de um conhecido deputado brasileiro: pior para os portugueses não ficava.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Dorme, dorme, cidade... de Pedro Tamen
Dorme, dorme, Cidade ...
Vê a noite, cheiram as glicínias,
entra pelos quartos se os há,
no intervalo das telhas,
a certeza de que amanhã.
Um dia, sim, oito vezes,
vinte vezes um dia. Ouves?
Entendes! Afinal,
talvez nem valha a pena,
talvez não nasça nada
se entenderes. Dorme,
dorme, dorme, Cidade ...
Poema para todos os dias, Retábulo das Matérias, Pedro Tamen
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Opções de estacionamento
Existindo no local muita disponibilidade, interrogo-me da razão deste automobilista escolher a curva para estacionar e também das forças de segurança não agirem perante a situação. Estava lá ontem, quando a fotografia foi tirada, e hoje também. Estarão à espera que suceda algum acidente?
domingo, 7 de novembro de 2010
Os números da manifestação
Sem querer entrar na «guerra» dos números da manifestação, haverá alguém que acredite no rigor deste modelo científico protagonizado pelo norte-americano Steve Doig?
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Doris Lessing
(...)«A morte de Phyllis deixara uma ausência que lhes lembrava continuamente que algumas pessoas são muito mais do que a soma das suas partes. A sua influência fora enorme, naquele prédio e para além dele», in As Avós e outras histórias, Editorial Presença. Conheço algumas pessoas que reúnem aquelas características e aconselho vivamente o livro da Prémio Nobel de 2007.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Elvis Costello
Através do Vítor Dias tomei conhecimento deste muito recomendável novo álbum de Elvis Costello, um autor que consta entre os preferidos cá da casa. Passem por lá porque é bom e recomenda-se.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Feira do chocolate em Grândola
Começa quinta-feira mais uma edição da Feira do Chocolate. Estou com interesse em ver o espectáculo dos Virgem Suta. E, naturalmente, consumir chocolate.
O arco do poder
Se o País está como está, justiça seja feita, isso deve-se aos chamados partidos do arco do poder. Nesse caso, qualquer solução viável e diferente passará por outros partidos e opções políticas e nunca pela mesma receita.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
O acordo e a aprovação do OE não serviam para acalmar os mercados?
É o que dá andarem para aí a dizerem que o Orçamento de Estado apresentado pela firma Sócrates e Teixeira e apoiado pelo Passos é mau.
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