segunda-feira, 30 de março de 2009

A velha cassete socialista

Os dirigentes socialistas, certamente à falta de melhores argumentos, estão a ressuscitar a velha cassete socialista contra o PCP e as Câmaras dirigidas por eleitos da CDU, utilizando argumentos que, sinceramente, julgava afastados do discurso, mesmo que comicieiro, de pessoas com responsabilidades governativas. Membros do governo, no caso Vieira da Silva (um dos principais responsáveis pelo emprego e logo pelo desemprego em Portugal) e Mário Lino (do célebre Alcochete jamais e nenhuma obra para mostrar em quatro anos) dizerem o que disseram na recente Convenção Autárquica de Setúbal do PS é do domínio do risível e só lhes tolda mais a má imagem que deles Portugal já tem. Veja-se o primor de algumas frases:“os comunistas têm uma visão contra o progresso, estreita, curta e rasteira”, responsável pela construção de “uma trincheira de atraso” e “nos concelhos do PCP não há qualidade de vida”. Como é que membros do governo podem afirmar semelhante? Exemplos há no País (a Câmara CDU de Moura soube liderar um projecto em torno das energias renováveis que significou um investimentos superior a 250 milhões de euros e a criação de mais de 100 postos de trabalho) que os desmentem.
E mais:Teresa Almeida, aproveitou para lançar o desafio à autarquia sadina para “divulgar os documentos sobre a revisão do plano director municipal, para que a participação seja efectiva”. A arquitecta não quer que “aconteça o mesmo que aconteceu com o Polis”. Aqui percebe-se o embaraço porque a ex-vereadora socialista em Setúbal e a ex-governadora civil do distrito é capaz de não perceber a relutância de alguns camaradas seus à sua candidatura porque a responsabilizam por um conjunto de decisões que lançaram o caos na cidade do Sado no tempo da presidência de Mata Cáceres (16 anos, interrompidos há oito). Mas o mais incrível é: Vieira da Silva, ministro do Trabalho, considera mesmo que “o presidente da câmara de Sines foi empurrado por estar de acordo com as políticas do governo”, donde se depreenderá facilmente que naquele concelho se passou a viver com qualidade e está, só por isso e esquecendo todos os anos de liderança comunista desde o 25 de Abril de 1974, na senda do progresso. Tristeza.

Festival do Sol

A edição «a sério» do Festival do Sol, promovido pela Câmara Municipal de Moura, entre 21 e 31 de Março, foi um sucesso, qualquer que seja o prisma de análise. Sem prejuízo de outros balanços, deixo aqui algumas imagens da minha menina dos olhos, o Concurso de Homens Estátua.
O projecto vencedor...... os dois projectos do concelho




domingo, 29 de março de 2009

Não tem jeito para Calimero

Numa mesa de amigos dizia o Santiago que um dos principais defeitos (e tem muitos) do nosso primeiro era não ter capacidade para se rir de si próprio, a que acrescento em linguagem vernacular ser muito próximo de uma bota da tropa. E acrescentou a Céu que também lhe faltava (a ele e à Lurdes Rodrigues, por defeito profissional a sua inimiga de estimação do governo) qualquer aptidão para uma postura tipo Calimero, a inconfundível personagem de banda desenhada. A capacidade de nos rirmos de nós próprios, atitude que nos permite crescer e melhorar (o que é evidente não ter acontecido com José Sócrates), releva também para a assumpção dos erros e das decisões menos conseguidas. Sócrates é o contrário, tudo é culpa dos outros (dos anteriores governos que aumentaram o deficit e só por acaso a eles também pertenceu), de uma qualquer entidade exterior (dos financeiros e especuladores internacionais que criaram a crise internacional que afecta Portugal), de cabalas (designadamente sobre a forma como conseguiu a licenciatura, acto que revela muito da sua idoneidade), ou de campanhas negras (de que resulta o mediático caso freeport). Nada é da sua responsabilidade. Tudo é parte da sua teoria da vítima, a estratégia política que tem vindo a conduzir para este fim de mandato.



A imagem serve só para mostrar a imagem de banda desenhada aos mais novos

Dias grandes

Está de bruxas a pentear-se como recordo a minha mãe dizer sobre dias de sol e chuva em simultâneo. É o primeiro dia grande depois da noite mais curta da mudança de hora. E como gosto de dias grandes, particularmente daqueles de muito calor com a temperatura a baixar ligeiramente na entrada da tarde, numa qualquer esplanada, em Moura de preferência. Onde algumas coisas fazem muito sentido.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Corte de cabelo

Não fui cliente de cabeleireiros (que me perdoem alguns barbeiros que se auto-denominam de cabeleireiros e já me cortaram o cabelo. Fica bem referir meia dúzia de escapadas a cabeleireiras) e sempre preferi utilizar os serviços de honestos barbeiros, escolhendo os estabelecimentos mais antigos em detrimento dos supostamente modernizados. Neste mês do Dia do Pai, fui pela primeira vez com o meu filho ao barbeiro fazer o corte, antes sempre entregue aos cuidados maternos. Mestre Eduardo é o meu barbeiro (com algumas «traições» ditadas pela voragem do tempo e da distância) desde 1995, ano em que aportei com a família a Grândola. Apesar da reforma faz uma gestão criteriosa do seu estabelecimento, nove metros quadrados bem cuidados, e dos clientes, sem grandes cedências ou cunhas à lista de atendimentos para lá da capacidade que permitem os anos e o físico. A barbearia tem a decoração tradicional que se espera de um espaço com tempo e respiração, onde não faltam os inevitáveis calendários de mulheres nuas e aqueles produtos que deixaram há muito de merecer publicidade. O atendimento continua eficaz. Mestre Eduardo é natural de Beja, de onde saiu há mais de 50 anos para ir trabalhar para Lisboa. Parou em Grândola, arranjou trabalho numa barbearia e nunca mais saiu. Foi músico da Música Velha e é adepto do Benfica.


domingo, 22 de março de 2009

A inocência de Maio

"Estes textos tinham sido previamente aprovados em reunião da Administração da RTP com as direcções de Programas e de Marketing da RDP, que serviu para definir os contornos da nova campanha de promoção da Antena 1. Mereciam-me, por isso, toda a confiança, nunca me tendo então perpassado pela ideia as interpretações que agora lhe são atribuídas", disse Eduarda Maio em nota enviada ao Público para explicar a sua participação no polémico anúncio que criticava as manifestações. Tamanha inocência até espanta e fica claro o comprometimento da direcção da rádio e televisão públicas.

Provedor da Justiça

O PS e o PSD prestaram um mau serviço à democracia portuguesa com o arrastamento de todo o processo de eleição do novo Provedor de Justiça. Não sei, mas desconfio que Jorge Miranda não fazia do primeiro pacote apresentado pelo PS ao PSD e foi tão só um coelho retirado da cartola depois de tanto arrastamento. Parece mais um exercício de chico esperto da entourage socialista. Ou então o pessoal social-democrata está mesmo com poeira nos olhos.

sábado, 21 de março de 2009

A manifestação dos 200 mil

Não deixa de ser interessante esta ideia de Pacheco Pereira.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Publicidade da antena um

O polémico anúncio da antena um já mereceu o comentário do chefe da comunicação pública. Num claro desprendimento e apego às liberdades, o ministro Santos Silva declarou que não comenta questões editoriais. Está certo, pois foi o militante socialista Augusto Silva que solicitou um pedido de desculpas à RTP por ter feito um anúncio de promoção da sua entrevista com vozes fora de contexto. Coerência acima de tudo sobre critérios editoriais. Entretanto, a dita já foi retirada. O que vale é a independência de Eduarda Maio, biógrafa de Sócrates.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Autárquicas em Beja

A CDU em Beja já apresentou os primeiros cinco candidatos à Câmara e o cabeça de lista à Assembleia Municipal. Sem surpresa, Francisco Santos lidera a nova equipa como testemunho do bom trabalho que vem desenvolvendo. A surpresa será a inclusão de José Monge em quinto lugar. Não tenho qualquer relacionamento com a pessoa, posso mesmo dizer que a não conheço para lá dos currículos publicados, mas quero aqui salientar a honestidade pessoal e política de quem pertenceu e foi eleito por outro partido (liderou a concelhia socialista de Beja), está a trabalhar com a actual maioria e se dispôs a participar naquele lugar sabendo que não será eleito, mesmo que a votação da CDU suba muito.

Provedor do crédito

Se já existe um Provedor de Justiça, se já existe uma Direcção-Geral de Defesa do Consumidor, se já existe uma Entidade Reguladora da Concorrência, se já existe uma associação de defesa do consumidor com impacto, se já existe uma associação dos utilizadores de crédito, o que leva o Governo a criar um provedor do crédito em vez de reforçar os poderes e dar meios às entidades já existentes? Só pode ser mais uma acção de cosmética, destinada a beneficiar mais uns militantes socialistas e amigos, e a dar mais uma mão às instituições financeiras. Que já serão apoiadas através de medidas supostamente para apoiar as famílias com desempregados a quem o Estado vai pagar a prestação ao banco. Para isso não existem seguros? No Da Literatura um indefectível de Sócrates coloca uma pergunta pertinente.

domingo, 15 de março de 2009

A manifestação da CGTP e os números

A dimensão da manifestação pode medir-se pela indiferença que os membros do Governo pretendem fazer passar, preferindo discutir o acessório (algumas palavras de ordem) do essencial (a razão porque milhares de pessoas protestam na rua). E a discussão sobre os números surge sempre (desta vez a polícia não adiantou os seus. Efeitos de um protesto de polícias também agendado para breve?). De qualquer das formas será por volta de 200 mil. O Primeiro-Ministro levou «só» uma delegação de 130 pessoas na sua visita oficial a Cabo Verde. A única proximidade entre estes números é que a despesa de ambos foi paga pelos trabalhadores. Uma vez para a luta outra para o passeio.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Quem os viu e agora os vê

Tenho acompanhado desde há mais de cinco anos o processo do sistema de abastecimento de água em alta para o Alentejo. Desde o princípio o PCP sempre manteve a posição de que este serviço deve ser público, competência dos municípios, pelo que qualquer entidade criada deveria manter maioria de capital autárquico, desde logo empresas intermunicipais. Esta posição foi, desde sempre, criticada pelo PS que preferiam entregar o processo à empresa pública Águas de Portugal criando empresas multimunicipais para a gestão do sistema. As bases do «negócio» com as Águas de Portugal era desastroso para lá do propósito sempre anunciado pelo governo da privatização desta empresa. Na tese socialista aquela empresa era o modelo de gestão que mais interessava aos municípios e à população. Estranho que agora venho dizer que «os Autarcas Socialistas do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral estão descontentes com a “Águas de Portugal”. Em causa está a forma como a empresa tem vindo a orientar as negociações com vista à criação de um Sistema de Saneamento e Abastecimento de Água em Alta no Alentejo. O processo, que se arrasta há cerca de uma década, está a ser conduzido pela empresa Águas de Portugal há três anos. Tempo durante o qual – refere Carlos Beato, Porta-voz dos Autarcas Socialistas – nada está ainda resolvido com prejuízo evidente para as populações e para o Ambiente». O que se passou para tamanha reviravolta? Simplesmente incapacidade socialista, nas Câmaras e nas Águas de Portugal, para resolver o problema. O resto é conversa.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Imagens do meu País


A noite do leão

A Bola titulava que tinha havido «agitação na chegada do leão a Lisboa». Leão? Depois da prestação de ontem não será mais um gatinho? Reconheço, para tristeza de todos nós.

terça-feira, 10 de março de 2009

Coisas bonitas

AGADIR, MOROCCO - A beach run by Club Med, 1976
Martine Franck/Magnun Photos

O deputado Ameixa

Recordo-me do deputado socialista pelo distrito de Beja (que deveria defender os interesses de todos e não só dos socialistas) ter atacado o projecto de energias renováveis de Moura, o presidente e a Câmara de Moura, dizendo (cito de memória) que o nosso concelho estava a ser ultrapassado por todos os projectos, designadamente pelo de Ferreira, dada a intervenção municipal. Parece afinal que era mentira: o de Moura já está a funcionar em pleno e o de Ferreira só lá para o final do ano. E mais pequeno:

«A segunda maior central solar fotovoltaica em Portugal começa hoje a produzir, em Ferreira do Alentejo (Beja), devendo estar a funcionar em pleno até ao final deste ano, após um investimento de quase 50 milhões de euros. A central, com uma capacidade total instalada de 12 megawatts (MW), foi ontem ligada à rede eléctrica nacional e começa a produzir hoje de forma parcial e com os primeiros sete MW...», in JN

segunda-feira, 9 de março de 2009

A Primavera está a chegar em força


Imagens do meu país

Reparem na forma prática de concluir o trabalho de colocação do cabo. Eficaz.

Central solar de Amareleja

É justo aqui salientar o esforço em corresponder às expectativas e a promessa cumprida pela empresa AmperSolar quando a população de Amareleja por existir uma placa a anunciar que a central era de Moura. Na altura foi dito que em definitivo passaria para Central fotovoltaica de Amareleja, porque aquele era nome de projecto. Assim aconteceu como testemunha a fotografia abaixo. Também uma referência para a forma escolhida para lembrar o aeródromo, com a inclusão de uma fotografia da inauguração e a marcação geográfica da antiga pista. Não discuto as soluções arquitectónicas e de design, que a mim me parecem bem, e relevo o esforço da empresa em corresponder ao prometido. É por estas e por outras que o projecto levou o Presidente da Câmara de Moura a ser designado pela revista OneWorld.



Universidade sénior em Moura

A referência é tardia, tanto mais passa uma semana na inauguração das novas instalações da Universidade Sénior de Moura. De qualquer das formas aqui fica o registo de uma iniciativa meritória que agora dispõe de espaço próprio e em condições de receber o número crescente de alunos. A receptividade masculina é que é fraca.

domingo, 8 de março de 2009

Momentos de crise socráticos

Pela comunicação social sabe-se que Manuel Pinho, o homem da economia, fez uma viagem à Alemanha de Falcon que custou quase 20.000 €. Parece que a factura se perdeu e ainda não foi paga. Pequeno pormenor. Agora, o «querido líder» vai presentear os seus ministros, pelos menos nove deles, e sete secretários de Estado numa deslocação a Cabo Verde. Um verdadeiro exemplo de poupança, porque considerando todo o pessoal de apoio será com toda a certeza um avião cheio. Era interessante saber o custo total desta visita oficial.

Ao que se sujeita o PS em Grândola

«É muito simples. Eu decidi ser recandidato mesmo sem ouvir ninguém. Se o PS quiser continuar com este acordoque nós temos tudo bem, porque não sou chita que debote e serei o candidato do PS a esta vila morena com todo o gosto. Se por acaso o PS não viesse a querer manter o acordo que temos, eu seria recandidato como independente», Carlos Beato ao Diário do Sul. Um verdadeiro exemplo de auto-suficiência.

Dia Internacional da Mulher

É verdade já não deveria haver razão para o comemorar, mas há. E cada vez mais.

Moura orgulha-se

Mais do que uma festa, a iniciativa de homenagem a José Maria Prazeres Pós-de-Mina pelo sua acção determinante no projecto de energia renováveis em Moura foi um momento íntimo de todos quantos para lá das divergências políticas souberam reconhecer o mérito e a qualidade do homem e do autarca. A obra vai ficar a marcar o concelho de Moura e as suas palavras emocionadas na hora do discurso, em que não esqueceu os principais companheiros de primeira hora, frisaram a aparente utopia de um projecto que o tempo, muita luta e trabalho provou ser exequível e viável. Na acção política nem só a razão é válida, como em tudo na vida é necessário emoção.

quarta-feira, 4 de março de 2009

A rapariga da Pena

Visitei a aldeia de Pena, instalada num vale cavado da Serra de S. Macário, no concelho de S. Pedro do Sul, distrito de Viseu, no princípio da década de 90, quando por mero acaso deparei com a localidade lá no fundo e servida por uma estreita estrada de terra batida, com mais curvas que extensão. O carro ficou no cimo do monte, naturalmente. Revi agora a aldeia na reportagem de hoje na RTP sobre a única menina da aldeia da Pena. Um trabalho interessante. Na altura em que lá estive não havia crianças na aldeia, apesar dos habitantes serem 13 em vez dos oito actuais. Era mais difícil lá chegar e os contactos eram estabelecidos com uma aldeia ao fundo do vale, onde existia o cemitério que a aldeia não tinha e agora já tem. Contava-se mesmo que o morto tinha morto o vivo, porque no transporte aos ombros do caixão o homem da frente tropeçou e foi esmagado pela urna. Este episódio não apareceu agora, mas o trabalho jornalístico vem demonstrar o quanto o interior está abandonado. O tempo e as políticas não perdoam.

terça-feira, 3 de março de 2009

Como Pilatos

«O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, lamentou hoje “os lapsos” do Código de Trabalho, mas rejeitou responsabilidades no processo e criticou a oposição por não chegarem a acordo sobre a forma de resolver o vazio legal na lei.» A oposição e a Assembleia é que têm culpa de uma lei por si produzida? Parece-me que anda tudo à deriva enjoados com o brilho do «querido líder». Já agora para os juristas: poderá uma lei já publicada ser alterada por uma simples rectificação?

O SIS não investigou

A comissão de fiscalização do SIS não encontrou indícios ou provas de acções de fiscalização dos procuradores e investigadores envolvidos no caso Freeport. O que só prova a verdadeira eficácia dos nossos serviços secretos.

O Congresso do PS visto pelos socialistas

«Sócrates 2009

O superficial culto da imagem ajudou ao regresso do mais pesado culto da personalidade. Ver os senadores úteis do PS a aplaudir esse rumo de um partido que deveria ser mais institucional faz pena. Mas bem vistas as coisas é bem modesto aquele objectivo de Sócrates 2009.»
José Medeiros Ferreira, no bicho carpinteiro.

Escrita que gosto

Crime e castigo

Noticia o JN que está marcado para o dia 20 de Abril, no Tribunal da Maia, o julgamento de um homem que, em 2007, terá arrombado um galinheiro e furtado duas galinhas no valor de 50 euros.
A Justiça tarda, mas chega. O criminoso andou mal e merece justa punição, quer pela mediocridade de fins quer pela ruralidade de meios. Gente como ele, que pilha galinhas em vez de fundar um banco e pilhar as contas dos depositantes, ou como aquela septuagenária que não pagou uma pasta de dentes num supermercado em vez de pedir uns milhões à Caixa, comprar o supermercado na bolsa e igualmente não o pagar, vendendo-o depois à Caixa através de um "offshore" pelo dobro do preço (ou vendendo-lho mesmo antes de o ter comprado), não tem lugar no Portugal moderno e empreendedor. Ainda por cima, deixou-se apanhar. Se calhar, até confessou, em vez de invocar lapsos de memória. E aposto que nem se lembrou de se divorciar antes de ser preso, pondo os 50 euros a salvo na partilha de bens. Não queria estar na pele do seu advogado, não há Código de Processo Penal que valha a um caso destes. É condenação mais que certa.
Manuel António Pina, no JN

Moura orgulha-se

Haverá sempre lugar para mais um ou para umas dezenas, mas nesta altura posso dizer que Moura orgulha-se do sucesso da iniciativa desencadeada por um conjunto de mourenses para merecidamente, reconheço que sou suspeito, homenagear José Maria Prazeres Pós-de-Mina pela sua nomeação para a lista da One World. O jantar é na próxima sexta-feira, pelas 20 horas, no Celeiro. Quem fica de fora é que perde, com toda a certeza.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Off-Shores

A recente conclusão da União Europeia reunida em cimeira informal (soube-se que não foi formal porque o nosso primeiro ía faltar e assim se dava também um argumento à Ferreira Leite para meter mais água), transmitida pela boca do representante português Teixeira dos Santos, sobre os malefícios dos «Off-Shores», adiantando que o mundo estaria bem melhor sem eles, recordou-me o episódio do cidadão que é apanhado pela GNR que lhe pergunta: «de quem é porco que trazes às costas?». Ao que responde: «Porco? É uma corda!». «Corda?» interroga o agente, «eu vejo aí um bácoro». «Tem toda a razão, veja lá onde havia de pousar!».

domingo, 1 de março de 2009

Sugestão domingueira

Através do barriga de arquitecto cheguei à página de Carlos Hernadez, fotógrafo. Vale a pena visitar. E o seu blog também.