Nos últimos tempos, alguns analistas e comentadores da "esquerda do sistema", veja-se o artigo de André Freire, no Público de 24 de Dezembro, empenham-se em difundir o conceito de "esquerda radical" para enquadrar todos os partidos que não estão disponíveis para alinhar no faz de conta do PS para uma política de esquerda, com o único objectivo de ganhar eleições e não de colocar em prática qualquer política verdadeiramente alternativa à actual e à anterior do governo socialista de Sócrates e Costa. Manuel Loff, como aqui, esclarecido bem esse assunto e as diferenças entre uma política de esquerda e a praticada pelo PS. Para a "esquerda do sistema", onde se insere o movimento de Freire, exigir a reestruturação da dívida para terminar com o pagamento de juros agiotas, defender o serviço nacional de saúde e a escola pública, a valorização do trabalho, serviços públicos de transporte, a manutenção da TAP na esfera pública (o PS sempre defendeu a sua privatização), entre outras políticas alternativas são políticas radicais. Que sejam e bom ano de eleições.
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