Texto apresentado ontem na sessão da Assembleia Municipal de Grândola:
«A vida humana devia ter o mesmo valor na sociedade global.
Lutamos para isso. Para que critérios sociais, culturais, económicos ou sociais
não justifiquem a descriminação de um homem perante o outro.
Não podemos substituir o horror e as preocupações, naturais,
pelos ataques de Paris, pelo esquecimento de que todos os dias morrem milhares
de pessoas em todo o mundo, pela guerra, por atos terroristas, pela barbárie e
a estupidez humana mas, ainda mais preocupante e aviltante, pela fome e as
dificuldades económicas e sociais motivadas pela exploração humana.
O drama vivido no passado dia 13, aqui à nossa porta é um
atentado contra a vida, a liberdade e a democracia.
A visão aterradora de nos interromperem com uma arma ou uma
bomba o nosso momento de lazer, de cultura ou familiar, tragédia comum, não nos
podem tolher o olhar e a consciência para quem, todos os dias, vive esse drama,
em diversos pontos do mundo e alguns bem próximos da nossa porta. De quem todos
os dias é obrigado a olhar por cima do ombro e a calcular devidamente o chão
que pisa.
Em simultâneo, devemos interrogar-nos da razão de jovens
europeus, porque é disso que se trata, abraçarem uma causa que atenta contra a
vida de cocidadãos e que os envia a eles próprios para a inevitabilidade da morte.
Será também esta questão seguramente uma falha da nossa sociedade, europeia e
ocidental.
Condenamos o atentado como todos os atos praticados contra a
vida humana, seja pela guerra, pelo terrorismo ou por via económica e social.
Solicitava que guardássemos um minuto de silêncio em memória
de todas as vítimas de conflitos no mundo»
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