O Movimento Nacional dos Empresários organizou hoje o "Dia sem Restauração", propondo o fecho dos estabelecimentos para protestarem contra a taxa de IVA que é praticada. O imposto é um problema, não tenho dúvidas, mas a dificuldade maior é a falta de poder de compra dos que ainda trabalham e o elevado número de desempregados. O Orçamento de Estado para 2013 vai concluir este processo, retirando mais dinheiro às famílias e logo clientes aos restaurantes e outros sectores do comércio que assim caminham para o encerramento. Não por acaso, parece-me estarmos a caminho de há pouco mais de três décadas quando, em Moura, existiam meia dúzia de restaurantes (O Ideal, o Cantinho, o Peninsular, O Manuel da Sobreira, o Patinho, o Moita, talvez não me falte nenhum?), com a agravante que este retorno significará o desaparecimento de muitas empresas familiares que nos últimos anos aproveitaram a qualidade de vida alcançada pelos cidadãos após a Revolução de Abril (é bom não esquecer este ponto de partida, sem o que não chegaríamos aqui). Convém acrescentar que, como o comprova o relatório do OE para 2013, só estamos nesta situação porque três partidos, PS, PSD e CDS, nacionalizaram o BPN e deram cobertura às negociatas do Rendeiro no BPP, aumentando assim a dívida pública.
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