O discurso do governo sobre a agendada greve dos professores no primeiro dia de exames quer fazer passar a ideia de que esta é uma forma de luta que prejudica os alunos e as famílias e coloca em causa todo o ano lectivo. Conclusão óbvia: reduzir vencimentos não prejudica famílias e alunos; acabar com o abono de família, também; aumentar o número de alunos por turma para reduzir o número de professores é para defender o ensino público, enfim e mais um conjunto de balelas do discurso oficial. Chamo a vossa atenção para o texto de Pacheco Pereira, na edição de ontem do Público e que começa assim: "O que está em causa para o Governo na greve dos professores é mostrar ao conjunto dos funcionários públicos, e por extensão a todos os portugueses que ainda têm trabalho, que não vale a pena resistir às medidas de corte de salários, aumentos de horários e despedimentos colectivos, sem direitos nem justificações, a aplicar a esses trabalhadores. É um conflito de poder, que nada tem a ver com a preocupação pelos alunos ou as suas famílias". Pelo que se saúda a manifestação de ontem e a greve de segunda.
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