Acerca das soluções do governo para se vingar dos portugueses pelas decisões do Tribunal Constitucional, na Barbearia do senhor Luís bem retratadas, e sobre a coerência de um senhor chamado Portas e todos os deputados do CDS, veio me à memória o poema que Natália Correia fez no Parlamento no debate sobre a legalização do aborto, em Abril de 1982, dirigido ao deputado centrista João Morgado.
Já que o coito - diz Morgado -
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;
e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.
Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento
só usou - parca ração! -
uma vez. E se a função
faz o órgão - diz o ditado -
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado.
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