A memória costuma ser curta e agora anda a difundir-se uma ideia de que José Sócrates será o político português mais mal amado desde o advento da República. Sou insuspeito em matéria de simpatia pessoal e política para com o ainda primeiro ministro. Contudo, não quero deixar de relembrar o sufoco que foi o longo período de governação autoritária de Cavaco Silva (lembra-se do célebre: «nunca me engano e raramente tenho dúvidas»), em que todo o País suspirou de alivio quando se viu livre dele. Aliás, Pedro Abrunhosa fez carreira à custa da contestação juvenil ao governo social democrata, transformando cada concerto num comício contra o governo. É bom recordar que, ainda este ano, conseguiu o enorme feito de conseguir ser o Presidente da República em democracia reeleito com menor percentagem. É obra em termos de simpatia dos eleitores e dos portugueses. Há mais Sócrates.
Nenhum comentário:
Postar um comentário