domingo, 23 de outubro de 2011

Luiza Neto Jorge in A Lume

Venho de dentro, abriu-se a porta ...


Venho de dentro, abriu-se a porta:

nem todas as horas do dia e da noite

me darão para olhar de nascente

a poente e pelo meio as ilhas.


Há um jogo de relâmpagos sobre o mundo.

De só imaginá-la a luz fulmina-me,

na outra face ainda é sombra.


Banhos de sol

nas primeiras areias da manhã

Mansidões na pele e do labirinto só

a convulsa circunvolução do corpo.

Nenhum comentário: