Quando o outro falou da fábula da cigarra e da formiga recuei muitos anos, ao tempo da minha primária feita ainda em pleno fascismo, e veio á memória um poema dos tempos da revolução de Abril,
É preciso um país
Não mais Alcácer Quibir.
É preciso voltar a ter uma raiz
um chão para lavrar
um chão para florir.
É preciso um país.
Não mais navios a partir
para o país da ausência.
É preciso voltar ao ponto de partida
é preciso ficar e descobrir
a pátria onde foi traída
não só a independência
mas a vida.
Manuel Alegre em O Canto e as armas
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