A confirmar-se as indicações que a imprensa hoje adiantou sobre as condicionantes que o próximo orçamento de Estado para 2013 reserva para as autarquias o cenário será difícil. Contudo, há um aspecto que merece referência, porque significa retirar dinheiro aos portugueses para o entregar, mais uma vez, directamente à banca. Diz a imprensa que o aumento de verba que as autarquias receberem através do IMI, por força da avaliação dos imóveis promovida este ano, terá que ser utilizado na redução da dívida de médio e longo prazo. Logo, as Câmaras ficam com o ónus de receberem mais dinheiro quando o governo as obrigam a ser meros canais para os cofres dos bancos. Mas ao mesmo tempo podem pedir mais empréstimos. A diferença é que estes serão a uma taxa superior aquela que dispõem nos empréstimos que o governo quer que elas paguem. De uma acentada, a banca fica a ganhar nos dois tabuleiros. Mais uma sinal de equidade. Esperam-se os comentários da direcção da ANMP, particularmente daqueles que fugiram do último Congresso.
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