segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Egipto ou Egito

Aceitando que se escreve e se diz Egito, então os cidadãos deste país deverão chamar-se egícios e não egípcios. Certo?

Quando se esconde a careca

Tenho orgulho na minha careca e sempre detestei carecas escondidas, naquele penteado à moda de Cajuda (treinador português que anda pelo medio oriente e não é o da fotografia). Diz Manuel Teixeira Gomes a propósito: «E coisa curiosa, o seu sistema capilar não conhece meio termo: ou intangìvelmente hirsuto, ou levemente franjado no remate de vastíssimas calvas. E, neste último caso, não as tenta disfarçar, evitando, assim, o desagradável espectáculo que nos dá o tom cadavérico das calvas viastas através das ralas melenas pretas, loiras ou grisalhas». (respeita-se a ortografia do princípio do século XX)

O Egipto a caminho de ...

Não se sabe como, nem quando irá terminar a revolta popular no Egipto. A que aconteceu recentemente na Tunísia parece ter caído em banho maria, parecendo mudar aquilo que fica na mesma. Poderá acontecer algo semelhante no país de Mubarak, até porque me parece que as potências ocidentais que sempre o apoiaram devem andar à procura de uma solução para o efeito não se espalhe aos outros seus amigos. Criando condições para a chegada dos mais radicais ao poder e colocando forte pressão sobre a situação explosiva de Israel. Já reparam no manto de silêncio de e sobre o Irão?

sábado, 29 de janeiro de 2011

Valeu a pena

Escassos dias de publicar este post, a Câmara avançou com a remodelação da zona e a correcção dos problemas que eram bem visíveis. Valeu a pena.

Ainda o Centro de Saúde de Grândola

A Antena Um vai estar em directo na próxima terça-feira, das 14 às 15 horas, a partir de Grândola, para debater a luta da população, da Comissão de Utentes e da Junta de Freguesia de Grândola (a única entidade local que tem lutado verdadeiramente junto com a população) para alcançar a reabertura do serviço de atendimento permanente (urgências) 24 horas e do posto médico do Canal Caveira. A junta apresentou uma petição na Assembleia da República que vai descer a plenário muito em breve. Esperemos que com resultados concretos e com o apoio de todos os partidos. Da sua votação se conhecerá quem está ao lado da população. Falar do povo tem que ser mais que um verbo de encher.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Os apoios às escolas privadas

No meio da medida do Governo de adaptar os recursos que o Estado concede ao ensino privado haverá algumas injustiças, mas fica-me na memória um cartaz na recente manifestação junto ao Ministério da Educação que dizia: «Quero escolher a escola para os meus filhos». Tudo bem. Mas pague. Não me obrigue a mim a pagar a sua escolha.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Imaginem

Imaginem o que seria se Cavaco não tem sido eleito à primeira volta.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Melides

Em defesa do Centro de Saúde de Grândola

A Junta de Freguesia de Grândola promoveu hoje, pelas 19 horas, no salão dos bombeiros voluntários mais um plenário com a população em defesa do serviço público de saúde e pela exigência de reabertura do serviço de urgência, com funcionamento 24 horas, e do posto médico do Canal Caveira. No final, ficou a indignação da população relativa ao mau funcionamento do Centro de Saúde que deixou de funcionar entre as 9 e as 24 horas, passando a encerrar às 20 horas, e estando a maior parte do tempo fechado ao fim-de-semana. Como conclusão, o agendamento de uma acção pública de protesto, na próxima quarta-feira, a partir das 17 horas, no Centro de Saúde.

Antes do final da campanha das presidenciais

A campanha das presidenciais deixou-me a ideia que o Governo de Sócrates prefere Cavaco a Alegre. E à primeira volta.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Cavaco, que pensamento tão conservador e retrógado

O Jornal de Campanha da Antena Um reproduziu hoje de manhã declarações do candidato Cavaco Silva, produzidas ontem à noite numa acção de campanha, que retratam verdadeiramente o seu pensamento: «as esposas que gerem os nossos orçamentos e ajudam os maridos e os filhos», defendia (reproduzo de memória e pode não ser literal) a propósito do papel da mulher na sociedade, particularmente em tempos de crise. Julgo que é revelador.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O Atlético fez 69 anos

A festa foi bonita. O Atlético fez 69 anos de actividade, numa altura em que a sua equipa sénior, treinada pelo mourense Fernando Piçarra, está a fazer um bom campeonato na terceira divisão. Adivinha-se um ano de dificuldades, particularmente financeiras, mas como disse o Presidente da Câmara a fé ardente em torno do MAC, a contribuição e empenho dos sócios e da direcção são os tónicos para continuar a manter o clube no nível a que habituou os mourenses.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Todos os cuidados são poucos

As fotografias documentam uma intervenção realizada há menos de um ano no chamado Largo de S. Sebastião, em Grândola. E referem deficiências na dita intervenção com esse mesmo tempo de idade e, nalguns casos, sem que alguma vez tenham funcionado. São, claro está, um perigo para a segurança de pessoas e bens que não se justificam e ilustram o desmazelo de tratamento que é dedicado a uma obra recente. É nos pormenores que se mede a qualidade urbana e da intervenção municipal.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Reforma de 800 euros

Se Maria Cavaco Silva tem uma reforma inferior a 800 €, superior à maioria dos reformados portugueses e mesmo assim sem ser grande coisa, e não lhe sendo conhecido património deixado em herança, é justo perguntar como é que conseguiram, ela e Cavaco, tantas poupanças para investir em quatro bancos? O meu pai sempre me disse que a trabalhar honestamente ninguém enriquece.

Os trabalhadores a recibo verde

Utilizar este estudo de Eugénio Rosa para perceber o drama social que afecta cada vez mais trabalhadores e mais jovens.

Rodrigo Leão & Cinema Ensemble

Música para este domingo, cuja audição em concerto recomendo vivamente. Veja e ouço num local perto de si.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Falta de médicos encerra centro de saúde de Grândola

O Centro de Saúde de Grândola tem um horário de funcionamento das 9 às 24 horas. Esta foi a solução encontrada pelo Ministério da Saúde, numa combinação com a Câmara de Grândola, para contrariar o protesto popular contra o encerramento do Serviço de Urgências e do Posto Médico do Canal Caveira. As consequências são conhecidas, pior atendimento, obrigação de percorrer quilómetros para pequenos tratamentos ou urgências, esperar e desesperar por uma consulta...

... só que a falta de pessoal médico, que deixa mais de 8000 pessoas sem médico de família, obriga a diversos encerramentos

... enquanto a população espera à porta que os serviços reabram e tenham direito a uma possível atendimento. Foi assim este sábado.
A responsabilidade não é, naturalmente, dos profissionais de saúde, mas da política do Ministério da Saúde e do Governo que tem merecido o beneplácito da Câmara de Grândola. Quem tem lutado contra este estado de coisas tem sido a Junta de Freguesia que promoveu uma reunião pública, uma petição pública que recolheu as assinaturas necessárias para que o assunto seja debatido na Assembleia da República. E, segundo a sua presidente, continuará a colocar o funcionamento do Centro de Saúde na ordem do dia.

Os políticos não fingem, são hipócritas

Fernando Pessoa escreveu que o poeta é um fingidor. O mesmo não podemos dizer do candidato presidencial Cavaco Silva que finge agora aquilo que não teve quaisquer problemas em aprovar enquanto Presidente da República. Isto é hipocrisia e demagogia para ganhar votos. E falta de dignidade.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A propósito da regionalização

Não é matéria que me apaixone, confesso. Falo nela a propósito da notícia publicada na edição anterior do Diário do Alentejo sobre a defesa da Federação do Baixo Alentejo do PS em prol de duas regiões, criando naturalmente a do Baixo Alentejo. Sugiro de imediato aos defensores desta proposta que alterem os nomes de algumas terras: passar Ferreira do Alentejo (de onde é natural Luís Pita Ameixa, o responsável da federação socialista) para Ferreira do Baixo Alentejo; e Faro do Alentejo, no concelho de Cuba para Faro do Baixo Alentejo. Para mim faz todo o sentido criar uma só região se a opção for pela regionalização.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Gosto de questões técnicas devidamente esclarecidas

Assolado como está com o caso BPN, Cavaco Silva tem deslizes, como ontem na entrevista com Judite de Sousa. Primeiro, ficou a saber-se que afinal tem ou teve aplicações no estrangeiro e não só em Portugal. Segundo, quando vendeu as chorudas acções aplicou o resultado "em acções no estrangeiro numas empresas com nomes esquisitos". Gosto particularmente do rigor técnico da linguagem.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Cavaco, não

Esta mensagem é para quem ainda não decidiu o seu voto. Eu voto Francisco Lopes.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Count Basie Orchestra - One O' Clock Jump

A parcialidade nas presidenciais

O Santiago tem razão, o Carlos Magno comentador oficial da Antena Um é o mesmo da Comissão de Honra de Cavaco Silva, logo uma voz e visão imparciais sobre a matéria, como será fácil de notar e reconhecer. Como esta gente não tem vergonha e como diz José Nunes no Linha Avançada, «carneiro amigo andamos todos ao mesmo», ele lá aparece amiúde, a tentar desviar as atenções dos ataques a Cavaco, como aconteceu na passada sexta-feira no suposto Contraditório, programa da mesma rádio, em que para fugir ao caso BPN começou a atacar os jornalistas, como se ele o não fosse. Ou talvez já não o seja. A direcção da rádio pública é que deveria estar atenta a estas opções e evitar manter estes comentadores em tempo de campanha eleitoral. Ou mesmo a Comissão Nacional de Eleições. A situação é semelhante aos comentários pós-debate nas televisões quando a única candidatura que não tinha comentadores residentes era a de Francisco Lopes. Viva a democracia.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Bom fim-de-semana

Campanha de Francisco Lopes

Mesmo com mau tempo é sempre tempo de campanha. E no fim há sempre um sorriso.


Banco é fava para Cavaco e Alegre

Comparar o caso BPN/Cavaco com o BPP/Alegre só por brincadeira ou má fé, considerando as respectivas diferenças colectivas com consequências públicas e danosas no primeiro e privadas, administrativas e tolas e inábeis no segundo. Em relação ao primeiro só dois factos: em 2001, ainda Cavaco era "um mero professor" para citar as suas palavras, e já a gestão do BPN era notícia e suscitou o despedimento do jornalista Camilo Lourenço da Exame, perante a indiferença também da supervisão de Constâncio, diga-se a propósito. Quando foi eleito Presidente da República, Cavaco Silva, apesar de ter conhecimento da gestão danosa do BPN e do envolvimento de Dias Loureiro não teve qualquer problema em o nomear, para o proteger?, para o Conselho de Estado. O resto é um profundo buraco financeiro que todos estamos a pagar para que alguns, incluindo Cavaco, tenham rentabilidades chorosas em acções.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Beja vai ficar a ver passar menos comboios

"Nos remontíssimos tempos da minha mocidade (falamos de 1874, uma vez que Teixeira-Gomes nasceu em 60 e aborda o tema quando teria 13 ou 14 anso), a viagem terrestre de Lisboa para o Algarve era longa, complicada, e quase aventurosa. Comboio até Beja, diligência de Beja até Mértola, descida do Guadiana em vapor até Vila Real de Santo António e daí outra vez diligência ao longo da costa, caminho que eu aproveitava quase na totalidade, parando na minha terra natal - aviso aos vindouros - então Vila Nova (hoje cidade) de Portimão." Recordei este texto de Manuel Teixeira-Gomes, escrito em 1936, quando vi as notícias da redução da importância de Beja na rede ferroviária nacional, passando a ser um ramal do intercidades para Évora. Não deixa de ser irónico que esta decisão de um governo socialista ocorra quando o concelho bejense é governado por uma maioria socialista. Longe vão os tempos do argumentário da Federação do Baixo Alentejo do PS que eram os comunistas que afugentavam os investidores e pretendiam subalternizar Beja a Évora. De quem será agora a responsabilidade?

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Cantar aos Reis em Moura

A chuva persistente marcou o compasso e a incerteza quanto à adesão e realização da tradicional Cântico aos Reis que a Câmara Municipal de Moura, a Junta de Freguesia de São João Baptista e o Grupo Coral do Ateneu organizam regularmente. Afastados os temores, e enquanto a fogueira ardia no exterior apesar da chuva, o rés-de-chão do Mercado Municipal encheu para mais esta edição. O João Capa serviu as castanhas. As fotos atestam o facto. De notar que também se cantou em Amareleja, Santo Amador e Safara.



quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Um desastre público na campanha das presidenciais

Bom Para Nós, aqueles que vendemos acções a bom preço e em bom tempo e que agora todos estamos a pagar (bem entendido uns mais que outros, veja-se aqui os comentários de um indefectível socrático), atravessa a pré-campanha eleitoral com o candidato Cavaco Silva cada vez mais necessitado de dar uma resposta para lá de remeter para o site da Presidência da República. Quem não deve não teme e por essa ordem de razão era de seu interesse tornar público todos os dados. Por cada dia que passa sem o fazer, aumentam as suspeitas e bem pode pregar a honestidade, até porque esta não se apregoa, é reconhecida, e, claramente, este assunto irá ter reflexo nos resultados das eleições presidenciais. É bom que alguém esclareça Cavaco que não é possível escapar pelo intervalo das gotas de chuva sem sair molhado. Razão tem Francisco Lopes quando afirma que os negócios da anterior administração do BPN estão a ser investigados pela justiça e que o grande desastre foi a nacionalização do banco e nesta está Cavaco, Sócrates, Manuel Alegre, o PS e o PSD. O resto são cantigas.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Sophia no primeiro post de um ano, certamente, aziago

Liberdade

Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a sua própria liberdade.