sábado, 26 de maio de 2012

Relvas para distrair

Numa altura em que o chamado programa de ajustamento do défice português, que o PCP chama justamente de pacto de agressão, revela todas as suas insuficiências para com os portugueses (o aumento do desemprego, a degradação do sistema de saúde público, o desinvestimento na educação, nas políticas sociais e na cultura) e o suficiente para quem fez do empréstimo um grande negócio, enquanto o PS procura disfarçar o seu envolvimento com o discurso oco da necessidade de medidas para o crescimento, a melhor coisa que poderia acontecer era aparecer o caso Relvas. O ministro, com toda a certeza, foi tramado pelo antigo espião e terá nas funções a prazo. Enquanto a questão interessar e encher notícias, Passos Coelho aguentará para que possa continuar a tomar medidas e, por exemplo, não mexer nos interesses dos grupos envolvidos nas PPP. O resto é para entreter o povinho.

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