A edição é de 2001, com duas reedições, de nome Alentejanando, estórias e sabores, de Joaquim Pulga, da Casa do Sul Editora. O autor cruza nos textos os seus gostos e a sua vida, a paixão pelo Alentejo e pela conversa à mesa. Trabalha a tradição a que acrescenta inovação, como neste pormenor da receita sobre o gaspacho com caviar («de salmão, que é em conta para o bolso»). Como os tempos estão quentes,
«O gaspachinho alentejano é comida de maiorais e lavradores, ganhões e artífices, funcionários donas de casa que, nisto do sustento o que é bom todos gostam. Assim acontece naturalmente com o nuestro hermano gaspanho andaluz, comida de uns e de outros, de pobres e de ricos. Sopa fria, prato para os dias calmosos em que apenas a mana cigarra se atreve a serrazinar a quietude. O local de nascimento e o berço, se foi aqui ou do outro lado da raia, é coisa que nos tempos que correm nem adianta nem atrasa. Devemos é dar graças ao Criador pela sua existência».
Fica o aperitivo, procure nas livrarias, porque as estórias trazem agarradas as receitas.
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