Dão ao futebol tanto relevo na nossa sociedade (os programas na rádio e na televisão não são sobre desporto), e não vou falar do caso Marega (não vi o Presidente da República e o Primeiro Ministro muito incomodados com o cidadão que morreu na urgência em Beja), que até num texto sobre a possível legalização do direito à morte assistida publicado no Expresso, o jornalista utiliza como muleta comparativa a duração de um jogo de futebol: "No debate sobre a despenalização da eutanásia, qual é o ponto de equilíbrio entre os valores da vida e da liberdade? “É essa a nossa diferença”, assinalou de forma quase solene o médico Germano de Sousa, no debate promovido pelo Expresso com o colunista Daniel Oliveira. A conversa já se aproximava então dos 90 minutos regulamentares num jogo de futebol, muito abaixo do “tempo útil” de visionamento do filme “Mar Adentro”, sujeito a várias pausas para uma discussão moderada, mas firme de parte a parte.", retirado daqui. Havia necessidade?
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