quarta-feira, 14 de maio de 2008

Triste explicação

O Homem-teimoso pediu desculpa por ter infringido a lei e, candidamente, afirmou que se tinha tornado vítima do tabaco e aproveitava o episódio para deixar de fumar. É só ternura. O episódio não é extremamente importante, nem determinante para a vida dos portugueses. Ficava melhor se determinasse aos organismos oficiais a abertura de um processo e aceitasse depois as consequências do acto. Quando prevaricar o cidadão comum irá também pedir desculpa. O pior da história é que afirmou que sempre fora assim e parece que nos aviões da Presidência da República também. Serão estes trabalhadores mais fortes que possam suportar o fumo dos eleitos? Ou o seu fumo não faz mal?

Triste parlamento

Escassos dias depois de ser acusado pela justiça desportiva e a dois meses de conhecer o resultado do processo do apito dourado, Pinto da Costa foi recebido por deputados na Assembleia da República que lhe estenderam uma passadeira azul. Duas hipóteses: não há vergonha nos representantes do País ou os votos do presidente do FC Porto são extremamente importantes para garantir a eleição no próximo ano.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

A dúvida do Homem-teimoso

O Bloco apresentou uma moção de censura. O PCP avançou ontem com iniciativa semelhante. Com um conjunto de razões que preocupam a esquerda e que assumem críticas de desenvolvimento de políticas anti-sociais. As manifestações contra as políticas educativa e da saúde têm mobilizado milhares de portugueses. Mesmo assim, o Homem-teimoso diz que não são estas as razões certas para censurar o governo e que há outras que não diz. Como a direita parlamentar tem optado pela abstenção, as razões só podem estar do lado contrário, do lado do patronato (que não afirma ainda o seu total descontentamento) e da necessidade de aprofundar as políticas neoliberais. Que chegarão caso haja nova maioria socialista. Não duvidem.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Alberto Costa

Um, dois, três, quatro directores da Judiciária. E tudo está bem neste reino na versão de Alberto Costa. Sempre quero ver se este homem da casa não começa a dar pontapés na mobília.

Provocação

A provocação, em especial a barata, nunca fez parte da política séria e raramente deu bons resultados eleitorais.

domingo, 4 de maio de 2008

Inocentes

O aumento do custo de vida que martiriza mais uns que outros, mas essencialmente os do costume (o pão do pobre cai sempre com a manteiga para baixo), por via do aumento das matérias primas, dos cereais e outros bens essenciais tem revelado a inocência de alguns políticos portugueses. Neste particular, não deixa de ser singular ouvir Manuela Ferreira Leite vir clamar contra a situação, quando pertenceu a diversos governos que conduziram a esta situação e o PSD, partido que pretende liderar, tem o recorde de permanência no Ministério da Agricultura. Aliás, PS e PSD tem o condão de criticarem depois e apresentarem como inevitabilidade políticas que antes decidiram e defenderam como boas. Então não têm sido estes partidos que negociaram as PAC? Haja coerência e deixam de praticar o exercício da inocência, porque os eleitores estão a deixar de ser anjinhos de bolsos e estômago vazios. E vem depois o Presidente da República dizer que os jovens estão afastados da política. Ele também aprovou as PAC.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

A primeira de Maio

Nesta primeira escrita de Maio, referir as grandes manifestações do Dia do Trabalhador que, a fazer fé nos números dos telejornais, juntaram em todo o País mais de 120 mil trabalhadores. Todos contra a política do governo e a revisão do Código do Trabalho que Sócrates diz ser fundamental para os trabalhadores. Coitados que não percebem a benesse que o homem lhes quer dar. Algo deve estar mal nas hostes socialistas, quando a UGT faz uma manifestação afirmamdo-se contra o Código que alguns dos seus elementos aprovaram ou vão aprovar na Assembleia da República enquanto deputados do PS e garantiram todos os acordos com o governo e o patronato. Há demoagogia e hipócrisia quanto baste.