A diabolização do poder autárquico tem sido uma batalha que estes rapazes bem comportados, todos bem apresentados (particularmente eles, conceda-se que a excepção é o Mário Lino, Manuel Pinho, na companhia das ministras da Educação e da Cultura que desfiguram todo o elenco), como quem ainda não deu, como diz um meu amigo, «o peido mestre», e que depois da Lei das Finanças Locais conhece agora a versão de uma tábua legislativa para impedir, a quem seja deduzida uma acusação, a possibildiade de continuara a exercer o mandato. Até poderá ser justo, deixando de lado a autonomia do poder local consagrada na Constituição e a capacidade dos tribunais para julgar, porque acusado não é culpado. Só não percebo a razão de ser dirigida aos autarcas: e os membros do Governo? e os deputados? Ficam fora desta suspeita. Serão todos bons moços? Parece-me que a ideia é ir um pouco mais longe e reduzir ao limite os municípios como emanações da administração central como acontecia no tempo do fascismo. A centralização e o total desrespeito pelo poder local é uma imagem de marca deste governo que contraria um outro socialista liderado por Guterres com Sócrates como ministro que traçou como objectivo duplicar as verbas para as autarquias e dar-lhes mais responsabilidades. Mais fácil é ter uns rapazes submissos nas Câmaras que cumpram ordens, sem discutir ou sequer ousar questionar e, tanto melhor, denunciar uns quantos malvados que dizem mal do primeiro. Está lindo, está...
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