O Verão corre tranquilo e Agosto entra com o mesmo tom dos outros meses, uns dias de muito outros mais ou menos. O calor sempre aperta e o País caminha, lá isso caminha. O Governo mantém o seu autismo: apesar do veto presidencial ao novo estatuto dos jornalistas, Santos Silva diz que está tudo bem. Só ele é que vê. Sócrates fica todo contente porque a apressada Procuradoria (quantos processos ficaram para trás?) resolveu dizer que nada encontrou sobre a sua licenciatura. Só Ela é que vê. A directora do Museu Nacional de Arte Antiga é afastada do cargo apesar dos bons resultados da sua gestão e tão só por ter manifestado uma opinião discordante. A cabeça, com este calor, fica com uma moinha que pode ser perigosa. E estes membros do governo estão a ficar perigosos. O grupo parlamentar do PS, pela pena de José Seguro, quer reduzir o número de deputados, mas ao mesmo temp atribuir um assessor a cada um, logo os eleitores só decidem metade e aumenta o número de elementos pagos. Ideia brilhante de quem afirma querer poupar nas finanças públicas e aproximar os eleitos do eleitores (ficarão os assessores no Parlamento e os deputados a contactar com os eleitores? Deve ser para isso) Por último, sobra o excelente acordo político e financeiro entre o PS e o Bloco de Esquerda na Câmara de Lisboa. Ao contrário do que escreve Eduardo Pitta no Da Literatura não acredito que apareça qualquer túnel na relação de Costa com Sá. Ao inverso parece-me que estarão os dois muito ocupados a fazer flores nos próximos dois anos para preparar o próximo acto eleitoral, no qual, arrisco, Sá aparecerá ao lado de Costa. A base para o acordo não passa de uma mão cheia de tudo e outra de coisa nenhuma e é tão só um justificativo para justificar o cargo de vereador com pelouros. Este é um Verão assim, assim.
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