Não deixo de ficar com a sensação que a cimeira foi um fracasso. Quando os discursos são demasiado elogiosos, tanto como vagos sobre os sucessos alcançados, não deixo de acreditar que os resultados foram uma mão cheia de nada. Penso que começou logo mal, quando José Sócrates sentiu necessidade de no discurso de abertura salientar com força que estavam entre iguais todos os que estavam na sala. Era a confirmação de que não se estava entre iguais, mas perante realidades e diferenças muito diferentes. No discurso politico só se frisa e salienta o que não existe. Ninguém se lembra de na Assembleia da República, no Parlamento Europeu ou em qualquer cimeira europeia e norte-americana de afirmar que estamos entre iguais. É um dado adquirido.