A campanha da televisão pública contra o regime cubano continua na sua máxima força, agora que Fidel Castro renunciou aos cargos que detinha. Uma campanha onde qualquer voz critica, uma só que seja, é tomada pelo todo e pela verdade absoluta. Se alguém diz que não pode falar, só resta uma conclusão óbvia: não há liberdade em Cuba. Se alguém diz que se está muito bem, a conclusão óbvia: estamos perante um perigoso agente do regime que pretende passar uma imagem de abertura. É preocupante que a televisão pública em Portugal se dedique a este exercício, com dois enviados especiais, um na ilha e outro em Miami a transmitirem a mesma mensagem. Tudo esta campanha ideológica é feita com dinheiro de todos nós. No mesmo Telejornal em que se ignora o resultado das eleições numa outra ilha, esta membro da UE, com um simples pormenor: a vitória coube ao candidato do Partido Comunista, coisa que não fica bem nos nossos regimes neoliberais. Agora que se tinha instalado a ideia de que as correntes comunistas tinha desaparecido com a queda do Muro de Berlim, logo um país resolve eleger para Presidente um confesso deste ideário político. Falemos mas é daquele imenso país democrático que é o Kosovo, terão pensado os responsáveis pela informação da RTP.