Estive a ler «A ilha» do prémio Nobel da literatura de 2003, J. M. Coetzee, livro bastante interessante e que me remete para outras obras do autor. Susan Barton e Friday são parceiros de Cruso numa reinvenção da história de Robison Crusoe (A vida e as estranhas aventuras de Robison Crusoé, o mais célebre romance de Daniel Defoe, escrito em 1719 e que nos alimentou muitas fantasias juvenis). Retiro uma breve passagem: «Tira do cesto um pão, queijo e uma garrafa de água», a página 92. Onde quero chegar é que no século XVIII, época de Crusoé, nunca se levaria para uma refeição de ocasião no campo uma «garrafa de água», mas sim o preciso líquido, com é vulgo dizer-se, em qualquer outro recipiente e quanto muito deveria dizer-se uma garrafa com água. A comercialização é que faz surgir a «garrafa de água». A questão pode resumir-se à tradução, não conheço a versão original. Não sei se já disse que gostei muito do livro.
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