sexta-feira, 14 de maio de 2010

O Papa partiu

A presença do Papa em Portugal foi a maior acção de propaganda dos últimos tempos. Por um lado, a igreja católica aproveitou o momento para a sua reabilitação depois dos mais recentes escândalos, e por outro, o governo do PS/PSD foi aproveitando para lançar o pacote que lança definitivamente um garrote sobre a maioria da população portuguesa. É de registar que a SIC à hora de almoço terminou o seu fastidioso directo com o epílogo: «o Papa convidou os portugueses à pobreza e à obediência». Significativo, não? Aliás, a cobertura mediática deste acontecimento (muito superior à dedicada às visitas de João Paulo II) foi um exemplo claro dos propósitos a atingir com esta visita, com directos injustificáveis e colocados em paralelo com os relatos de futebol, com os jornalistas a comentarem que «o Santo Padre está a descer os degraus», «o piloto olha para o co-piloto» (também pode ser o contrário) e mais um rol de pequenos e grandes pormenores. Cito isto dos escasso momentos em que assisti aos directos, quase sempre durante os almoços. Muitos parabéns pelo excelente trabalho de propaganda e de adormecimento do povo português. Já Salazar assim procedia.

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