domingo, 22 de maio de 2011

Saramago já respondeu muito antes ao memorando da troika

«Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei, privatize-se a núvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente, para florão e remate de tanto privatizar, privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo ... e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos.»



José Saramago, Cadernos de Lanzarote, Diário III, p. 148

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