terça-feira, 3 de abril de 2012

A bondade dos privados

“Nada há de misterioso neste processo (a privatização do Estado): ele foi bem descrito por Edmund Burke na sua crítica da Revolução Francesa. Qualquer sociedade, escreveu ele em Reflexões Sobre a Revolução em França, que destrói o tecido do seu Estado, logo deve ficar ‘desligada na poeira e partículas da individualidade’. Ao esvaziar os serviços públicos, e reduzi-los a uma rede de fornecedores privados contratados, começámos a desmantelar o tecido do Estado. Quanto à poeira e partículas da individualidade: nada se lhes assemelha mais do que a guerra de todos contra todos de Hobbes, na qual para muita gente a vida voltou a ser solitária, pobre e bastante desagradável.” Tony Judt, Um Tratado sobre os nossos actuais descontentamentos

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