sábado, 30 de junho de 2012

A cegueira não defende os interesses de Portugal

Tanto quanto foi notícia na altura, o PSD e o CDS-PP foram consultados pelo governo socialista sobre o memorando assinado com os especuladores internacionais. Daí que seja pouco compreensível a defesa de Passos Coelho em relação aos pormenores do mesmo e argumentando agora que defendeu antes mais tempo. Se assim foi, só por cegueira pode persistir no seu cumprimento perante o descalabro que se verifica no país. Exigia-se uma renegociação total, como defende o PCP, mas no mínimo é exigível a qualquer governo que defenda os interesses nacionais, os portugueses no conjunto e não só alguns, o prolongamento do prazo de ajustamento e uma redução dos juros praticados, o que não é o mesmo que não pagar a dívida, mas tão só reduzir o seu impacto. E começam a aparecer sinais de desgaste no governo que, noutras circunstâncias, seriam encarados de outra forma pela sociedade e comentadores estabelecidos, como o demonstram estas notícias da edição de hoje do Expresso, aqui e aqui.

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