domingo, 13 de janeiro de 2013

Vozes diferentes, com um sentido cada dia mais comum

O suplemento Actual do Expresso é dedicado a Júlio Pomar, pintor que concedeu uma entrevista na semana que fez 87 anos. A ler, porque representa um percurso de 70 anos de trabalho e muito conhecimento. Sobre a situação actual do País, diz, indo de encontro a um sentido cada dia que passa mais comum:

Como é que olha para a situação actual? A situação não é nada entusiasmante. esta mediocridade de pensamento e de acção, esta mesquinhez ... O fervilhar de interesses mais reles, a aldrabice ... Temos de usar as palavras que temos na nossa língua, e 'aldrabice' está muito bem empregue. Há um aventureirismo que está a tomar conta do país. Espero que se comece a ter consciência deste estado de coisas. 
É ainda mais deprimente para quem, como o Júlio Pomar, viveu no tempo de Salazar? É, porque se está a caminhar para pior ... Quando se diz aos jovens para ir para fora, quando se desinveste na educação como quem corta bifes num talho e se retira a um país as possibilidades de crescimento ... Não brinquemos com coisas sérias ... E estamos na mão de pessoas que estão a brincar.

Só não concordo com esta última expressão. Eles não estão a brincar. Têm mesmo uma cartilha. 

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