O PS parece ter deixado cair a ideia da criação dos circulos uninominais na próxima alteração da lei eleitoral que anda a cozinhar com o PSD. É uma atitude coerente com a defesa das alterações da lei para as autarquias. Não fazia sentido utlizar o argumento de aproximação do eleitor com o elegido para a criação dos circulos uninominais e ao mesmo tempo fazer uma lei para os Municípios (onde efectivamente cada um sabe em quem vota e o prestígio pessoal se traduz em votos) em que só o cabeça de lista é que é eleito directamente e esse depois escolhe a maioria dos membros da Câmara. Aplaudo a coerência, até porque com os círculos podemos ficar a saber de onde sãos os candidatos. Dois casos: o actual vice-presidente da Câmara de Lisboa, um lisboeta, era eleito pelo Círculo de Beja (estranho caso de aproximação ao eleitorado); o anterior presidente da Câmara de Ourique, um alentejano dos sete costados e amigo de Lopes, foi eleito para a Assembleia da República pelo Círculo do Porto. Curioso, não é!