Foto retirada daqui
Um ponto prévio: O João da Mouca há muito que merecia o prémio e devia ter-lhe sido entregue em vida, como parece referir aliás o regulamento. Dito isto, deixo expressa a minha opinião de que o prémio em 2009 deveria ter sido entregue a José Maria Prazeres Pós-de-Mina, pelo trabalho desenvolvido, pelo reconhecimento local, nacional e internacional.
Dito isto, referir a importância que João da Mouca teve na formação de muitos de nós pelo seu trabalho na Biblioteca e pelo grande incentivo à leitura. Foi o primeiro chefe que tive na minha actividade profissional quando no já distante ano de 1981 comecei a trabalhar na Câmara Municipal de Moura, no ainda edifício da biblioteca, na sala que albergava a colecção museológica. Foi uma experiência curta, transitei depois para outros serviços, mas manteve-se o contacto e aumentou o relacionamento e o reconhecimento, respeito e apreço pelo profundo trabalho e dedicação que emprestou à instituição e à comunidade.
A evocação de João da Mouca remete também para a minha infância, nas deslocações durante as férias da Salúquia à biblioteca, pela hora do calor, quando a vontade de leitura ultrapassava os 15 dias que mediavam entre cada deslocação da viatura itinerante da Gulbenkian ao largo da Salúquia. Nessa altura, quando a carrinha chegava, era enorme a pressa e os atropelos da rapaziada em assegurar o livro pretendido e férrea a disciplina do João Infante e do Armando Casimiro (é justo lembrar também estas pessoas no trabalho de divulgação do livro e da leitura) para assegurar a ordem da meia dúzia que disputava os títulos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário