Parece a história do David e Golias, e espero que o final seja semelhante. Rendeiros do Carvalhal, freguesia de Grândola, e da Comporta, freguesia de Alcácer do Sal, que exercem a sua actividade na área da Herdade da Comporta, integrada no grupo Espírito Santo, reivindicam a renovação dos seus contratos na opção de arrendamento rural. Dizem que as reuniões têm sido muitas com a administração da herdade, mas os resultados palpáveis poucos. E por isso juntaram-se neste domingo e percorreram as estradas entre as duas freguesias e manifestaram-se junto a uma organização internacional de hipismo. Mais de cinquenta veículos, a maioria tractores, num domingo solarengo, propício a outras acções. No fundo, pretendem tão só encontrar garantias para continuar a sua actividade agrícola, orizícola principalmente, que já foi dos seus pais, que já foi dos seus avós, naquelas terras, muito antes do grupo Espírito Santo existir. Estão preocupados com o futuro e com as suas famílias. E acreditam que o turismo é compatível com a continuidade da sua actividade. É o que sempre fizeram e não pretendem fazer outra coisa. Portugal precisa e os rendeiros ainda mais de se manterem agricultores. Vão continuar a lutar por isso e procuram o apoio das autarquias.
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