segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Valha-me o Valentim

Há muito que andava para dizer isto. Corria os princípios da década de 70, na Rua Nova da Salúquia, em Moura, onde vivia, jovem criança, num verão quente, de terras de França chegou um vizinho com um gira-discos (era mesmo assim que se chamava) que colocado à janela de sua casa encheu de música a rua. Os discos de 45 rotações eram poucos mas havia a atracção do Art Sullivan, cantor belga de grande impacto no país dos gauleses. E desconhecido entre nós. Uma verdadeira atracção, surpresa e sei lá mais o quê, aquele som e voz completamente diferentes. Juntaram-se jovens e outros menos jovens e até alguns mais velhos e dançou-se. Foi, penso, a primeira vez que me apaixonei.

Nenhum comentário: