A ratificação do Tratado de Lisboa através do Parlamento passou a ser uma inevitabilidade política, através da conjugação de vontades de PS, PSD e Presidente da República. A atitude assumida por José Sócrates e o Governo durante a Presidência Europeia não fazia prever outro desfecho. Ninguém estraga a festa quando está a varrer a sala, o que aconteceria se fossemos para referendo. A promessa eleitoral e de programa governamental não passa disso mesmo, uma promessa que não apoquentará o percurso. Aliás, a maioria do eleitorado olha com a mesma indiferença a promessa como reagiria ao referendo, o qual teria uma inexpressiva votação. De qualquer das formas, todos os apoiantes desta posição, e particularmente os socialistas, estão a dar uma machadada final na palavra. Nada que já não acontecesse com outras questões estruturais de políticas nacionais.