«Faz hoje muito pouco sentido falar de esquerda e direita como se falava há 20 anos. Não porque as ideologias tenham desaparecido, mas porque a realidade é outra. Mas o debate não deve ser evitado para não se cair num 'centrão' sem rumo ou rotativista», diz JMF no Público de hoje. Há aqui uma mudança, porque tanto quanto me parece há poucos anos o mesmo JMF defendia que nem sequer fazia sentido falar de esquerda e direita por não existia e as ideologias eram qualquer coisa para lá do Muro de Berlim. Que medo tem JMF do 'centrão'? Sabendo das escassas diferenças dentro do 'centrão', PS e PSD algumas vezes e ambos com o CDS, para quem apela JMF para evitar o 'sem rumo' e o rotativista? Para o PP? Talvez!
De qualquer das formas a esquerda é maior do que a capacidade de JMF e não se resume a uma das partes do 'centrão', porque os socialistas, além de coligações governamentais com PSD e CDS, são responsáveis pela política dos últimos 30 anos, com um único rumo e em plena rotatividade de protagonistas que não de políticas.
Uma mudança ideológica é fundamental para alterar o rumo e dessa forma nunca fez tanto sentido falar de esquerda, por essência e caracterização ideológica e plural.
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