O arquitecto Eduardo Souto de Moura, em entrevista ao público a propósito da intervenção na bienal de arquitectura de Veneza referiu que «se fosse comissário de uma bienal de arquitectura, escolhia África, porque, como todos sabemos: É aí o futuro». Poderá ser, não discuto. Só relembro que esta perspectiva é defendida há mais de 20 anos nos trabalhos realizados pelo Campo Arqueológico de Mértola, em especial nos trabalhos de investigação desenvolvidos por Cláudio Torres e Santiago Macias, apontando o Mediterrâneo e o Norte de África como espaço privilegiado de encontro e cooperação. Que ainda falta em Portugal e parece estar tarde a voltar-se para os países lusófonos.