Quando a poeira já assentou volto ao tema da ausência do Presidente da República nas cerimónias fúnebres de José Saramago. Cavaco Silva manteve a coerência, não gostava de Saramago e este não gostava dele, e fez o que o cargo o obrigava unicamente. Esteve bem depois de, enquanto primeiro-ministro, ter consentido a censura do escritor. Aliás, Cavaco dá-se mal com as artes e os artistas. Quando terminaram aqueles longos dez anos de governação, Abrunhosa apareceu e em inúmeros concertos deu uma ajuda a acentuar o desconforto para com o seu governo autocrático. E agora tem receio de numa segunda volta perder para outro homem das artes. Será sina.
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