sábado, 10 de abril de 2010

Machado de Assis

"O mais singular é que, se o relógio parava, eu dava-lhe corda; para que ele não deixasse de bater nunca, e eu pudesse contar todos os meus instantes perdidos. Invenções há que se transformam ou acabam; mesmo as instituições morrem; o relógio é definitivo e perpétuo. O derradeiro homem, ao despedir-se do sol frio e gasto, há-de ter um relógio na algibeira, para saber a hora exata em que morre."


Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas

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