O exemplo mais flagrante da insatisfação da população de Grândola pela qualidade dos serviços de saúde foi a grande enchente ocorrida na noite de ontem, numa organização da Junta de Freguesia. Algo está mal, quanto mais não seja a comunicação dos diversos responsáveis com os utentes. Na verdade, Grândola, por opção política dos sucessivos governos e particularmente destes últimos do PS, tem vindo a perder um conjunto de valências que têm causado um nível de insegurança na população. As respostas estão localizadas em Santiago do Cacém, no hospital do litoral alentejano servido por uma rede de transportes público deficiente que não permite qualquer tipo de ligação. Se se compreende ou aceita que a responsável pelo Centro de Saúde e os directos executivo e clínico do Agrupamento defenda a política governamental e afirmem que em Grândola se está hoje melhor, não é de todo compreensível que a representante da Câmara Municipal se coloque ao seu lado e da política governamental. Logo, contra os anseios da população. Que são bem claros: a reabertura do Serviço de Atendimento Permanente durante 24 horas. Mais um reparo: ao contrário do que disse o Presidente da Assembleia Municipal de Grândola o funcionamento do Centro de Saúde não mereceu na última sessão a unanimidade, mereceu aliás uma forte oposição dos eleitos do PS que tentaram, apoiados em questões regimentais, evitar a discussão de uma proposta da CDU, sobre a qual acabaram por se abster. Por último, os parabéns à Fátima Luzia, presidente da Junta de Freguesia de Grândola, que soube organizar e moderar o debate. Outro aspecto: dos grupos parlamentares só o do PCP se fez representar, o do BE e do CDS justificaram a ausência, dos do PS e do PSD sobrou um barulhento silêncio. Porque será?
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