Há um aspecto claro, os governos dos últimos vinte anos (PS a maior parte do tempo, PSD e às vezes com o CDS) têm desinvestido no Sistema Nacional de Saúde, optado por entregar aos privados a possibilidade de investirem nesta área. Consequência disso, o Centro de Saúde de Grândola tem vindo a reduzir a oferta de serviços à população ao mesmo tempo que a oferta privada cresce. O encerramento do Serviço de Atendimento Permanente foi um dos últimos, o que deixou uma sensação de desconforto na população. A Junta de Freguesia liderou recentemente um debate sobre o tema ao qual a população correspondeu enchendo a sala dos bombeiros voluntários (pegando nas palavras de Carlos Beato, presidente da Câmara na cerimónia desta manhã na tomada de posse dos novos órgãos sociais dos bombeiros, «quando a população está descontente aparece»), pelo que facilmente se conclui da sua insatisfação com os serviços prestados. Numa reunião realizada na quarta-feira com os responsáveis regionais da saúde ficou claro que para o governo o SAP não voltará a abrir. Colocada a questão pela presidente da Junta de Grândola na reunião de ontem da Assembleia Municipal, exigindo a reabertura do SAP durante 24 horas, Carlos Beato disse textualmente: «Não contem comigo para isso, não contem comigo para isso». Ficámos mais esclarecidos.
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