Incompetência é a palavra certa para classificar a actuação das acções de fiscalização do Banco de Portugal. Se não sabia dos negócios do BCP e do BPN deveria saber e sabe-se agora que meses antes (houve notícias anteriores) já lhe tinham sido comunicados alguns dados sobre o assunto, pelo que a inacção e a surpresa agora manifestada não merecem qualquer credibilidade e não atestam a confiança que deveremos ter nestas instituições públicas. Vítor Constâncio não tem quaisquer condições para continuar no cargo de Governador do Banco de Portugal (a não ser que a sua permanência sirva alguns interesses que não importa revelar, uma vez que se trata de mais actividades de colarinho branco) e ser afastado com justa causa sem direito a indemnização e a reforma abastada. Aí Portugal seria um País correcto e o discurso aparentemente disciplinador de Sócrates sairia reforçado. Parece-me contudo que a disciplina e os sistemas implacáveis de avaliação são só para os outros, os chamados funcionários públicos da estrutura mais baixa. Aqui estamos ao nível da plataforma dos amigos ...