«Governos um pouco por todo o mundo estão a ser forçados a uma redução fiscal prematura, apesar de o desemprego se manter a níveis muito elevados e o consumo privado mostrar poucos sinais de vida. Muitos são levados a implementar reformas estruturais em que na realidade não acreditam, mas apenas porque pareceria mal aos mercados agir de outra forma.
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Hoje, parece que os mercados acham que os elevados défices fiscais são a maior ameaça à solvência de um estado. Amanhã poderão pensar que o verdadeiro problema é um crescimento fraco,e arrepender-se das restritivas políticas fiscais que nos ajudaram a desenvolver.
Hoje, parece que os mercados acham que os elevados défices fiscais são a maior ameaça à solvência de um estado. Amanhã poderão pensar que o verdadeiro problema é um crescimento fraco,e arrepender-se das restritivas políticas fiscais que nos ajudaram a desenvolver.
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Hoje, eles preocupam-se com governos sem espinha e incapazes de adoptar as duras medidas necessárias para lidar com a crise. Talvez amanhã percam o sono com as manifestações em massa e os conflitos sociais que políticas restritivas terão provocado.
Hoje, eles preocupam-se com governos sem espinha e incapazes de adoptar as duras medidas necessárias para lidar com a crise. Talvez amanhã percam o sono com as manifestações em massa e os conflitos sociais que políticas restritivas terão provocado.
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Permite que líderes políticos com confiança em si mesmos tomem conta do seu próprio futuro. permite-lhes moldar a narrativa que sustenta a confiança do mercado, em vez de terem de correr atrás dela.
Permite que líderes políticos com confiança em si mesmos tomem conta do seu próprio futuro. permite-lhes moldar a narrativa que sustenta a confiança do mercado, em vez de terem de correr atrás dela.
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É aqui que os governos europeus (tal como os seus conselheiros económicos) têm falhado. Em vez de enfrentarem o desafio, os líderes primeiro adiaram e depois acederam sob pressão. Acabaram por tornar as declarações doa analistas de mercados em fetiches. Ao fazerem isso, negaram a si mesmos políticas economicamente desejáveis que têm mais hipóteses de reunir apoio popular.
É aqui que os governos europeus (tal como os seus conselheiros económicos) têm falhado. Em vez de enfrentarem o desafio, os líderes primeiro adiaram e depois acederam sob pressão. Acabaram por tornar as declarações doa analistas de mercados em fetiches. Ao fazerem isso, negaram a si mesmos políticas economicamente desejáveis que têm mais hipóteses de reunir apoio popular.
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Se a actual crise piorar, serão os líderes políticos que terão a maior parte da responsabilidade - não porque ignoraram os mercados, mas porque os levaram demasiado a sério.»
Se a actual crise piorar, serão os líderes políticos que terão a maior parte da responsabilidade - não porque ignoraram os mercados, mas porque os levaram demasiado a sério.»
Estes excertos do texto de Dani Rodrik, professor de Economia Política da Universidade de Harvard, ontem publico na edição do Público, permite uma leitura diferente do actual momento político e económico mundial, em que os principais líderes parecem não saber como lidar com uma situação normal do capitalismo sem que tenham que perder a face ( Durão Barroso e mais uns quantos tecnocratas da UE manifestaram-se hoje preocupados com o número de pobres na união, como se não fossem as suas medidas e opções políticas que os causassem). Serve também para demonstrar que a economia, como a comunicação social e comentadores do regime querem fazer crer, não é uma ciência exacta, tão só social e que obedece a correntes ideológicas e políticas na teorização da sociedade.
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