«Estou à espera de me ir embora» é frase comum em qualquer alentejano, pelo menos daqueles já com alguns anos de percurso, e que traduz um pouco da nossa maneira de abordar o quotidiano e a própria vida. Na verdade, há um caminho a fazer que não se compadece com o ficar à espera ou sequer esperar que termine. Natural é que a seguir a um apareça outro e outro, sem que seja possível caminhar para sítio nenhum. Até porque, na essência que nos forma, quem faz os sítios, e os caminhos mesmo que estejamos à espera de partir, somos nós.