Um tal de Rocha de Matos, representante de parte dos patrões portugueses, participou nas Caraíbas na chamada cimeira iberoamericana do patronato, salientando a necessidade de intervenção do Estado para ajudar as empresas a ultrapassar esta crise, mas (há sempre um mas) sem quaisquer tentações nacionalizadores, facto que o não deixa muito sossegado pelas tentações políticas de alguns dirigentes. Ouvido isto pensei, não está a falar do nosso Sócrates porque esse moço não terá tentações nacionalizadoras (aliás o decreto governamental dos 20 mil milhões disponibilizados aos bancos, ainda não regulamentado e já com interessados na banca foi elogiado pelo Rocha), talvez esteja preocupado com o amigo, do Sócrates, Chavez. Não, o Rocha não concorda com o Gordon Brown, primeiro-ministro britânico, que caucionou a intervenção estatal na banca à necessária intervenção estatal ou seja o público paga mas tem uma palavra a dizer daí para frente. Pelas terras de sua majestade o sentido público parece fazer algum sentido e os recursos de todos não servem para pasto de uns quantos privados que quando ganham não querem que o Estado meta a mão. Só a querem quando estão a ganhar menos, porque a perder, parece-me, nunca estão. Segundo o Rocha, a intervenção do governo britânico deixou muita gente com medo (sic). Muita gente? Quem? Rocha, não serão só meia dúzia de empresários em Portugal que terão medo de uma medida destas?