domingo, 12 de outubro de 2008

A privatização do económico

«Deve ser um factor adicional de acalmia e segurança verificar que o Estado português dispõe de um braço financeiro, forte e actuante. Os aforradores portugueses estão a reconhecer esta realidade. E os que durante meses foram defensores da privatização da CGD andam muito calados, para que não lembremos quem são e o que andaram a propor». este trecho vem publicado no editorial do DN e é elucidativo do momento que se vive em Portugal. Naquelas páginas muitas vezes, mais do que o contrário, se defendeu precisamente o oposto e criticado com veemência as forças políticas de sempre defenderam o controlo público de sectores estratégicos da economia. O que me faria rir era começar a ouvir os campeões das privatizações, os governos socialistas (a continuação do processo de privatização da GALP foi parado à pouco pelo governo de Sócrates pela única razão de não ser o momento adequado) a defenderem o sector empresarial do Estado. Com as piruetas que já deram, com a prática a contrária as orientações programáticas nada é de espantar. A hipocrisia política tenta qualquer um.